2011 termina pior que 2010, um ano que só não foi um desastre absoluto porque, mergulhado numa crise, o então presidente Duda jogou todas suas fichas em Renato Portaluppi, o mesmo que rejeitou quando demitiu Celso Roth em meio à Libertadores de 2009 para contratar o insosso Paulo Autuori.
Sei que o momento é de pensar o futuro, não de revolver o passado.
Mas eu considero imprescindível olhar pelo retrovisor para evitar erros cometidos lá atrás.
No Grêmio, as lições do passado, mesmo ainda frescas, recentes, são desprezadas, ou por estupidez ou por questões políticas. Ou ainda por outros interesses.
O único legado da gestão 2010 foi uma Libertadores, uma herança que a gestão atual não soube aproveitar, um pouco em função de ter vindo acompanhada de um presente indigesto ao sr Paulo Odone, o técnico Renato Portaluppi, mas muito mais por incompetência mesmo.
O ano termina sem aquela loucura de tentar trazer Ronaldinho na esperança de que ao retornar ao clube que o formou o jogador voltaria a ser aquele atleta aplicado e interessado que um dia deslumbrou o mundo.
Dessa vez não houve perda de tempo com delírios e pirotecnias midiáticas.
Na ânsia de se redimir e consciente que os próximos 365 dias serão decisivos para determinadas carreiras no clube e fora dele, a atual gestão passou a agir com mais objetividade e determinação.
As contratações de Kleber e Moreno dão um alento, mas ao mesmo tempo preocupam pelo alto investimento.
Mas o principal é que o homem que comanda esse processo mostra conhecimento sobre as necessidades da equipe. O diretor Paulo Pelaipe está montando a equipe para este ano da Arena com atenção e cuidado, e isso sim me deixa um pouco mais esperançoso.
Não confiante, mas mais esperançoso, o que me faz concluir que pouca coisa mudou.
A esperança continua sendo o que move o torcedor do Grêmio. Tem sido assim há dez anos.
Esperemos que este 2012 altere essa rotina desagradável, enfadonha, irritante, gosmenta, nauseante.
É preciso acreditar!
Um grande 2012 pra todos nós.