A semana termina com duas boas notícias, ao menos para o Grêmio.
A primeira boa notícia (diria excelente notícia) é a lesão de Marco Antônio. Custei a acreditar que ele se lesionou quando treinava no time titular para enfrentar o Santos, porque ele não pode mais ser titular no Grêmio, nem por poucos minutos.
Escrevi dias atrás que considero o Grêmio candidato ao título, desde que consiga uns dois ou três reforços, que até podem ser jogadores da base se afirmando como titulares, e que Luxemburgo faça o time engrenar.
Agora, se o Luxemburgo insistir com MA como primeira opção de reserva para o meio de campo, retiro tudo o que escrevi.
A boa notícia, portanto, é que MA se lesionou, e de novo lesão muscular, porque lesão por choque físico ele nunca deve ter sofrido simplesmente porque ele se livra da bola antes que qualquer adversário se aproxime.
Outra boa notícia, extraordinária notícia, é a demissão de Muricy.
Muricy, Felipão e Luxemburgo são os técnicos mais vencedores em atividade do futebol brasileiro.
Assim, enfrentar o Santos sem Muricy e, claro, sem Neymar, é uma dádiva. Jogo para somar três pontos.
Até porque não joga MA – fica fora pelo menos por dez dias -, e sim Adriano, que sabe tudo sobre a Vila Belmiro.
O SORTUDO
Victor já foi considerado um goleiro sem sorte.
Cansei de escrever aqui que sou admirador do Victor. É, sem dúvida, um dos melhores goleiros do futebol brasileiro.
Não gostei quando ele foi vendido, mas acabei concordando em função do dinheiro que o clube recebeu e porque havia Marcelo Grohe esperando uma chance de ser titular.
Victor provou que tem sorte, embora se saiba que a sorte pode ser duradoura, mas dificilmente é eterna.
De uns tempos para cá, Victor anda com sorte. Primeiro, teve a sorte de sair do Grêmio onde boa parte da torcida não gostava ele – e até hoje torce contra ele para poder dizer que tinha razão.
Teve sorte também porque saiu do Grêmio na hora certa, porque até hoje o seu ex-clube não conseguiu afirmar-se plenamente.
Por fim, teve sorte de ir para um clube que investiu e investe muito para voltar a conquistar títulos.
Além de tanta sorte, muita competência.
(Já o Grohe também teve competência, tanta que me fez esquecer Victor, mas faltou-lhe sorte, porque apareceu um Luxemburgo em sua vida para interromper sua ascensão).
Victor, defendendo pênalti de forma sensacional com as pernas, garantiu a continuidade do festejado Atlético Mineiro – até pouco tempo o preferido de dez entre dez colorados – na Libertadores.
Por detalhe esse time tão poderoso não foi eliminado dentro de sua própria casa.
E graças ao Victor.
Torço por ele – mas assim de leve -, porque torço muito mais contra o Atlético.
Na verdade, eu seco o Atlético.
Acho que não preciso explicar por que.
FORLAN
O Inter venceu com méritos o Criciúma. Fez o dever de casa.
Só não entendi a forma como Forlan saiu de campo, com gestos manifestando irritação com a substituição.
Curioso isso. Medalhão acha que tem direito de ficar em campo mesmo não jogando bem.
Agora, esse fato, somado a outros envolvendo Dunga, aponta que as coisas não estão tão serenas no Inter quanto nos fazem acreditar.