O regulamento do Brasileiro não prevê o que acontece se um time for segundo colocado da competição e ao mesmo campeão da sul-americana.
A primeira opção leva a segunda fase da Libertadores/2013; enquanto a segunda, encaminha para a primeira fase, tornando o caminho ao título, no caso do Grêmio, o tri, mais longo. Sem contar que grandes clubes já caíram logo nessa fase.
A direção do Grêmio vai encaminhar essa questão à CBF, que admite erro não prever essa situação no regulamento.
Ao São Paulo, o assunto parece claro: se chegar em segundo lugar e conquistar a sul-americana, o SP entende que ele fica com o prêmio maior, que é a vaga direta; e despreza a vaga oferecida pela sul-americana, mas levando seu troféu para o armário.
É o bom senso. Se o Grêmio ficar com o segundo lugar, merece a vaga direta. Não pode ser penalizado por ter conquistado a sul-americana, sendo obrigado assim a ficar com essa vaga inferior, digamos, assim.
O bom senso indica que essa é a solução, mas quem diz que o bom senso prevalece na CBF?
SEGUNDO LUGAR
Não resta dúvida que o segundo lugar do Brasileirão está em aberto. O campeão já é o Fluminense, que, além de um time de qualidade, tem a simpatia das arbitragens como nenhum outro clube no campeonato.
Já o Grêmio foi garfeado logo no início do campeonato. São dois pontos preciosos que hoje fazem falta. Vejam no blog cornetadorw.blogspot.com imagem do lance em que Miralles marcou um gol contra o Vasco, um gol anulado pelo juiz e ratificado apesar do veemente protesto dos jogadores do Grêmio.
Um protesto indignado equivalente ao dos jogadores do Inter após o voleio de Barcos.
O batalhão de árbitros igualmente nada viu – oftalmologistas neles. A diferença é que o delegado não consultou nenhum repórter posicionado próximo ao lance, como aconteceu no Beira-Rio.
Da mesma forma, de nada adiantaram os protestos dos jogadores do Náutico naquele famoso jogo contra o Fluminense. Nenhum repórter foi ouvido.
Penso que o regulamento deva ser alterado e que a partir de agora os repórteres passem a integrar o quadro de árbitros da CBF, inclusive com remuneração pelo cargo de ‘consultores’.
IMPRENSA
Li em ZH hoje artigo referindo que existe grenalização no caso Barcos. Não tem nada disso. Quem escreve e defende isso faz uma tentativa de reduzir uma questão séria – a legalização do olho eletrônico nas decisões de arbitragem – ao bairrismo gaúcho.
Está em discussão por que em outros jogos os árbitros não ouviram os delegados das partidas?
É óbvio que o gol de Barcos deveria mesmo ser anulado, e que esse jogador merece punição pesada, mas o que não pode acontecer é a reportagem ser consultada para anular ou confirmar gol.
Há testemunho de pelo menos uma repórter nesse sentido. Foram outros indicativos de que não foram os árbitros do jogo quem decidiram sozinhos, como deve ser e como aconteceu em todos os outros jogos do Brasileiro.
Então, segundo esse articulista: se eu defendo a legalidade, sou gremista; se eu defendo a anulação do gol de Barcos independente da forma como isso aconteceu, sou colorado.
Logo, concluo, baseado no que diz ZH, que Wianey Carlet é colorado, porque pelo segundo dia seguido ele sustenta a tese de que o gol deve ser anulado e os três pontos computados ao Inter.