O Vasco estava num dia iluminado. Teve um aproveitamento de quase 100% nas situações de gol, enquanto o Grêmio voltou a apresentar seu maior problema neste ano: a falta de um ataque mais criativo, mais agudo, mais eficiente.
No primeiro tempo, o Grêmio até que chegou com perigo. Criou algumas situações, manteve uma disputa equilibrada no São Januário. Mas, ao final de dolorosos 90 minutos, só o Vasco fez gol: quatro gols.
Foi um balde de água fria na ascensão gremista no Brasileirão.
Sinceramente, eu esperava um time mais fechado atrás para enfrentar esse time do Vasco, que é muito bom. E que fica melhor ainda se o seu adversário ataca e dá espaço para os contra-ataque. Éder Luís, um velocista, agradece. Foi dele, aliás, o cruzamento para o primeiro gol. Diego Souza, outro que rende mais com espaço e marcação distraída, também gostou. Gostou tanto que quase entrou com bola e tudo no segundo gol vascaíno.
A linha de três meias que vinha dando certo sucumbiu. É preciso reconhecer que o Vasco fez uma marcação perfeita, muita aplicação de todos os jogadores. Um time solidário, combativo e com alguns jogadores de boa qualidade.
O Vasco estava iluminado. Mas o Grêmio contribui com toda essa luz ao pretender jogar de igual para igual.
O Vasco, no Olímpico, seria muito mais cauteloso. Jogaria atrás e exploraria contra-ataque, até porque tem jogadores para isso. É assim que eu esperava o Grêmio, ainda mais sob o comando de Celso Roth.
Roth armou e time como se fosse Renato, de maneira ousada, atrevida. Poderia dar certo, claro. No futebol, tudo é possível.
Mas o mais sensato seria Roth agir como Roth.
Não gostei das alterações. O time perdendo por 3 a 0 e ele coloca mais um volante. Deveria ter feito isso antes de começar a partida. Não depois de estar com dois gols no lombo. Entraram Adilson e Leandro, que, decididamente, parece ter desaprendido.
Douglas e Escudero não estavam bem, a exemplo da maioria da equipe. Acho que ele deveria ter mantido Douglas. Roth talvez só quisesse não levar mais gol.
Como castigo, o Grêmio levou mais um gol, pra cair de quatro. Quer dizer, Roth não melhorou a marcação e conseguiu piorar o que parecia impossível, o ataque.
A entrada de Gabriel, então, entra na galeria dos absurdos que podem sair da cabeça de um técnico.
ATENÇÃO – WINK BEER INFORMA:
Saiu novo lote da 1983. Corram, porque com o calor não há cerveja que chegue, ainda mais uma tão especial.