O Grêmio tem sido a maior vítima de lances violentos – e até de agressões mesmo – neste Gauchão. Pode ser que algum clube do Interior esteja padecendo do mesmo mal. Pode ser.
O que eu tenho certeza é que o Inter não anda sofrendo tanto com as pancadas. Coincidência? Pode ser.
O Grêmio teve Mário Fernandes afastado dos gramados por causa de uma voadora do obscuro zagueiro Jackson, do Inter, num lance que o sr Leandro Vuaden deixou passar sem sequer uma advertência ao jogador colorado, enquanto o lateral do tricolor ia para o hospital por sofrer fratura na queda.
Alguém acha que Vuaden levou um gancho, uma partidinha só na geladeira? Fiquem sonhando. No domingo seguinte ele estava lá na escala.
Aqui um aparte: teve um jogo em que ele soprou o apito (é só procurar no site do TJT), Veranópolis 3 a 1 no Pelotas, se não me engano. O adversário fez 1 a 0 aos 40 do primeiro tempo. No intervalo, um auxiliar do time da casa invadiu o campo e ameaçou de morte o Vuaden (‘daqui tu não sai vivo’, está relatado na súmula). Não sei se em função da ameaça ou não, o fato é que o Veranópolis virou o jogo. Teria Vuaden, aquele que gosta de ver o pau comer, se intimidado?
O mesmo Vuaden foi o juiz do jogo em que o Kleber se arrebentou. Logo no começo, ele deu amarelo para um jogador do Cruzeiro que acertou uma cotovelada no Kleber, agressão que deve ser punida com expulsão. Se ele viu a cotovelada maldosa e criminosa, teria de expulsar.
A questão do Vuaden é que ele ganhou fama de deixar o jogo correr. Então, os jogadores já sabem que com ele podem bater que normalmente não dá nada. E não dá nada mesmo, pelo menos quando as vítimas são jogadores do Grêmio.
A comissão de arbitragem poderia agir e dar um gelo no Vuaden. Que nada! Ele está na escala da rodada de novo. Felizmente, não apita jogo do Grêmio em Pelotas, o que reduz drasticamente a chance de outro jogador do Grêmio sofrer alguma fratura.
Em dois jogos, três jogadores titulares sofreram fratura. Três em dois jogos.
No último, contra o meu Avenida, foram dois, a dupla de área titular. Não foi estiramento ou algo assim, foi fratura em função de pancada.
O juiz? Jean Pierre. O mesmo que ‘puniu’ Damião com cartão amarelo depois de uma agressão escandalosa em Santa Cruz (depois, em outro escândalo, o Tribunal de ‘Justiça’ da ‘isenta’ FGF absolveu o atacante colorado que havia sido oportunamente denunciado).
Jean Pierre pegou gancho? Nada. Ele segue aí feliz da vida, e altamente cotado pela comissão de arbitragem, segundo me revelou o Luiz Moreira, chefe da comissão durante o programa Cadeira Cativa, na Ulbra.
O Jean Pierre apareceu muito bem no ano passado, sejamos justos, mas neste ano faz por merecer um freezer demorado.
Os defensores do Vuaden lembram que ele foi eleito o melhor juiz do Brasileirão passado. É pra ver o nível da arbitragem no país…
Felizmente, o Jean Pierre também estará distante da Boca do Lobo, onde apita o Fabrício Correa, que faz uma temporada limpa, sem manchas, quase perfeita.
Melhor que ele só o Daronco.
Por fim, lembro que no programa do Reche o Luiz Moreira me garantiu que a comissão de arbitragem, que tem como integrante o Mocellin entre outros, está atenta, conversando com os juizes, analisando os jogos, e punindo quando necessário.
Pelo jeito, não está considerando necessário punir a dupla Vuaden/Pierre.
Vamos ver, quem sabe com alguma fratura exposta…
Por enquanto, o placar está assim:
Vuaden 2 (MFernandes e Kleber), Jean Pierre 2 (G. Silva e Werley)
Pelo nível superior das vítimas, ganha Vuaden.
FECHANDO A CONTA
Não quero insinuar que Vuaden tenha o objetivo de prejudicar o Grêmio. Entendo, apenas, que um árbitro que se mostra tolerante com as entradas mais duras abre caminho para a violência e para contusões graves.
Portanto, uma comissão de arbitragem que não toma providências para adequar seus árbitros e buscar o máximo de isonomia nos critérios de atuação de cada juiz está errando, e errando feio.
O resultado é o que aconteceu com Kleber e Mário Fernandes. Suas lesões não são fruto do acaso.
A continuar nesse ritmo, tempo que coisa ainda pior possa acontecer. Sem que ninguém seja punido e responsabilizado.