Usar documento falso é crime, ainda mais sendo uma carteira de habilitação que permite ao seu portador trafegar com um carro, cada vez mais uma arma de efeito muitas vezes letal.
O jovem Leandro não é o primeiro a ser flagrado tentando burlar a lei. Antes dele, para ficar nos casos conhecidos, tem o Ronaldinho (me faz lembrar um ditado, aquele é de ‘pequenino que se torce o pepino’, não torceram e deu nisso que está aí).
Do jeito que vai, com essa gurizada assinando contrato e inventando história para ganhar liberação na justiça e assinar com outro clube, muitos outros ainda estarão envolvidos em delitos de tudo que é natureza.
(Na pressa de sair dirigindo um carrão, comprar muitos celulares, fazer muita festinha, e ficar rico logo, a ética e a moralidade são varridas pra debaixo do tapete)
O caso mais grave e que dificilmente será batido, devendo ocupar o ranking negativo por muito tempo e espero que seja para sempre, é o que envolveu o então goleiro Bruno, do Flamengo, que se depender de mim apodrece na prisão. Acho que ele, o Bruno, merece passar uma temporada na pior cela do presídio central.
Já o Leandro, depois dessa humilhação toda, ou coloca a cabeça no lugar, ou será mais uma promessa que virou fumaça no mundo do futebol.
E pensar que no tempo em que comecei a acompanhar futebol o máximo de rebeldia, digamos assim, era chegar ao treino de moto. Acreditem: Cláudio Duarte, então jovem lateral-direito colorado, e com uma boa cabeleira, teve de vender a sua motocicleta, é assim que se chamava.
Lembro que o Valdir Espinosa, também jovem e com cabelos abundantes, igualmente lateral-direito, mas do Grêmio, imitou o Claudião e comprou uma moto. Que não durou muito tempo.
Argumento dos dirigentes: com moto é mais fácil de se acidentar e assim desfalcar o time.
Eram tempos mais amenos. Ouvia-se no rádio coisas ingênuas como ‘você é o tijolinho que faltava na minha construção’, enquanto hoje as letras são de duplo sentido ou sentido nenhum, pura sacanagem mesmo.
Era um tempo em o jogador comprava um Chevette e dava-se por satisfeito.
O Renato, por exemplo, depois de assinar um ‘grande contrato’, comprou um Escort Xr-3, conversível, se não me engano.
E saiu feliz por aí, pegando todas. Mas com uma carteira de motorista quente.
Pelo menos ele nunca foi flagrado para alguém afirmar o contrário.