Segue a frustração de gremistas e colorados

Mais uma rodada decepcionante da dupla Gre-Nal. Os dois times mais uma vez não venceram. Quando vi, estava cantarolando ‘aonde a vaca vai, o boi vai atrás…’.

Nesse ritmo, a vaca vai pro brejo. No máximo, uma vaguinha na sul-americana. Libertadores? Difícil. Título? Impossível.

O Grêmio ainda tem atenuante por ter somado apenas 7 pontos em 15 disputados: não tem ataque.

Estou ficando cansativo. Nem eu me aguento mais. Desde a saída de Jonas, seguida da lesão de André Lima, que o Grêmio joga futebol sem atacantes. Tem uns caras ali que correm, se esgarçam em campo e até fazem gols de vez em quando, mas decididamente não são atacantes. Quer dizer, não são atacantes para jogar de titulares em clube de ponta.

Vejamos o Viçosa e o Lins. São dois guris esforçados e com bom potencial. Eles podem entrar eventualmente, mas os dois juntos começando uma partida é responsabilidade demais pra eles. Mas é o que se tem para o momento, aliás, um momento longo esse.

O Grêmio até mereceu vencer. Gabriel perdeu um pênalti. Ouvi uns comentaristas de peteca dizendo que ele bateu bem. Sem comentários.

Depois, o Vasco fez aquele chamado gol espírita. O sujeito cruza mais para se livrar da bola e acaba encobrindo Victor, que não teve culpa alguma no lance. 

Se o Vasco achou um gol, o Grêmio não fez por menos. Com Douglas numa tarde sonolenta, mas ao menos não deu a tradicional entregadinha, e sem qualidade alguma na frente, o gol só poderia sair de uma bola parada. Escanteio, e Roberson (vejam só!) foi lá e cabeceou para empatar.

Com esse time, com esses atacantes, a campanha até que é boa. O que se viu de positivo foi a defesa. Mário Fernandes, Saimon e Neuton. Quase impecáveis. Saimon, por imaturidade, quase proporcionou um gol para o Vasco. Mas teve excelente atuação. Deve continuar.

INTER

Enquanto o Grêmio ficou no 1 a 1 com o campeão da Copa do Brasil, o Inter repetiu o placar contra o vice, o Coritiba, mas fora de casa.

Não fosse a campanha (um ponto a menos que o Grêmio) do time de Falcão, o resultado entraria no rol dos aceitáveis. Afinal, o Coritiba tem uma equipe ajustada e jogou diante de sua torcida.

Gleidson, quem diria?, abriu o placar. Depois, de pênalti, o Coritiba empatou.

Oscar não entrou em campo. Nem durante o jogo. Ele preferiu colocar, por exemplo, o Wilson Matias. O ‘espetacular’ do Fernando Carvalho foi ressuscitado pelo técnico, e quase sepultou o Inter no Couto Pereira. Ele deu umas entregadas que não resultaram em gol por detalhe.

Seria o fim de Falcão como treinador no Beira-Rio. Não tenho dúvida disso.

Falcão ganhou uma sobrevida. Quando ele foi contratado, eu escrevi aqui que era um grande equívoco da direção, que tinha um pensamento mágico: se o ídolo Renato deu certo no Grêmio, o ídolo Falcão (meio forçado esse ídolo, em todo caso) vai dar certo no Inter.

Há uns 15 dias terminou a lua-de-mel do Falcão com a imprensa. Na semana passada, houve o rompimento. Falcão acusou um comentarista de ter outros interesses em suas críticas. Na sexta-feira, depois de muito questionado, revelou que o tal comentarista seria o Guerrinha. Mas acabou erguendo a bandeira branca. Bola no meio de campo.

Acho que a imprensa pegou pesado demais com Falcão depois do início alegre e festivo. Por mais que a direção, a torcida e a imprensa colorada acreditem, o time colorado não é tão forte assim.

Por isso, responsabilizar apenas Falcão é uma demasia, uma injustiça. Falcão tem errado, não melhorou em nada o time em relação ao de Celso Roth (toc-toc-toc). Enfim, não está cumprindo o que prometeu.

Os dias de Falcão no Inter estão contados.

SAIDEIRA

Brincadeira gremista em resposta a uma dos colorados, aquela dos dez anos do Grêmio sem um grande título. Confira:

http://www.youtube.com/watch?v=1EXqIu1PYeg