Tem vezes em que eu detesto e lamento acertar nas minhas análises.
Esta é uma delas. O que eu escrevi antes do jogo continua valendo.
É difícil um clube ser campeão tendo três jogadores de nota no máximo 5 ou 6 juntos ao mesmo tempo numa equipe.
Citei os três: Léo Gato – que incrivelmente tem alguns admiradores -, Pará e Marco Antônio. E observei que se eles tivessem uma atuação que ao menos não fosse comprometedora o Grêmio teria mais chances de vencer, e citei o placar de 1 a 0 com equivalente a uma goleada dependendo de como estivesse o jogo.
A vitória por 1 a 0 teria sabor de goleada, porque a produção ofensiva do Grêmio, que jogava em casa com sua torcida, foi pífia, abaixo da crítica. Por isso, 1 a 0 seria mágico.
Acrescente-se aos três jogadores de time de série B o Gabriel e temos aí quatro jogadores comprometendo, sem falar nos atacantes, completamente sem criatividade, sem brilho individual, com exceção de Miralles em alguns lances.
Adicione-se a tudo isso a demora do Luxemburgo em sacar o MA para colocar Rondinelly, que não fez muito, mas fez o suficiente para mostrar que é melhor que MA, o que também não significa grande coisa. O guri ao menos arrisca o drible e sai da mesmice do toque de primeira pro lado e pra trás.
Léo Gago abusou de chutar mirando as estrelas. Na verdade, ele quando chuta de longe é porque não sabe o que fazer com a bola. E há quem o elogie.
Pará tem a seu favor o fato de jogar improvisado na esquerda, mas ele não precisava recuar, recuar e recuar para que Cicinho avançasse e metesse a bola para o primeiro gol do Palmeiras.
Gol marcado por um jogador que Felipão recém havia colocado em campo. Felipão, aliás, foi melhor que Luxemburgo nesse duelo particular. Repetiu, aliás, o que aconteceu na década de 9.
Luxa errou ao sacar Kleber e Miralles ao mesmo tempo. Ao colocar dois grandalhões ele confessou que não tem time para trabalhar a bola e facilitou tudo para o trio de zagueiros.
Enfim, o Grêmio está eliminado. É claro que o jogo só acaba quando termina, como dizem nos botecos da vida depois de uma dúzia de cerveja.
Enquanto há vida há esperança. E a esperança é a última que morre.
É claro que vou torcer até o fim, como fiz até agora, mesmo tendo previsto há muito tempo que o Grêmio talvez nem chegasse à semifinal, e chegou.
Eu que sugeri time misto para enfrentar o Náutico, agora retifico: força máxima.
O Brasileirão passar a ser o principal objetivo, a prioridade.
A Copa do Brasil terminou, ao menos pra mim.
Para concluir, repito o título do comentário anterior, e pelo qual fui criticado:
Jogo de iguais no Olímpico.
A diferença foi o técnico, porque os dois times são precários tecnicamente.