Injustiça é a palavra que melhor define o resultado do jogo no Equador.
Depois de um primeiro tempo razoável, o Grêmio foi superior a LDU nos 45 minutos finais, criando mais situações de gol e arremessando duas bolas na trave.
Já a LDU, em seu único lance de real perigo no segundo tempo, teve toda a sorte que faltou ao Grêmio, marcou seu gol e agora joga pelo empate em Porto Alegre.
Digo Porto Alegre porque não sei se o jogo será mesmo na Arena. Tenho minhas dúvidas. O time está mais acostumado ao gramado do Olímpico e como está correndo atrás agora talvez o melhor seja jogar no velho estádio.
Faltou sorte ao Grêmio, mas faltou principalmente competência para voltar com uma vitória.
E o mais incompetente dos homens de frente foi Marcelo Moreno. Ele teve umas três ou quatro boas situações de gol, mas errou na definição da jogada.
Não tenho a menor dúvida de que André Lima, com toda sua limitação técnica, teria aproveitado melhor as oportunidades que Moreno desperdiçou.
Dos titulares em princípio incontestáveis do time, Moreno foi o pior.
Depois, vem aqueles de quem nada espero. Marco Antônio, por exemplo.
Luxemburgo insiste com esse jogador. Além de tudo é pé-frio. Elano cansado é melhor que Marco Antônio no auge da forma física.
Os laterais até que foram relativamente bem. Ao menos não comprometeram em termos defensivos. Pará deu um belo chute e obrigou o goleiro a fazer uma grande defesa.
Os dois zagueiros foram bem, com destaque para Cris. Pela amostra, sua contratação foi um acerto.
Fernando e Souza foram impecáveis.
Elano e Zé Roberto tiveram dificuldades, mas tiveram bons momentos no jogo. Luxemburgo errou ao sacar Elano, e errou ainda mais ao colocar M. Antônio.
O estreante W. José foi modesto, quase inexistiu no jogo.
Agora, Vargas mostrou que é de outra família. Outro nível. Um nível tão elevado que deixou Moreno encabulado.
Agora, os goleiros.
O futebol às vezes sabe ser dramático, trágico, irônico.
Dida foi tão secado por boa parte da torcida, inconformada com a saída de Marcelo Grohe, que acabou se lesionando num lance banal. Era muita energia negativa sobre ele.
Aí, entra Marcelo Grohe. Luxemburgo foi obrigado a recorrer ao goleiro que desprezou.
No primeiro lance, Grohe ainda frio, bola na área, chute daqui, chute dali… gol.
Grohe ainda fez duas defesas – uma com certeza foi espetacular -, mas não conseguiu impedir o gol equatoriano.
Depois do jogo, Luxemburgo comentou que não foi culpa de Grohe, mas “claro que Dida é experiente e dá segurança”.
Então, ficamos assim.
No jogo da volta, será preciso vencer por dois gols de diferença.
Não é fácil, mas pelo que vi está longe de ser uma missão impossível.
ARENA
Transcrevo o que está circulando no twitter:
PROMOTOR ALEXANDRE SALTZ. CIDADAO QUE QUER INTERDITAR A ARENA QUASE NAO É IDENTIFICADO…quasepic.twitter.com/BKncmI1T