Ainda é cedo para soltar foguetes, mas sei que Renato Portaluppi está conseguindo colocar ordem na casa.
Quem diria, o festeiro Renato virou um disciplinador. Quem acompanha de perto o trabalho dele sabe que Renato tem autoridade, sem ser autoritário. Ele fala a linguagem dos boleiros e ninguém melhor do que ele próprio para identificar os malandros, aqueles que pensam que são isssspertos.
Renato sabe como lidar com essa gente que ainda sobrevive nesse futebol cada mais profissional, no qual só tem futuro aqueles jogadores sérios, compenetrados, aplicados nos treinos e com vida regrada fora de campo.
O Renato dos anos 80 teria problemas hoje.
Mas o importante é que percebo raios de sol entre nuvens sombrias. Confio nas informações que recebi sobre como era e como está a situação no vestiário.
E mais firmo a convicção de que Silas demorou a sair. Ele e o sr Meira.
Sei que havia jogador fumando no intervalo dos jogos. Na cara dos comandantes. Isso acabou.
Hugo tentou escalar o time, sugerindo e descartando nomes. Não está mais no Olímpico, para onde jamais deveria ter retornado. Contribuiu apenas para inflacionar a folha de pagamento.
Acabou o dízimo para a igreja.
Agora, com Renato, ajoelhou tem que rezar.
Só espero que Renato se convença de uma vez por todas que é preciso robustecer o meio de campo. Três volantes e um meia apenas. Esta é a fórmula. Se não tiver um meia com disposição, que se escale quatro volantes. Nunca, mas nunca mesmo dois meias, dois articuladores que pouco articulam e não marcam.
SAIDEIRA
Soube que Renato não assistiu ao jogo do time B contra a Sapucaiense, hoje à tarde. O Grêmio venceu por 1 a 0, gol do Bergson. Ele poderia ter observado Pessali, um jovem meia que poderia começar a ser testado. Na zaga, Saimon e Brock, dois ótimos zagueiros. E por aí vai.
Renato teve de comandar o treino dos reservas. Uma pena. Pelo menos designou seu auxiliar para conferir o time B. Espero que o técnico tenha tempo para ver de perto essa gurizada.