Os boletins dos setoristas apontam que Julinho Camargo projeta um salto – para cima – na tabela de classificação com uma série de vitórias em casa e empates fora.
Não poderia ser de outra forma. É preciso pensar positivamente.
Mas isso me faz lembrar uma velha história da seleção. O técnico Vicente Feola dava seu discurso no vestiário como o Brasil venceria uma determinada seleção, acho que a Rússia (poderia pesquisar no google, mas esse domingo primaveril me convida a sair de casa).
Falava, falava e falava. Até que Garrincha o interrompeu (não sei se é verdade porque eu não estava lá, ao contrário do que dizem meus ‘amigos’ que garantem que eu vi a fundação do Grêmio).
– Mas professor (será que naquele tempo os boleiros chamavam os entregadores de camisa de professor?), nós já combinamos tudo isso com o time deles?
Na verdade, eu duvido que Julinho consiga fazer esse time jogar. A não ser que Miralles jogue muito mais do que já jogou; que Gilberto Silva seja mais combativo na disputa de bola e suje o calção de vez em quando; que Julinho não freie tantos seus laterais como fez contra o poderoso Figueirense; que Douglas, e agora FR, não entregue tanto o jogo pro adversário; que André Lima receba mais bolas em condições de finalização; e que Leandro seja melhor aproveitado.
Só por essa lista feita às pressas, em menos de dois minutos, já dá pra perceber que estou com pouca esperança.
Agora, um ‘choque de gestão’, como dizem os economistas, talvez ajude o time a subir na tabela, invertendo essa assustadora tendência de queda que eu pressinto.
Quem sabe Julinho Camargo não abre mão do tal ‘cabeça pensante’, do tal articulador que precisa carimbar todas as bolas e facilita a marcação do adversário que sabe que a bola sempre, sempre, vai passar por ele? Sim, ele a quem me refiro é o Douglas, um jogador estilo anos 60, muita técnica, mas que anda lento e pouco eficiente na distribuição (muito, diga-se, por falta de qualidade técnica e intelectual na frente e de laterais que se soltem com rapidez).
Douglas no banco, uma vezinha só. Ou duas. É pedir muito?
No lugar dele, quem? Leandro. Eu já escrevi que o Leandro pode jogar como o Taison na conquista da Libertadores. Um atacante que recebe a bola no meio de campo e vai pra cima da defesa com velocidade e drible.
Na frente, em princípio, Miralles e André Lima. (Bah, não adianta, não leva fé nessa dupla, e aí não há treinador que resolva.)
O meio de campo ficaria com Gilberto Silva centralizado, FR mais pela direita e Lúcio pela esquerda. Conforme, Adilson para dar mais pegada na marcação.
Penso que o time ganharia em velocidade e poder de fogo. Não sei se daria certo. O que eu sei, é que o time atual não está dando certo e vejo pouca chance de que realmente possa atingir a meta fixada por Julinho.
Bem, é só uma ideia. A outra ideia, é rezar.
SAIDEIRA
Enquanto o Grêmio tenta se ajeitar, o Inter vive um momento de glória. Só o fato de participar da Copa Audi já é uma honraria. Agora, seria preciso esclarecer que o nome do clube é Internacional, não Porto Alegre, conforme li num folheto de divulgação. O Inter vai desfalcado contra o Barcelona, que por sua vez também não terá jogadores importantes, a começar por Messi.
GORJETA
Morre Amy Winehouse. Tanta cantora ruim, tanto cantor ruim e a voz que se cala é a dessa cantora magnífica. Pena.