No papel, o melhor Grêmio do século

Grêmio começa a ganhar corpo para buscar o tri. É o título do meu último comentário, antes de viajar para recarregar as baterias em Barra de Ibiraquera.

Eu sei que não vão acreditar, mas não acessei internet nem li jornal. Até tive vontade. Mesmo assim, soube de relance – ouvindo uns gremistas conversando enquanto fazia o sacrifício de ingerir uma caipirinha feita pelo ‘seu’ Ademir, à beira-mar – que o Grêmio havia contratado Barcos e André Santos, um grande lateral esquerdo que o Dunga trocou pelo Michel Bastos.

Dizem que ele, o André Santos, tem problema extra-campo. Mas entre um lateral que só me dá problema dentro de campo, prefiro sempre um que resolva em campo e depois, fora dele, acabe incomodando um pouco.

Sobre o Barcos, nada a declarar. Um baita atacante. E o melhor ainda é que ele vem feliz da vida em vestir a camisa tricolor mais bonita do planeta.

Então, juntando com outros reforços confirmados semana passada, eis que o Grêmio agora já tem um time, e um grupo, com plenas condições de brigar de igual para igual com qualquer outro clube.

Resta agora esperar que Luxemburgo acerte a mão e consiga tirar o máximo dessa equipe.

Uma equipe que tem no ataque os seguintes nomes: Barcos, Vargas, Kleber e Welliton. De quebra, o Willian José. Do Moreno nem falo, porque ele está mesmo indo embora. E vai embora devendo.

Arrisco dizer que estamos diante do melhor grupo do Grêmio deste século. E vou além, comparável apenas ao que conquistou o bi da Libertadores. Quer dizer, quase 2o anos depois, o Grêmio tem de novo uma equipe em condições reais, claras e incontestáveis de ser campeão da Libertadores.

Não por coincidência, a frente desse projeto ‘Faz-me de Rir de Novo’, está Fábio André Koff.

O Grêmio pode não ser campeão da Libertadores. Mas não será por falta de qualidade.

ENTULHOS

Quando cruzei o Mampituba, já na Estrada do Mar, comecei a ouvir rádios do RS de novo. Foi aí que soube de outro grande negócio: Léo Gago está acertando com o Palmeiras.

Quer dizer, é o começo do fim da era do jogador meia-boca no Grêmio.

Infelizmente, ainda resta um para limpar o pátio da obra: o Marco Antônio, cuja utilidade ainda não descobri.

Agora, para o time ficar realmente completo, sem lacuna, do goleiro ao ‘ponta-esquerda’, só falta fechar uma posição. Sim, a lateral-direita.

Poderia citar a necessidade de mais um grande zagueiro, mas acho que é querer demais.

Ficaria satisfeito se o Grêmio contratasse alguém para o lugar de Pará.

Mas desconfio que o Luxa não vai querer mexer no seu bruxinho.

Nada é perfeito.