Se o Grêmio demorar mais uns dias para anunciar ao menos uma contratação entusiasmadora, daquelas de deixar gremista com sorriso de orelha a orelha, como aconteceu no Mazembe Day, já será o caso de se comemorar a permanência de Pará, o retorno do William Magrão, do Maylson…
Porque pior do que começar a Libertadores com um time apenas razoável, é começar sem time.
Se é ruim com Pará, pior sem ele. Pelo menos há um lateral-direito para escalar, alguém que ao menos consegue manter um nível tolerável na posição.
A continuar nesse ritmo, aqueles que uivaram como lobos na lua cheia quando sinalizei aqui a respeito da possível contratação de Bolívar, há uns 15 dias, logo estarão soltando foguetes se o zagueiro colorado tiver sua contratação confirmada.
Ou será que dá pra enfrentar a LDU com Wilson e Saimon, por exemplo? Se não der pra vir um grande zagueiro, um Lugano, então me serve um zagueiro vencedor, experiente, e – isso é o de menos – cuja origem familiar é tricolor.
Agora, mesmo que venha um zagueiraço, ainda assim considero positiva a contratação de Bolívar, que já seria uma larga vantagem em relação à aposta feita em Sorondo no começo do ano.
ZAGUEIRO
Não critico a direção do Grêmio como fazem alguns apressadinhos, ignorando que realmente o mercado é muito competitivo e que não é apenas o Grêmio que busca reforçar seu grupo. A disputa por grandes jogadores, e até por medianos, é acirrada.
E aí empresários e procuradores se esbaldam mais que empreiteira construindo estádios para a Copa 2014.
O chileno Vargas é um exemplo de como está difícil contratar. O diretor Rui Costa voltou do Chile meio desanimado. Revelou que tem ‘dez clubes’ querendo o atacante. Entre eles, o São Paulo, com os cofres cheios após a venda de Lucas. Tudo indica que o SP vai ficar com Vargas, que pelo jeito virou peça de leilão.
Se não vier Vargas, virá outro de nível equivalente, porque a atual direção pensa grande, diferente de outras que perderam Libertadores nos últimos anos porque não armaram equipes qualificadas, competitivas de verdade. Ou já esqueceram o que fizeram com Renato Portaluppi?
ZAGUEIRO
A especulação da hora é o argentino Nico Spolli, do Catania. Zagueiro experiente, em 2008, quando jogava no Newell’s, chegou a interessar ao Palmeiras, então treinado por Luxemburgo.
Spolli parece ser o tipo de zagueiro com perfil para disputar Libertadores. Parece.
Achei um gol dele pelo Catania, ainda neste ano, contra o Milan:
http://www.ole.com.ar/futbol-internacional/italia/Mira-gol-Spolli-Milan_3_673762622.html
Mesmo que venha Spolli, por via das dúvidas eu contrataria Bolívar, dentro de padrões salariais razoáveis, claro.
No Grêmio, Bolívar iria querer mostrar ao seu ex-clube que foi injustiçado neste ano.
Agora, pressinto que Bolívar irá continuar no Inter. A indenização envolve muito dinheiro.
GERAL
A briga entre indivíduos que se dizem torcedores do Grêmio na inauguração da Arena segue alimentando a campanha para detonar a Geral, que provoca inúmeras reações, a mais forte delas é a inveja.
Todos os grande clubes gostariam de ter uma torcida como a Geral, capaz de fazer a diferença nos jogos.
Eu vejo a Geral como um jogador festeiro, meio indisciplinado, mas talentoso demais.
Não se manda embora um jogador capaz de decidir um jogo encardido a qualquer momento.
É preciso administrar esse tipo de jogador. Poderia citar vários aqui, mas considero desnecessário.
A Geral precisa ser administrada, controlada e contida nos excessos, mas com liberdade para continuar sendo o jogador número 12 do Grêmio.
Aqueles indivíduos que se misturam à multidão gremista precisam ser enquadrados ou afastados, impedidos de entrar na Arena. O que não se pode é estimular o fim da Geral por causa de meia dúzia de baderneiros.
Quem defende a extinção da Geral, decididamente não quer o melhor para o Grêmio.