Não estou gostando desse começo do Grêmio.
E não sou o único. Em contato com alguns torcedores, percebi neles o mesmo sentimento de dúvida e preocupação.
Há um consenso: a atual direção gostaria de ter contratado outro treinador.
Teve que engolir Renato. E isso realmente não é bom.
Alfinetadas, provocações, frases ásperas e queda de braço entre as partes.
Renato disse que não gostaria de comandar o time B nos jogos no interior.
O vice de futebol Antônio Vicente Martins retrucou em cima, sinalizando que quem manda é ele.
Poderia ter feito isso ao pé do ouvido do Renato, mas ele tinha que mostrar ao público que
ele é quem manda.
Nesses momentos a questão passa a ser de economia interna, não de alimentar a imprensa, que está no seu papel e está sempre buscando o inusitado.
Nesse aspecto, Renato é uma fonte inesgotável.
Um dirigente mais preocupado em preservar a harmonia teria tratado de outra maneira esse incidente que seria pequeno, reduzido à pó, se Martins tivesse agido com discrição.
Não, não esperem discrição de Renato. Ele até pode dar uma amenizada, mas logo irá retornar ao seu normal, que é falar demais.
Cabe à direção do clube administrar essa situação e deixar Renato trabalhar em paz.
A condução das ‘contratações’ é outra preocupação que constato entre torcedores.
Em alguns, essa preocupação é tanta, tão grandiosa, que eles já começam a sentir saudade do ex-presidente Duda Kroeff, o que é grave. Gravíssimo.
A gestão do Duda só não foi uma calamidade porque, depois de muita resistência, ele concordou em contratar Renato.
Renato poderia ter vindo quando Celso Roth foi demitido e o time ficou 40 dias esperando pelo cidadão Paulo Autuori, quando a torcida nas pesquisas pedia Renato Portaluppi.
Ainda assim há quem sinta saudade do Duda, não pelo que Duda fez ou deixou de fazer, mas pelo que Paulo Odone está fazendo nesse início. Há, também, queixas aqui e ali sobre as questões envolvendo a Arena.
Mas detecto também que existe muita má vontade de muita gente
com relação a Odone.
E aí fica difícil, mais difícil.