A gurizada em campo na Primeira Liga

A Primeira Liga pode não dar certo. É um risco. Mas que graça tem a vida se não corremos alguns riscos de vez em quando?

Sei que os clubes são desunidos e que cada um pensa nos seus interesses, e isso pode resultar em rompimento mais adiante.

Mas o simples fato de desafiar a CBF os feudos regionais já me torna um ser um tanto mais feliz.

Infelizmente, setores da mídia aqui no RS amado – e não se vê isso em outros Estados – se posicionam frontalmente contrários ao projeto capitaneado pelo Romildo Bolzan e outros. Claro, a gente entende: é preciso agradar o patrocinador acima de qualquer coisa.

Eu acredito que a Primeira Liga vai dar certo. Até já está apresentando alguns resultados, basta ver a preocupação dos homens da CBF e da rede de TV, ameaçada de perder exclusividade para beneficiar Corinthians e Flamengo.

As coisas estão mudando.

Aqueles que são contra, hoje, saberão se encostar rapidamente ao lados vencedores.

A Primeira Liga, pra mim, já se justificou minimamente. Graças a ela terei chance de ver e avaliar os guris da base que estão nesse time da transição.

Não entendo por que gente que também quer ver a gurizada tendo chance se mostra irritada e revoltada contra a decisão da diretoria gremista de escalar um time reserva contra o Avaí.

Se fosse na Arena, até entendo.

O que menos me interessa é ser campeão desse torneio dito ‘amistoso’ pela CBF.

Quero ver a gurizada em campo, porque é nela que deposito a esperança de ser tri da América.

Se esse pessoal não der boa resposta – e isso veremos nesses jogos da Liga e do Gauchão – as chances de título irão diminuir radicalmente.

Então, aplaudo a escalação de reserva.

Só acho que deveria haver mais jovens da base nesse time que começa contra o Avaí em Chapecó.