Sem tempo de escrever agora sobre a vitória por 3 a 1 sobre o Sport em razão de um compromisso no Viejo Pancho, repriso parte do comentário que fiz quando Elano foi contratado.
Antes, quero saudar a volta de Leandro, um jogador de velocidade que parece estar em grande forma.
Saudar também o goleiro Marcelo Grohe.
Outra hora escrevo sobre o jogo, que foi difícil, complicado, e que só desencaroçou após jogada individual de Elano.
Eis o que escrevi:
Existem muitas coisas erradas no Grêmio. Todas conhecidas, nem vale a pena repetir. Os problemas começam no vestiário e terminam na direção, ou o contrário.
Houve erros graves de avaliação, como acreditar que Marco Antônio pode ser titular do Grêmio, ainda mais ocupando uma posição vital.
Poderia citar outros jogadores, mas aí me tornaria cansativo, e repetitivo.
Não se pode desprezar também a fatalidade. Lesões graves que desfalcaram o time no Gauchão com reflexos na campanha da Copa do Brasil.
Feita a introdução – no bom sentido -, quero declarar que ainda acredito no Grêmio.
Ao contrário de Luxemburgo, não descarto nem a briga pelo título.
Aqui um aparte: o treinador errou ao afirmar, depois da derrota para o Santos, que ainda vai atrás de uma vaga na Libertadores, que ele costuma chegar lá, o que é inaceitável num início de competição. Eu posso dizer isso, não ele, mesmo que essa classificação à Libertadores possa mesmo ser o máximo que o clube tenha condições de atingir.
Essa minha confiança se deve ao simples fato de que agora sim o Grêmio tem um meio de campo digno de um time capaz de ser campeão de alguma coisa realmente expressiva. Lamentável que esse meio de campo, ou alguma do mesmo nível, estivesse aqui nos jogos contra o Palmeiras.
Com Fernando, Souza, Elano e Zé Roberto é possível sonhar e ter esperança. Desde que essa formação fique disponível na maior parte dos jogos.
O meio de campo é a alma e o coração de um time de futebol.
O Grêmio só agora, com a contratação de Elano, tem um meio de campo competitivo. Ao menos no papel.
Acredito que Elano vem decidido a jogar e a mostrar que ainda é aquele meia que marca, organiza e conclui. Um meia completo, uma raridade. Estrela maior da seleção armada por Dunga. Se ele não tivesse se lesionado numa entrada criminosa o Brasil poderia ter sido campeão. E quem sabe, ele Elano, eleito o melhor do mundial?
Posso estar exagerando, mas eu penso assim, e não bebi nenhuma Mazembier ainda.
Tampouco estou febril, delirando. Se Forlan é um grande jogador, Elano também é. Elano era titular absoluto da seleção brasileira, que é superior a do Uruguai.