É impressionante a blindagem em torno do presidente Giovani Luigi.
Como não tenho condições de acompanhar todos os jornalistas da área esportiva e agregados, estou recebendo relatos atordoantes de alguns amigos sobre o que andam escrevendo e falando a respeito de ser o Peñarol o adversário do jogo de inauguração do novo Beira-Rio.
Se o presidente Luigi não tivesse feito aquele comentário provocativo sobre a presença do Hamburgo na inauguração da Arena, acredito que ninguém neste momento estaria questionando a escolha colorada.
Ocorre que ao ironizar o convidado gremista, Luigi passou a impressão de que um clube de primeira linha do futebol mundial estaria na festa colorada no dia 6 de abril. Confesso que cheguei a pensar no Barcelona. Seria mesmo uma grande atração, com repercussão internacional.
Aí, é anunciado, com pompa e circunstância, um adversário menor no contexto atual do futebol. O Peñarol é um clube com uma história rica, vitoriosa, mas isso ficou no passado.
Para quem esnobou o Hamburgo, anunciar o Peñarol é quase uma afronta.
Alguns jornalistas da praça estão questionando a decisão, mas outros, sem qualquer constrangimento, não ficam nem ruborizados ao defenderem a escolha colorada, que, repito, seria aceitável em outra circunstância, nunca depois da fala inoportuna do presidente colorado.
Além do mais, o Peñarol tem muito mais vinculação com o Grêmio.
O que não deixa de ser uma homenagem ao primeiro clube gaúcho campeão da Libertadores e do Mundo.