Michel Teló, que é metido a jogar futebol, poderia ser um ponta. É magrinho, baixa estatura. Seria daqueles pontas ariscos, dribladores. Pelo físico, lembra um pouco o Paulo Nunes. Tem até nome de boleiro.
Mas futebol pra ele é só de brincadeira.
O que Michel Teló faz de melhor é música. Eu não compraria um CD dele, nem baixaria qualquer música sua na internet (na real, nunca fiz isso). Tampouco iria a um show seu. Portanto, sua ‘obra artística’ não me interessa.
Agora, seu sucesso me impressiona.
Cheguei a pensar que ele seria um jovem iniciante. Mas não. Teló completa 31 anos no próximo dia 21 (fui pesquisar). Aquariano. Tem longos anos de estrada. Parece que começou ainda criança num grupo chamado Guri. Começou a estourar em 2010.
Sua explosão se deu agora com ‘Ai se eu te pego’, uma música simples, letra brincalhona, alegre, e que promete ser tão duradoura quanto um amor de carnaval, ou, pra ser mais moderninho, de uma balada qualquer.
Telô é um fenômeno mundial. Sucesso em dezenas de países. Li hoje que ele acabou de adquirir uma fazenda de 14 mil hectares no Pantanal. É terra pra ninguém botar defeito.
Ele está na Espanha, onde foi lançar um CD em espanhol, ao que parece. Foi festejado pelos craques do Real Madrid, e ganhou uma camisa do clube com o seu nome nas costas. Ele disse que simpatiza com o clube espanhol, ainda mais que Cristiano Ronaldo ajudou a propagar sua música numa coreografia após um gol.
Mas seu clube de coração mesmo é o Grêmio. Com raízes no Rio Grande do Sul, nascido no Paraná, ele não esquece os pagos. Até uma gaita está incorporada ao seu trabalho musical. Um trabalho que ocupa o topo das paradas em inúmeros países, inclusive na Ucrânia, segundo soube através de um amigo que trabalhar lá.
Michel Teló é um gremista fazendo sucesso mundial. Milhões de jovens no mundo inteiro curtem a sua música. A revista Forbes o colocou no nível de Justin Bieber.
Não seria o caso de o Grêmio navegar nessa onda?
O assunto tem sido debatido num grupo de blogueiros gremistas, no qual ingressei há pouco tempo. No começo, houve resistência. Puro preconceito. Hoje, penso que há unanimidade: o Grêmio precisar ‘usar’ Michel Teló.
Mas precisa ser rápido. Já deveria estar agindo, contatando com ele.
Minha sugestão: promover um show dele no Olímpico. Talvez na Arena. Reservar um espaço especial para os operários da Arena, que devem ser fãs do Teló. Seria uma ação simpática, com forte conotação social. E um prêmio a esse pessoal que trabalha como loucos para erguer o melhor e mais bonito estádio de futebol do Brasil.
Imaginem milhares de jovens no Estado, no Brasil e no exterior vendo o Teló vestindo com orgulho a camisa tricolor.
É preciso colar o Grêmio a Michel Teló, mas tem que ser já. Pra ontem!
Afinal, não se sabe por quanto tempo ele permanecerá no topo.