Surge uma grande equipe: a Alemanha

Brasil e Argentina voltam para casa mais cedo do que esperavam seus comandantes e comandados.

Boa parte da imprensa e da torcida dos dois países, na realidade, desconfiavam que a eliminação na Copa não tardaria. Muitos dos freuqentadores do boteco tinham o mesmo pensamento, inclusive eu.

Escrevi várias vezes que bastaria um adversário mais forte e mais organizado que os dois sucumbiriam.

Foi assim com o time de Dunga. Foi assim com o time de Maradona.

Dois aprendizes. Na hora do aperto, da dificuldade, é que o técnico precisa fazer a diferença, justificar seu salário.

Contra os fracos, os jogadores resolvem sozinhos, praticamente.

O bom treinador aparece na hora ruim. É assim com Silas no Grêmio. Não seria diferente com Dunga e Maradona.

O argentino volta com o rabo entre as pernas. Caiu de quatro diante dos alemães. Dunga ainda retorna com um mínimo de dignidade. Perdeu por 2 a 1 jogando com um a menos, o que reduz sua culpa, embora o expulso tenha sido por ele convocado, contrariando todos os que conhecem um pouco de futebol.

Chega de perdedores.

A Alemanha surge agora como grande favorita. Enfim, uma grande equipe, ao que tudo indica. Fui cético na estreia alemã, mas meter 4 a 0 na Argentina numa decisão de Copa do Mundo não é pra qualquer um. É coisa de cachorro grande.

Agora, é preciso ressaltar que o placar foi duro para a Argentina, que concluiu inúmeras vezes de média distância, mas normalmente no centro de goleira.

Vejo na Alemanha alguns talentos: além do goleiro, o lateral e capitão Lahn deu uma aula de como jogar na posição; o volante Schweinsteiger é só espetacular (este sim, não o Mathias do Fernando Carvalho), uma maestro, um marcador e, além de tudo, tem muita técnica como mostrou no terceiro gol; Podolski, o Klose e o Muller. Talvez tenha esquecido algum.

A Holanda é melhor que a Argentina.

Quem sabe a Holanda não devolve o que aconteceu em 1974…

SAIDEIRA

O Aprendiz do Olímpico afirmou peremptoriamente (sempre lembro do T. Fernando, não adianta) que M. Fernandes com ele é lateral.

Sempre desconfiei dessa declaração. Ele parecia mandar recado para alguém. Para o empresário Machado, dono de 50% do passe do guri?

Não sei. O fato é dias depois M. Fernandes volta pra zaga.

A desculpa do Silas é mais do que esfarrapada para justificar dua mudança.

Aí tem coisa. Ou tinha coisa. Ou então o aprendiz é um cagalhão.

Com todo o respeito.

HEXA FICA PARA 2014, EU AVISEI

Vou emoldurar a coluna anterior.

Silenciaram os foguetes. Um vizinho soltou foguete até em cobrança de escanteio para o Brasil. Insuportável.

Quando Robinho fez 1 a 0, no lançamento de Felipe Melo (o que é a vida?) aproveitando um vale verdejante entre a zaga holandesa, temi pelo pior.

A Holanda me decepcionava profundamente. O Brasil dominava. Aos 30 minutos fui pra cozinha preparar uma carne assada. Larguei.

No começo do segundo tempo fui conversar com o Alfredo, meu cardeal, inquieto com tanto foguetório.

Nisso, empate da holanda. Corri para ver o lance. Falha de Júlio César que saiu mal, com Felipe Melo, até ali um herói, cabeceando para a rede.

Voltei para o meu diálogo com Alfredo.

O jogo estava 1 a 1. Decidi voltar para a frente da TV ali pelos 20 minutos. Estava ali cercado de mulheres enlouquecidas, tendo chiliques a cada lance de ataque brasileiro, quando a Holanda fez 2 a 1.

Vibrei por dentro, para não apanhar.

Como foi o gol? Jogada ensaiada de escanteio. A Holanda havia tentado o mesmo lance minutos antes. A bola jogada no primeiro pau. Luís Fabiano estava posicionado para interceptar o cruzamento. Kuyt saiu do meio e correu para se antecipar ao atacante, que não tem o cacoete do defensor. Sneidjer marcou.

Em seguida, Felipe Melo se transformou no grande vilão. O comentarista Júnior havia alertado ainda no primeiro tempo que o grande perigo era o temperamento desse volante que tanto apoio recebeu de Dunga. O técnico o bancou contra tudo e contra todos. Jogador limitado e ainda por cima nervosinho.

Pois Felipe Melo cravou um punhal nas costas de seu benfeitor ao ser expulso de maneira ridícula e irresponsável.

Quem convocou Felipe, que o embale…

Com a derrota e a eliminação iminente, ficou difícil para Dunga ajeitar o time diante de uma Holanda fria e serena.

No banco sua melhor alternativa era Nilmar. Pouco para quem contava com 15 minutos para buscar um empate. Faltou a tão cobrada q8alidade nesse momento, se bem que a essa altura dificilmente alguém poderia alterar o quadro de catástrofe nacional.

Lula não irá mais receber os ‘campeões’ em Brasília.

Aguardo para qualquer momento uma paulada dele na seleção. Ele deve estar muito frustrado por não poder capitalizar politicamente o hexa.

Ah, como eu ia dizendo, o hexa ficou mesmo para 2014.

Mas com um técnico que fique no meio termo: nem liberalidade nem prisão.

De preferência, com menos volantes.