Larguei o Campeonato Brasileiro há mais ou menos um mês, quando vi que o Grêmio ficaria ali circulando o décimo lugar como mosca varejeira sobre um monte de m.
Eu sou do tempo em que o bom era brigar pelo título, não por vaga aqui ou acolá. Prêmio de consolação não me atrai.
Por isso, só penso em 2012. Tenho esperança que o próximo ano tenha 12 meses para o Grêmio.
Então, dou minha modesta contribuição para o Grêmio volte a ser grande já na próxima temporada e inaugure a Arena com um time capaz de conquistar o Brasileirão.
Para isso, é fundamental escolher bem o treinador. É difícil, uma missão complicada. São poucos os nomes que me agradam, e decididamente não há unanimidade.
Nem Felipão.
Felipão já ganhou tanto dinheiro, está com a vida mansa, o burro na sombra, que parece enfastiado, cansado da rotina do futebol, principalmente em lidar com determinado tipo de jogador, e, claro, com a imprensa.
Mesmo assim seria o meu nome preferido. O problema é que agora tem Kleber no Olímpico. E não sei se Felipão trabalharia com Paulo Odone, rival (desafeto?) de Fábio Koff, o homem que abriu caminho para o sucesso do técnico. Portanto, Felipão está fora.
Idem o Tite, nome que sugiro há anos aqui. Tite está longe de ser unanimidade, embora tenha sido o técnico que armou o melhor Grêmio dos últimos dez anos, pelo menos.
Futebol é assim, se juntar cinco torcedores em torno de uma mesa não se chegará a um consenso sobre coisa alguma. Façam o teste!
Como os meus dois treinadores preferidos estão descartados, resta um monte de entregador de camiseta.
Antes deles, Celso Roth.
Quem contrata Celso Roth em começo de temporada sabe que está contratando pelo menos dois técnicos.
Até os velhos azulejos do Olímpico – aqueles que levam o nome de gremistas que ajudaram a erguer o estádio deveriam decorar algum setor da Arena e não destruídos – sabem que Roth deve ser descartado assim que terminar o campeonato, ou agora mesmo para não perder mais tempo.
Se o Grêmio for mal no Gauchão, Roth não resiste. Ele é quase uma unanimidade negativa perante a torcida gremista (ecolorada). É bom treinador, dos melhores, mas tem o dom de armar arapucas e situações difíceis e controvertidas para si mesmo.
Portanto, começar o ano com Celso Roth é um risco até maior que ter Kleber e Vágner Love no mesmo vestiário.
O desafio é encontrar um treinador que melhor (não tem muitos, não) e mais carismático que Celso Roth. O primeiro nome que me surge: Renato Portaluppi, mas este não volta tão cedo.
Tenho medo que me venham com Adilson ou Cuca. Desconfio que Adilson está na lista, talvez seja o primeiro da lista. ‘Capitão América’, vencedor como atleta, ano de Arena. Hummm!
Já ouvi murmúrios em torno do nome de Dunga. Toc-toc-toc. Bem, volantes aos montes já existem no Olímpico.
Sou mais, então, o Jorginho, que faz milagre no Figueirense, tem prestígio, história vitoriosa. Um cara capaz de comandar um time com estrelas.
É, não é fácil encontrar um treinador. Mas afastar dispensar Roth e agradecer-lhe por ter evitado a queda pra segundona, é um bom começo.
Um começo promissor.