Sempre que paira no ar esse clima de euforia que envolve a seleção brasileira, dá nisso. Frustração.
Houve algo parecido quando o Inter foi para o mundial de clubes pensando em decidir o título com a Inter, ignorando que havia um Mazembe no meio do caminho.
Confesso que pouco vi das olimpíadas até agora. Pelo pouco que assisti, percebi o entusiasmo com a seleção armada por Mano Menezes era exagerado, coisa típica de ufanistas.
Os colorados, então, com o desprezado Juan, Sandro, Oscar, Damião e Pato – será que esqueci algum ex-colorado? – estavam no céu, já vislumbrando o inédito ouro olímpico no futebol com meio time colorado.
Em função disso, muitos gremistas estavam indiferentes ou secavam o Brasil. Gre-Nal também na Olimpíada.
Lembro que véspera do jogo contra Honduas participei de um programa de debate na rádio Guaíba. Os outros participantes, os colorados da mesa em especial, previam vitória fácil.
Eu questionei sobre esse entusiasmo. Também acreditava que o Brasil venceria, mas não com aquele espírito de ‘já ganhou’ que havia no programa.
– Não vi futebol para tanta certeza na vitória -, enfatizei.
No dia seguinte, o Brasil precisou da ajuda da arbitragem para vencer Honduras.
Era para ter caído ali, longe das medalhas.
A seleção é boa, mas tem alguns nomes que comprometem. O goleiro, o zagueiro Juan e o lateral Rafael, tão confiável quanto o Gabriel, ou o Nei.
Do meio pra frente, só vejo um jogador inquestionável: Neymar.
Os demais são bons ou muito bons, mas diante de uma marcação mais firme e contra um adversário de um nível superior a Honduras, por exemplo, já não brilham tanto.
Mostram que são, na realidade, falsos brilhantes.
Foi o que aconteceu nesta manhã de verão, digo, de inverno em Porto Alegre, onde a temperatura gira em torno dos 30 graus.
O time mexicano é compenetrado, aplicado e eficiente. Nada mais do que isso.
Mas bastou para ofuscar os falsos brilhantes brasileiros.
No final das contas, a medalha de prata ficou de bom tamanho.
Mas duvido que o comando da CBF concorde comigo: sem a medalha de ouro, cai o Mano.
Muricy, que desprezou a seleção antes pode mudar de ideia se receber o convite de outro são-paulino, o Marins.
Depois, Felipão, Luxemburgo e Tite.
GRENALIZAÇÃO NO MPE
De um lado, promotores complicando a Arena, questionando as obras do entorno e, acreditem, o seu custo.
De outro, promotores defendendo a interdição do Beira-Rio.