Assisti ao empate por 2 a 2 entre Grêmio e Portuguesa com olhos de ressaca, como diria Machado de Assis.
Ressaca de futebol, de frustrações e decepções. A eliminação da Sul-Americana contra um timeco de segunda categoria, que aqui no Brasileirão seria lanterna, foi demais.
Na verdade, eu até deveria estar preparado para os maus resultados, porque há tempos venho salientando a pobreza técnica do grupo gremista. Do grupo, não do time titular.
Com a ressaca, vi a Portuguesa fazer dois gols sem maior susto ou sobressalto. Pensei: “Quem leva três do Millonarios pode levar dois de um candidato ao rebaixamento, por que não?”
Quando o Grêmio chegou ao empate após substituições bem efetuadas por Luxemburgo, nem me liguei. Confesso que estou sem forças, sem energia para vibrar ou me revoltar.
Estou me sentindo como num final de festa, com todas as mulheres interessantes, ou nem tanto, já ‘casadas’.
Vivo agora da esperança de me sair melhor na próxima. Felizmente, eu ainda terei uma bela chance, enquanto outros nem isso. Um pessoal aí que ficará me secando para que eu não me dê bem. Natural. É assim mesmo.
Quem fica de fora, não é convidado, fica secando os outros.
O Grêmio empatou e segue vice-líder, um ponto à frente do Atlético Mineiro, que por detalhe não perdeu em casa para o Atlético Goianiense.
No perde e ganha do campeonato, só o Inter insiste em contrariar essa norma. Só perde.
Pelo que soube, o time foi deprimente e mereceu levar 2 a 0 do Corinthians em casa.
No final, ao ser questionado sobre o risco de levar goleada no Gre-Nal – aliás, quem foi o ‘fora da casinha’ que conseguiu levantar essa possibilidade? -, D’Alessandro reagiu forte, diferente do que vem fazendo em campo.
Disse que nunca foi goleado em Gre-Nal e que esse talvez fosse um desejo da mídia.
É claro que não é desejo da mídia, mas o fato é que, por bem ou por mal, a mídia conseguiu remotivar o argentino para o jogo final do campeonato e, por enquanto, o derradeiro do Olímpico.