A arbitragem na Copa e o caso Mário Fernandes

A arbitragem contribuiu fortemente para decidir dois classificados às quartas de final, ambos candidatos ao título: Alemanha e Argentina.

Dentro dessa lógica, o Brasil vai ser beneficiado contra o pobre Chile, se for necessário. O mesmo em relação a seleção da Holanda, que até agora foi a equipe que apresentou o futebol mais equilibrado e regular de todas.

Sobre a escandalosa arbitragem de Argentina 4 x 1 Inglaterra eu já escrevi, inclusive projetando que o México poderia surpreender a Argentina, outra que a mim não convence.

O México foi garfeado. A Argentina foi beneficiada em todos os jogos da Copa. E levou gol em todos os jogos. Hoje, com um pouco mais de sorte e sem a arbitragem contra si, o México poderia ter vencido os argentinos, mandando Maradona e seus Maradonetes mais cedo pra casa.

Quem viu o jogo sabe do que estou falando. O México teve mais posse de bola, mais conclusões, mais escanteios. Só não teve uma arbitragem (agora italiana) neutra.

O gol de Tevez, que abriu o placar, é de concurso. Nem na várzea mais varzeana um gol desse passa. Até a imprensa argentina apontou o erro grosseiro.

E pensar que a nata da arbitragem mundial está na África do Sul…

Depois, o zagueiro mexicano deu uma entregada maravilhosa e o Tevez acertou uma patada de fora da área. Tevez jogou muito. Só Maradona não viu, tanto é que o sacou, ajudando o México. Tevez saiu bronqueado com seu ‘treinador’, que mais parece o Nelson Ned gesticulando à beira do campo enfiado naquele terno apertado.

Então, temos Argentina x Alemanha, bem mais interessante que México x Inglaterra…

SAIDEIRA

O caso Mário Fernandes.

O jogador saiu de campo em Rivera, onde o Grêmio bateu o Nacional por 3 a 1, reclamando que Silas falou primeiro para a imprensa que ele passaria a disputar posição na lateral-direita. Mário reiterou que aceita, mas que prefere a zaga.

O jogador mais valorizado do clube vai para a reserva. E o sr Meira acha isso muito natural, nem questiona a decisão do Aprendiz.

Na coletiva, o sr Silas foi arrogante e prepotente. Ele disse que não tem de dar satisfação ao atleta.

Diante da insistência de um repórter sobre o assunto, ele sugeriu que o referido profissional poderia ter uma “parte no passe” de Mário.

Bem, se esse tipo de coisa passa pela cabeça do Aprendiz…

Freud explica, Freud explica. Aí tem coisa.

Meu avô já dizia: quem mal não pensa, mal não faz.

A manifestação medíocre e leviana do técnico gremista permite que se possa suspeitar que ele, ao indicar jogadores medianos, inclusive escalando um de titular (Ozeia) que ele tenha algum tipo de participação obscura nos negócios.

Permite supor, também, que a decisão de colocar Mário Fernandes na reserva não é meramente técnica. Mas é claro que Silas, conforme ele fez questão de frisar durante a entrevista, é um homem honesto. Apenas não é um bom treinador de futebol, ao menos na minha opinião. E pensar que eu defendi sua contratação.

E assim vai a nau tricolor rumo ao seu iceberg.