Como eu ia dizendo, jogar em Criciúma é sempre muito difícil.
No comentário anterior, eu havia previsto dificuldades, mas não imaginava que as dificuldades começariam no ‘seio’ do time gremista.
A desgraceira toda começou aos 20 minutos, com a lesão de Werley e a entrada de Cris, o que é sempre uma temeridade.
Mas como eu sempre digo, nada está tão ruim que não possa piorar.
Dois minutos depois, Matheus Biteco, que estava bem no jogo, sofreu falta e ao girar o corpo levou a mão na cabeça do adversário. Foi um tapa que pegou de raspão. Em cima do lance, o juiz não perdoou e vermelhou o guri.
Então, uma coisa puxa a outra: aos 25, gol do Criciúma. De quem? Dele, claro, o W. Paulista, que não joga nada mas sempre faz gol no Grêmio.
Dida saltou tarde na bola. Foi uma falha, não uma FAAAALHA. Mais adiante, ele compensou com importantes defesas.
Foram cinco minutos de terror. Cinco minutos que decidiram o rumo do jogo.
Mas o Grêmio buscou o empate mesmo com um a menos, com Zé Roberto recebendo uma bola enfiada por Ramiro ou Elano. Zé Roberto fez um gol com muita técnica e frieza. Não é para qualquer um.
No segundo tempo, ainda bem estruturado com dez jogadores, o Grêmio foi punido com outra expulsão. Vargas foi flagrado por um bandeirinha acertando um pontapé num adversário, lance que foi recuperado pela TV. Quer dizer, uma irresponsabilidade.
A partir daí, o negócio era garantir o empate.
O Grêmio foi guerreiro, heróico mesmo. Sofreu o segundo gol, mas lutou até o fim. Estão de parabéns aqueles que resistiram e correram o tripo para compensar a ausência de dois inconsequentes.
Agora, é inaceitável esse descontrole emocional que desfalcou o time e o levou a perder três pontos.
Qualquer análise técnica e tática sobre o time nessa derrota por 2 a 1 fica prejudicada.
HOTEL
O técnico Renato reclamou no final do jogo de a delegação ficar hospedada a cerca de 100 quilômetros do local do jogo. Eu não sabia disso. Não justifica nada do que aconteceu nos 90 minutos, mas sinaliza uma falha absurda na logística para o jogo.
Quem cuidou dessa parte também merece um cartão, no mínimo um amarelo.
LUIGI E OS DEUSES DO FUTEBOL
Já não tenho mais dúvida. Além de ser o ‘melhor presidente para negociar do futebol gaúcho talvez de todos os tempos’, Luigi está assim assim com os deuses do futebol.
Não assisti ao jogo do Inter em Caxias. Quer dizer, assisti aos minutos finais, a partir dos 40 minutos. O suficiente para ver Juan marcar o gol da vitória sobre o Flamengo.
Soube que foi um jogo igual, parelho, que o empate cairia bem em termos de justiça no futebol. Mas não há justiça em lugar algum, quanto mais no futebol.
Mas aí entraram em campo mais uma vez nos últimos jogos os deuses do futebol, que elegeram o Inter como bola da vez para vencer até quando o time não faz por merecer.
Contra o Fluminense parece ter havido uma conspiração astral para o Inter vencer. Duas falhas clamorosas, Muriel defendendo tudo, vitória por 3 a 2.
Então, quando um time vence até quando não faz por merecer, é um sinal de que tem a benção dos deuses e anjos do futebol. E aí ninguém segura.
Não há secação que resolva.