O Grêmio virou um caso. Já foi até caso de polícia, que não é bom lembrar, mas que é preciso não esquecer. Lembro que na época apelidei os colegas que cuidavam do caso na redação do Correio do Povo de ‘inspetor’ e ‘delegado’. Mas isso não vem ao caso.
Hoje, o que ocupa as manchetes é o Caso Kleber.
Assim, rapidinho, lembro do Caso Mário Fernandes, Caso Borges, Caso Jonas. Ah, o Caso Ronaldinho, Parte 2. É um caso atrás do outro.
Tudo é consequencia de outro caso, este um caso permanente, vitalício: o Caso Direção.
Mas o Caso Kleber está me irritando, me revoltando. O jogador vem a Porto Alegre de jatinho para fazer o quê? Discutir o contrato? Lógico que não. Veio para discutir a relação?
Kleber veio para definir detalhes e assinar contrato. E talvez fazer uma festinha numa casa noturna repleta de moçoilas desamparadas.
O Corinthians se atravessou, dizem. Mordeu a isca, assim como o Flamengo com Ronaldinho. O Grêmio, ao que tudo indica, mais uma vez é usado como chamariz para atrair o clube que verdadeiramente interessa ao jogador.
Talvez Kleber até realmente quisesse o Grêmio, mas duvido que fosse sua primeira opção. Aí, ele deu prazo de 72 horas para responder ao Grêmio, que fez uma proposta milionária, na verdade, quase indecente se for mesmo os 500 mil mensais que estão sendo divulgados.
A direção do Grêmio, então, aceita esperar pelo sr. Kleber. Fica configurado, assim, o Caso Kleber. Dizem que encerra-se neste sábado.
Outra obra do maior e o mais grave de todos os casos que assolam o Olímpico: o Caso Direção.
Confesso que tenho saudade do tempo em que a direção do Grêmio não se rebaixava, não se humilhava dessa forma.
Se trouxe o jogador até aqui, que feche o negócio de uma vez. Caso contrário, encerre o assunto.
O Grêmio só voltará a ser vencedor de novo quando tiver dirigentes mais firmes em suas ações e absolutamente intolerantes com a molecagem.
ATENÇÃO – MAZEMBE DAY
Com a veiculação por outros canais de comunicação do projeto Mazembe Day, tenho recebido dezenas de relatos de gremistas sobre o inesquecível 14 de dezembro de 2010. Aos poucos, o material está sendo publicado no blog Mazembe Day. Em breve, sai o livro.
Quero agradecer pelas manifestações de apoio que tenho recebido. Só lamento que alguns colorados levem tão a sério a brincadeira, esquecendo o que fizeram quando o Grêmio perdeu para o Ajax (o Inter chegou a fazer uma camisa igual a do Ajax. Aliás, estou atrás de uma peça para exibir aos mais jovens). As ofensas de baixo nível não cabem. Felizmente, a maioria dos colorados reagiu bem, alguns irritados, mas sempre elegantes.
Até porque ninguém está livre de um vexame no futebol.
Continuem mandando suas histórias, com fotos, para ilgowink@gmail.com.