Que tipo de gremista é esse que manda torpedo e telefona para colunistas e/ou repórteres para informar sobre situações – nem sempre verídicas – que contribuem apenas para tumultuar, criar crises ou falsas crises, enfim, fomentar a discórdia, o ciúme, a inveja, e dar munição ao inimigo no momento em que o clube se prepara para iniciar a disputa pelo tri da Libertadores?
São gremistas que se escondem atrás do biombo do ‘off’, que não se expõem, não colocam a cara pra bater, agem nos bastidores, nos porões, vindo quem sabe dos esgotos, de ondem extraem o material para suas investidas que em nada ajudam o clube que dizem amar entre um copo e outro de chopp, combustível para seus sonhos delirantes de um dia assumirem ou voltarem ao poder.
Não que torcedores desse calibre não existam no Inter. Mas os críticos da gestão colorada são mais transparentes e podem ser facilmente identificados por todos, inclusive pelos gremistas. Assim, sem pensar muito, cito três que seguidamente tecem críticas públicas aos gestores do clube: Fernando Miranda, Siegman e Piffero.
Colorados que atuam na superfície, não no subterrâneo. Que encaram câmeras e microfones, sem apelar para mensagens sorrateiras.
Aqueles que municiam a mídia deveriam fazer suas intrigas abertamente. É complicado combater ou rebater informações cuja origem é desconhecida – em alguns casos nem tão desconhecidas assim.
Por exemplo, a saída de Omar Selaimen está sendo usada para passar a impressão de que existe uma crise importante no Grêmio. Haveria uma disputa entre ele e Remi Acordi, cuja existência eu desconhecia, não por culpa dele, mas minha mesmo, um desinformado dessas coisas administrativas do Grêmio.
E mais: que os nomes indicados por Remi estão sólidos como rochas, enquanto os indicados pelo PRESIDENTE do clube, Fábio Koff, têm a solidez de uma planta de banhado e estão sendo alijados. Quer dizer, o sr Remi teria mais poder que o PRESIDENTE do clube.
Tão de sacanagem. Não resisto e transcrevo a coluna do sempre polêmico e bem informado Hiltor Mombach, talvez o jornalista que mais recebe informações e fofocas sobre os bastidores do Grêmio. A coluna está no site do Correio do Povo de hoje:
Omar Selaimen era o homem de confiança de Fábio Koff no Grêmio.
Era.
Desde ontem não é mais.
Não ficou para não fazer o papel de mandalete.
A sua saída deve provocar a retirada de outro homem de confiança do presidente, no caso o filho Fabinho, que vinha assessorando Omar.
Há um governo paralelo no Grêmio.
Omar é mais uma vítima disto.
Teria perdido a batalha para o outro chefe do executivo, Remi Acordi.
Há os indicados de Koff e os de Acordi.
Estão ficando os de Acordi e saindo os de Koff.
Omar também não aceitou ser comandado por Luxemburgo.
Afinal, ele está acima na hierarquia do clube.
A crise está longe de terminar.
Pelo contrário, está apenas começando.
Tem vezes que eu sou muito chato. Há quem diga que normalmente eu sou muito chato. É quando eu fico indignado e vou atrás, furungo, cavoco, e até encontro algumas preciosidades. Vejam esta, do mesmo colunista, 23 de agosto de 2012:
“Tiro Livre
Remi Acordi, que em 2010, junto com grupo de gremistas, ofereceu ao Grêmio um plano de marketing, é uma das pessoas mais ouvidas por Koff. Terá papel importante caso Koff vença a eleição.”
Dito isso, realmente o colunista é bem informado. O sr Remi tem mesmo papel importante. Vejam, lá atrás ele já era ouvido pelo PRESIDENTE do clube. Então, Koff confiava nele. Já não confia?
Tudo é possível.
Só não é possível o PRESIDENTE do clube – ainda mais sendo ele Fábio Koff – perder disputa para alguém que ele pode afastar a qualquer momento.
Para quem não sabe: Koff tem pleno comando do Grêmio e todas as decisões passam por ele, inclusive aquelas que querem atribuir exclusivamente ao treinador Luxemburgo.
O resto é guerra de vaidades e intriga de quem gostaria de estar no centro do poder.
Afinal, que gremistas são esses?
São gremistas que pensam mais em si do que no clube. Simples.
A esses peço uma trégua com validade para todo o período que durar a Libertadores.
Depois, podem disparar seus torpedos de novo.
APAGAR DAS LUZES
Ah, esse apelo serve também para quem corneteia o Dida. Eu não queria a contratação dele. Mas é ele quem está escalado pelo treinador, que eu também não queria.
Agora, é torcedor pelo Dida e pelo Luxemburgo.
Quem não fizer isso é gremista do mesmo tipo que ajuda a criar crise no clube.
POR FALAR EM CRISE…
O técnico Luxemburgo afastou Wilson da delegação. O zagueiro teria reclamado por ser substituído por Saimon durante jogo-treino de ontem. Ele foi sacado ainda no primeiro tempo.
Douglas Grolli está viajando para Quito.
Será que não dava mesmo para contemporizar, hein Luxemburgo?
Assim fica difícil. Mais difícil.
Ainda bem que o Vargas está chegando. Mas a continuar nesse ritmo talvez esteja chegando tarde demais.
Entre o Saimon e o Wilson eu fico com o Wilson.