Estava eu aqui mergulhado numa profunda meditação a respeito dos times de Grêmio e Inter. Depois de longos 35 segundos, concluí que o Inter está longe de ser o time poderoso que os colorados e os jornalistas esportivos gaúchos e até de outros pagos acreditam; e ao mesmo tempo – sim, eu sou capaz de ter duas conclusões ao mesmo tempo sem dá um nó nas tripas cerebrais -, concluí que o Grêmio tem um time equivalente ao do rival.
Quero dizer com isso que nem o Inter tem qualidade para ser campeão da Libertadores, sua grande meta em 2012, nem o Grêmio reúne condições de conquistar a Copa do Brasil.
Daqui a alguns minutos começa o jogo do Inter, amplo favorito a vencer. Afinal, o adversário é muito fraco. Agora, desconfio que até o final desta noite muita gente vai começar a concordar comigo.
Num dos 27 programas que o Reche participa, o da Ulbra TV, onde tenho Cadeira Cativa todas as segundas-feiras, afirmei – foi ontem isso – que apenas dois jogadores colorados teriam lugar no meu time tricolor, hoje.
Goleiro por goleiro, Victor sem dúvida.
Na defesa, vejo equilíbrio, as duas não são confiáveis. O Grêmio ainda leva vantagem nas duas laterais. Mas admito que isso é discutível.
No ataque, vejo equilíbrio. Mas Kleber tem feito a diferença. Para espanto do Reche e do Caldas Milano, jovem conselheiro colorado, afirmei que aceitaria também o Damião, mas para a reserva – de luxo – de Moreno e Kleber.
Agora, ao que interessa: o meio de campo. Reconheço que o do Inter hoje é melhor, mais entrosado, mais equilibrado. É daí que eu confiscaria os reforços que colocariam o Grêmio como forte candidato ao título nacional.
Sempre lembrando que o meu esquema é com três volantes. Então, com Fernando e Souza enchendo as medidas, eu gostaria de contar com Guinazu para fazer o lado esquerdo.
O segundo reforço seria Oscar ou D’Alessandro. Mas isso por enquanto, porque ainda não sabemos qual a resposta que Facundo dará começando uma partida – quem me garante que ele não é do tipo que estraçalha só quando entra no segundo tempo?
Facundo correspondendo, e estou convencido disso, dispenso Oscar e D’Alessandro. Se bem que o D’Ale seria uma alternativa valiosa para formar o meio campo com dois volantes e dois meias.
Bem, e os colorados ficariam com quem do Grêmio, me perguntei enquanto me senti entrando no paraíso ao dar um longo gole na 1983 bem gelada.
Arrisco dizer: Victor, Gabriel e/ou Edilson, Júlio César, Souza – a julgar pelo que tenho lido e ouvido de colegas rubros -, Fernando e talvez Kleber para formar dupla com Damião.
Portanto, time por time, os dois são parelhos e, se não melhorarem, irão morrer abraçados, com o risco de perder até o Gauchão.
FIM DE NOITE
Terminou o jogo do Inter. Goleada estrondosa que parece indicar que estou completamente errado e que o Inter tem time para ser campeão da América de novo. Quem quiser que acredite nisso. Mantenho o que escrevi. Os dois times, no momento, não estão com equipes em condições de brigar por grandes títulos.