‘A mesma praça, o mesmo banco, as mesas flores, os mesmos jardins’.
É o que comecei a cantarolar nesta manhã cinzenta de domingo, relembrando Ronnie Von e seu sucesso da década de 60.
‘A praça’ me veio à mente ao ver que Leandro Damião e o juiz Jean Pierre irão se reencontrar de novo em Santa Cruz, no estádio dos Plátanos, palco de um dos lances mais grosseiros que vi no futebol nos últimos anos e que passou batido, ficou de impune, combinando, aliás, com o que acontece na sociedade brasileira como um todo.
Aqui, a impune grassa como erva daninha, como fogo em palha seca. Por que seria diferente no futebol?
Em março do ano passado, Damião acertou um violento e inusitado pontapé pelas costas no lateral do Santa Cruz, Márcio Goiano, se não me engano.
Foi um lance na risca do meio de campo, junto à lateral, sem qualquer perigo para o Inter. Nem contra-ataque era.
Foi uma agressão covarde, injustificável, ainda mais partindo de um jogador normalmente tranquilo como é Leandro Damião. Nesse lance, Damião revelou um lado obscuro, o lado escuro do mal.
Jean Pierre, próximo do lance, presenteou o goleador colorado com um cartão amarelo.
As imagens descrevem melhor o que aconteceu.
Até o Batista ficou escandalizado. Confiram: