O sabor amargo de uma derrota se torna ainda mais insuportável quando se fica com aquela sensação de que a classificação estava ali, tão próxima, tão ao alcance.
Imagino que é mais ou menos isso que estejam sentindo os colorados depois da derrota por 2 a 1 para o Fluminense.
O Inter foi superior, mostrou que tem mais time, mesmo sem contar com seu maior destaque individual, o D’Alessandro.
O Fluminense marcou dois gols de bola parada, ambos muito parecidos, quase idênticos, mostrando que a marcação da zaga falhou.
Fez pouco o Fluminense. O Inter não fez muito mais, mas foi superior. Meteu pressão e o gol não aconteceu por detalhe. A bola passou inúmeras vezes cruzando a área do time carioca pedindo por um pé vermelho.
Com o fracasso na Libertadores, o Inter desce à planície.
Posso antever o que dirão os colorados da imprensa. Não faltarão críticas a Dorival Jr por não começar dois dois atacantes. Vão reclamar a ausência de Dagoberto desde o início – nenhum deles cobrou isso antes do jogo. Vão questionar por que D”Alessandro, que treinou bem ontem, sequer viajou para ficar no banco. Enfim, aquele clima de terra arrasada. Um dia excelente para ouvir os programas de rádio. Muita choradeira.
O fato é que o Inter foi digno. Perdeu porque é do futebol.
Tem agora o Gauchão para conquistar. Desconfio que é o único título que irá comemorar neste ano. Damião será vendido e talvez mais um ou outro. A direção apostou todas as fichas na Libertadores. Agora vem a conta. A banca paga e recebe.
Acho que o Dorival vai dançar.
Já o Grêmio sabe que terá pela frente o Bahia de Falcão. Vai decidir em casa, o que é bom.
Mas terá de jogar muito mais do que vem jogando se quiser se classificar à semifinal da Copa do Brasil.
O Bahia não é lá essas coisas, mas tem um jogador que vira craque quando enfrenta o Grêmio, o centroavante Souza. Torci pela Portuguesa. Se o Marco Antônio era craque lá, o que sobra para o resto do time?
O Inter perdeu seu grande objetivo na temporada. O Grêmio ainda sonha com a Copa do Brasil, mas tenho a impressão de que vai ficar nisso, um sonho.