O jogo de futebol não começa quando o juiz apita. Começa antes, bem antes de os times entrarem em campo.
O jogo começa na indicação e/ou sorteio do homem de preto.
Nesse aspecto, o Grêmio larga em vantagem. Márcio Chagas da Silva ganhou o sorteio e será o árbitro do Gre-Nal.
A vantagem nem é tanto pelo Márcio (o Daronco foi muito bem no clássico anterior), que é o melhor hoje no Estado, mas pelo simples e decisivo fato de que o juiz não será o sr. Leandro Vuaden.
Nem vou entrar em detalhes. Vuaden fora é a certeza de um Gre-Nal em que as faltas criminosas como aquela que vitimou Mário Fernandes sem punição ao agressor (o glorioso zagueiro Jackson) serão sinalizadas.
Sem contar o fato de que por alguma razão qualquer o Grêmio não consegue vencer o Inter com Vuaden no apito.
Agora, só falta Luxemburgo escalar uma equipe capaz de enfrentar o Inter no Beira-Rio lotado.
Não vou considerar Mário Fernandes e Marcelo Moreno, que, obviamente, tendo condições plenas irão jogar. Na dúvida, que fiquem no banco.
A questão chave está no meio de campo. Eu não me preocupo com a ausência de Léo Gago. Minha preocupação é: com a presença dele e com quem será seu substituto.
Léo Gago é esforçado, é útil, mas não pode ser titular de um time com ambições maiores. Por enquanto, ele quebra o galho, até por falta de alguém melhor para a função.
Assim, a ausência dele permite que Luxemburgo arme uma equipe mais forte para enfrentar o Inter, que, mesmo desfalcado de titulares importantes, tem um time de qualidade, competitivo. E que terá ainda o apoio maciço da torcida.
Se Luxemburgo optar por Wilson de primeiro volante, liberando mais o Fernando, estará dando um tiro certeiro para vencer o jogo e garantir presença na final contra o Caxias.
Com Wilson, a marcação será mais firme e ele ainda pode ajudar a marcar a bola aérea colorada.
Se ele começar com Marquinhos, aí será suicídio. Aí, terei saudade do Léo Gago. Marquinhos e Marco Antônio juntos, tocando a bola para o lado, matando contra-ataques, deixando a defesa se recompor, é algo que me irrita. Um deles em campo já é insuportável. Os dois, então, é de largar tudo e procurar outra coisa para fazer.
Mas eu acredito na sensatez de Luxemburgo. Com Márcio Chagas e sem Vuaden, o Grêmio larga na frente. É uma vantagem que cabe ao treinador gremista não desperdiçar.