Odone, Koff e a hora de voltar

Até agora só existe um vencedor a partir do processo eleitoral do Grêmio: o sr Paulo Odone.

Ninguém pode ter dúvida que o ex-presidente gremista inflou sua candidatura a deputado ao ocupar generosos espaços na mídia com o lançamento de seu nome para presidente o clube mais uma vez.

É díficil calcular, mas Odone deve ter amealhado alguns milhares de votos com esse ato aparentemente apenas político-esportivo.

Para boa parte dos gremistas, saber que Odone está disposto a retornar, ao contrário de outros dirigentes vencedores do passado, é um alento.

A candidatura de Odone vai virar pó – a da presidência do Grêmio – se o sr. Fabio Koff aceitar concorrer, o que seria o ideal para o Grêmio, que precisa não apenas de um presidente, mas de um líder capaz de unir as diversas correntes do clube, ou a maior parte delas.

Odone, apesar de também ser um sujeito carismático, não seria esse nome. Ele tem condições de encontrar soluções imediatistas, mas o Grêmio precisa mais, muito mais.

É o momento de ajeitar a casa para reagir a avalanche vermelha, mas é hora também de reestruturar o clube de uma maneira tal que ele não dependa mais de nomes com tradição de vitórias, gente que nem sempre se encontra disponível.

É preciso montar algo como aquele time armado pelo técnico Tite, última vez que o Grêmio ganhou um campeonato nacional, em que saía uma peça e entrava outra sem alterar a mecânica de jogo, sem afetar o rendimento do time. Mais ou menos como é o Inter hoje.

Koff teve seu nome lançado para presidir o Grêmio de novo. Pode ter sido um factóide, o que é muito provável, mas seria muito bom se fosse verdade.

O sr. Fábio Koff já deu muito de si para ajudar o Grêmio. Mas ele não pode esquecer que foi o Grêmio quem lhe abriu as portas do Clube dos 13.

Quem sabe não chegou a hora de retribuir?

Afinal, 15 anos de Clube dos 13 já é o suficiente, ou não?

SAIDEIRA

O caso envolvendo desvio de recursos via marketing do Banrisul segue os passos do escândalo maior, o do mensalão. Aquele pessoal fez escola. Deixou bons alunos por aí. E tudo é resultado de apenas uma coisa, conforme tenho repetido:

Impunidade.

Vai acontecer alguma coisa também com os mandantes de quebras de sigilo de gente do PSDB e até seus familiares? É muita nojeira.

Até a eleição mais água suja e fétida vai rolar.

Tranquem os narizes.