Os dois rojões jogados por um sujeito que estava na torcida do Grêmio – por isso, para efeitos punitivos -, um gremista, podem custar caro ao Grêmio. A denúncia foi encaminhada ao Tribunal da gloriosa FGF do glorioso sr. Noveletto. A punição pode atingir a perda de dez mandos de campo, segundo li nos sites esportivos. É claro que não chegará a tanto.
No máximo, no máximo, nove jogos.
Sinceramente, não me preocupo com o que possa acontecer com o Grêmio no tribunal – duvido que reverta em cestas básicas como fez com Dunga ano passado -, até porque o título do Gauchão 2014 já tem dono.
Minha preocupação é com a Libertadores. Sei que a direção do Grêmio está reunida neste começo de noite de segunda-feira para tratar do assunto que está ligado diretamente ao confronto com uma pequena, mas ruidosa e atuante, parcela da imensa torcida tricolor.
Estou convencido de que os rojões atirados em direção ao goleiro do Juventude foram um aviso de um grupo de indivíduos que estão perdendo sua fonte de renda.
Não posso acreditar que a ação desse sujeito – felizmente parece ter sido identificado pelo policiamento – estivesse assim tão revoltado com o jogo em si para jogar rojões para dentro do campo.
Posso estar enganado, mas foi uma ação premeditada, um aviso do que poderá acontecer na Arena em algum jogo da Libertadores caso o Grêmio não ceda e não volte a liberar dinheiro para esse grupo que está perdendo a mamata.
Até entendo esse pessoal. Afinal, o negócio deles não é exatamente o bem do Grêmio. O negócio deles é faturar às custas do Grêmio, sob o pretexto de torcer pelo time.
Então, não tenham dúvida, eles farão de tudo e mais pouco para não perder esse teta gorda e farta que a atual direção decidiu secar.
Foi gestado um monstro. O monstro fugiu ao controle. Mais que isso, quer assumir o controle, o que é inaceitável.
O Grêmio buscou o diálogo, a harmonia. Sem sucesso.
Depois dos rojões de domingo no Jaconi não sei se ainda há espaço para um entendimento.
Por via das dúvidas, eu tomaria todos os cuidados para evitar que algo semelhante ocorra na Libertadores.
Uma das medidas seria lançar uma campanha de marketing convocando cada gremista – assim como foi feito no plano Cruzado, anos 80, quando cada cidadão passou a denunciar reajuste no preço de mercadores nos supermercados – que for aos jogos do Grêmio – mesmo os do Gauchão – a atuar como fiscal, mas um fiscal realmente ativo e disposto a denunciar qualquer torcedor com atitude suspeita.
Cada torcedor poderia ostentar no peito um adesivo, algo como ‘Fiscal da Paz’, ‘Paz no Futebol’, etc.
É claro que só isso não resolve, mas vai contribuir para inibir os mal-intencionados. Ao mesmo tempo, mostrará ao pessoal da Conmebol que o Grêmio está fazendo de tudo para conter seus ‘torcedores’ mais impulsivos, digamos assim.
O importante é que o Grêmio já constatou que está em guerra.
Está na hora de convocar seu Exército Gremista.
O TIME
Como eu ia dizendo, já joguei faz tempo a toalha no que se refere à Libertadores.
Não vi o jogo contra o Juventude. Mas pelo que li nos comentários do artigo anterior depois de passar todo o fim de semana em Linha Coxilha, no interior de Saudades, no oeste catarinense, não há novidades.
O time do Grêmio continua insuficiente, principalmente em termos ofensivos.
E o pior é que nem é por culpa do Enderson.
Falta qualidade na frente – criação e finalização. A mesma que faltou para Renato.
A continuar assim, Enderson vai apelar para o mesmo recurso de seu antecessor: armar o time para jogar por uma bola.