Ameaça de dilúvio sobre o Olímpico

Os raios e trovões que antecipam o temporal que deve cair sobre Porto Alegre ainda hoje para aliviar o calor e amenizar a seca não são nada diante do dilúvio que ameaça desabar sobre o Olímpico.

A cogitação de demitir Caio Jr, que tem administrado a escassez a exemplo do que aconteceu com Renato há exatamente um ano, é inaceitável. Caio estaria armando o time de uma maneira que desagrada os cartolas, provando que quem o contratou o fez sem critério, sem estudo, sem ponderação. Coisa que dirigente de verdade não faz, mas cartola sim.

A maioria dos cartolas é boa de discurso, tem o tom certo para cada palavra e um gestual típico das raposas políticas. Suas decisões são de sopetão, emocionais, sanguineas.

No futebol hoje não há mais espaço para improvisos, a não ser dentro de campo.

Caio deve ter um tempo maior e jogadores melhores. Escrevi o mesmo sobre Renato no ano passado. Aliás, é interessante como alguns jornalistas esportivos colorados gostam de taxar Renato de incompetente -li no twitter há pouco essa bobagem-, ignorando maldosamente que ele foi vice-campeão da América com o Fluminense fez uma campanha excepcional no Grêmio. Os colorados têm raiva de Renato. Não perdoam o que ele fez com a camisa tricolor. Curioso, alguns gremistas também desprezam Renato.

Eu, na verdade, não teria contratado Caio Jr. Ainda não fez nada que justificasse começar uma temporada no Grêmio.

Assim como jamais contrataria o sr. Luxemburgo, o ‘dilúvio’ referido no primeiro parágrafo. Não vou me estender sobre esse treinador, que teve seu momento no futebol. Mas, conhecendo os cartolas, não duvido que ele seja anunciado após o Gre-Nal.

Para não jogar o novo técnico na fogueira do Gre-Nal, tudo indica que o auxiliar Roger comande o time interinamente. Depois, imagino que o capitão América, Adilson, seja contratado.

Adilson rodou muito, mas parece não ter evoluído. Tem acumulado campanhas ruins. Não acredito que dê certo.

Melhor queimar etapas e trazer logo ele, o eterno e sempre de prontidão, Celso Roth.

Não é o que eu quero, mas é o que eu prevejo.