Negar que o Inter entra como favorito é quase uma insanidade.
O problema é que o time titular do Grêmio era favorito no Gre-Nal contra os reservas do Inter, mas ficou no empate dentro do Olímpico.
Então, o favoritismo é apenas um indicativo. Um indicativo que pode ser revertido em questão de minutos.
Eu também acho que o Inter é favorito, mas só um pouco favorito. Se vencer, será por diferença mínima, a não ser que outros fatores, como arbitragem, furacão ou nevasca interfiram.
Analiso as prováveis escalações e confesso que estou mais otimista: começo a acreditar com muita força no surgimento de uma zebra no Beira-Rio.
Elton na lateral direita é uma avenida de quatro vias a ser explorada. Sandro Silva não faz uma perna de Guinazu e Bolatti não tem a vibração do Tinga.
Se Oscar não jogar, então, penso que deixa de existir o tal favoritismo. Porque aí o Inter terá apenas D’Alessandro de titular no setor, e um argentino só não faz verão. Aliás, para anular o D’Ale eu traria um volante do Mazembe.
Outra coisa: Moledo e o vovô Índio vão padecer diante de Marcelo Moreno e Kleber. Ainda mais que Guinazu não está ali para espantar.
Agora, o mais importante: o Grêmio, ao contrário do Gre-Nal anterior, terá onze jogadores em campo. Começar sem Marco Antônio e sem Léo Gago, como se especula, é um avanço, uma evolução. Curioso que Caio Jr não tenha percebido que esses dois nada acrescentam ao time.
Roger definiu, portanto, que o Grêmio vai começar com onze jogadores. O primeiro passo foi dado. O segundo foi reforçar o meio de campo. Vão jogar três volantes. Jogadores que marcam e também saem para o jogo.
O ponto mais vulnerável do time ficou encorpado, robusto. Ainda falta um articulador de qualidade, mas quem sabe Marquinhos não faz o seu melhor jogo com a camisa do Grêmio?
Ah, e tem o Viçosa no banco, o atacante Gre-Nal.
Não sei se fiquei insano, mas já acho que o Grêmio é capaz de vencer, ou ao menos empatar.
Não fosse a dupla Damião/Dagoberto eu diria que esse favoritismo do Inter é de araque.