Sem o ataque titular e tendo como opções dois atacantes imaturos e pouco testados, o certo seria escalar um deles, no máximo, com um meia de criação.
Mas Renato decidiu começar com Lucas Coelho e Yuri Mamute, que alguns neófitos do futebol tentaram comparar ao Balotelli. A única semelhança, ficou comprovado hoje e para toda a eternidade, é a cor.
Mamute, como eu suspeitava há muito tempo, é o tipo de jogador de empresário influente. A realidade dele é um time de segunda linha, e olhe lá.
Juro que busquei encontrar alguma qualidade nesse rapaz.
Entre ele e o Lucas Coelho, mil vezes o segundo. Até nisso Renato errou. Na hora de substituir, sacou Lucas, que ao menos tem visão de jogo e passes corretos. Deixou o balotelli dos pampas em campo e viu, constrangido, o guri pisar na bola depois de outros lances em que revelou seu total despreparo.
Ora, será que Renato não viu, nos treinos, as limitações evidentes desse jovem, que tem como única qualidade a força física e a vontade de jogar bola.
Então, o certo seria começar com um dos atacantes e um meia, o Maxi ou o Elano.
Maxi parece estar pagando o preço de ousar marcar um golaço nos poucos minutos que teve com Renato. Onde já se viu driblar, clarear o lance e fazer gol? Para Renato, o importante é correr, lutar como uma ovelha cercada por lobos, até cair exaurido, sem forças.
Agora, analisando pelo lado positivo, a derrota por 1 a 0 pode ser revertida. Não com facilidade, porque para reverter será preciso marcar dois gols, o que tem sido uma raridade nesse time armado pelo Renato para defender, jogar no erro do adversário, e torcer por um aproveitamento espetacular nas conclusões.
Mas é um resultado possível de reverter. Afinal, o jogo é na Arena, que estará lotada, especialmente se a OAs der uma mãozinha. E também se o clima ajudar.
Outro aspecto positivo é que o Atlético, mesmo em casa, poucas chances de gol criou. O seu gol foi um achado. O certo seria um empate por 0 a 0, de tão pouco que as duas equipes criaram no ataque.
No final, quase Riveros empatou, após uma jogada brilhante de Pará, que demorou 90 minutos para acertar um lance ofensivo.
O importante é que o Grêmio está vivo.
E são apenas quatro equipes vivas na Copa do Brasil.