Os luxemburguistas que me perdoem, mas outra vez o Grêmio foi prejudicado por alguma decisão do seu treinador.
Tempos atrás eu escrevi que o Grêmio seria campeão da Libertadores, mas não com o Luxemburgo.
Não tenho nada contra ele. “Nada pessoal”, como repetia um velho jornalista, o Melchiades Stricher.
O problema é que vira e mexe ele está virando e mexendo errado.
Pra começo de conversa: alguém observou esse time, campeão chileno? Se observou, não viu que se trata de um time ajustado, compactado, que procura tocar a bola e tem, acima de tudo, um entrosamento de dar inveja.
Ali pelos 30 minutos de jogo postei no twitter algo assim: a melhor virtude do Huachipato – só agora durante o jogo decorei esse nome – é o maior defeito do Grêmio, o entrosamento.
Difícil acreditar que a comissão técnica liderada pelo sr Luxemburgo desconhecia essa qualidade do adversário. Bem, em conhecendo, Luxemburgo deveria mexer o mínimo no time.
A entrada de André Santos era inevitável. A de Barcos tenho minhas dúvidas em função do entrosamento. Nesse aspecto, Moreno está melhor ambientado.
O que dói é ver Fernando preterido pelo Adriano. O volante do Santos recém chegou. Fernando tem entrosamento de orquestra sinfônica com Elano, Zé Roberto e Souza. Quer dizer, o setor mais vital do time não precisava ser alterado, ainda mais contra um time entrosado.
Um erro primário do sr. Luxemburgo. Outro erro primário do sr. Luxemburgo.
Adriano até poderá ser titular um dia, porque é bom jogador. Mas por que a pressa em escalar Adriano se há um Fernando tinindo, em plena forma física e técnica? E, repito, insisto, ENTROSADO com os jogadores do setor mais importante de qualquer time de futebol no planeta. E o Barcelona está aí pra confirmar.
Temos, então, um primeiro tempo ridículo do Grêmio. Sua ação ofensiva se resume a um chute de fora da área de Elano, que o goleiro mandou pra escanteio.
No segundo tempo, Luxemburgo jogou pra torcida, que pedia Fernando. Ele foi 50%. Sacou Adriano, mas não escalou Fernando. Colocou mais um centroavante. Outro erro.
Poderia dar certo? Poderia. Tudo pode dar certo no futebol. Mas a tendência é de que esse simplismo não traria o resultado esperado.
Confesso que entrei em pânico. O negociável Moreno virou solução na cabeça do treinador. Começar o jogo com Moreno é um coisa, colocá-lo em campo na hora da fogueira é outra. Como estava a cabeça do dispensável Moreno?
Não tenho dúvida que a troca de Adriano por Fernando seria mais eficaz. Mas agora é tarde para sabermos. Contra o Fluminense, se Luxemburgo tiver humildada e lucidez, ele vai começar com Fernando.
No comentário anterior, escrevi que esse é o melhor time do Grêmio, no papel, em quase 20 anos. E que caberia ao treinador fazer esse time jogar.
A derrota por 2 a 1, dentro de casa, sinalizou, ao menos pra mim, que Luxemburgo não é o cara para levar o Grêmio ao tri da Libertadores. Mais uma derrota na conta de Luxemburgo.
Ele jamais poderá cantar a música do Roberto Carlos: Este cara sou eu.
Não, Luxemburgo não é este cara. Infelizmente.
Agora, poucos treinam a mídia como ele.
A disputa com Dunga é parelha.
OLÍMPICO
Sempre que perde, o sr Luxemburgo muda de assunto. Agora, ele fala no gramado. Por que não falou no gramado da Arena quando venceu? O gramado era o mesmo.
O campo de jogo era o mesmo para os dois times.
Luxemburgo consegue mais uma vez transferir a luzes para outro lado. O assunto passa a ser: jogar no Olímpico enquanto o gramado estiver ruim.
Tempos atrás eu escrevi, e repeti por aí, que o Grêmio deveria mesmo jogar no Olímpico porque está mais adaptado ao gramado do seu velho estádio.
Raros foram os que concordaram. Agora, na hora da derrota, o velho Luxa coloca o assunto em pauta.
Conveniente.