Sempre fui muito discreto com essa história de aniversário. Na redação do CP torcia para que ninguém lembrasse que eu estava acumulando mais um ano de vida, o que é muito difícil para quem nasceu no dia da mulher.
Então, nunca escapei do parabéns a você. Sempre tinha um boca grande pra gritar que eu estava aniversariando. Normalmente, era o Chico Izidro.
Queria me esconder debaixo da mesa. Mas ficava lá em pé, com cara de bunda, sorrindo do jeito que dava. Depois, alguns abraços e, ufa!, mais um aniversário superado.
Este é o quarto aniversário longe da redação, onde deixei muitos amigos e lembranças de momentos muito felizes. Saudade dos que lá permanecem, dos que também saíram e, principalmente, dos que partiram. É caso do Paulo Acosta, grande gremista, do Clóvis Ott, que lá pelas tantas dava uma de louco, erguia uma lixeira das grandes e batia com ela no chão, e do Paulo Moura, ah, o velho Mourinha, que sempre escondeu que era gremista.
O face substitui o alarde que o Acosta, a Jurema e o Chico faziam para homenagear, e constranger, os aniversariantes.
Não sei quem ocupa esse papel hoje lá no Correio do Povo. Só sei que o face é muito mais poderoso. Recebi mais de uma centena de cumprimentos, com a vantagem de não ser submetido a um parabéns a você em público.
Fico muito feliz pela lembrança. Feliz mesmo. Obrigado a todos.
Ah, obrigado também aos amigos botequeiros. Estamos juntos.
PÂNICO
Obs: tem mais gente na redação do CP que tem pânico desse momento. Por ex, o Hiltor e o LH Benfica, hoje na ZH. O Benfica chegou a escrever as matérias dele na rádio Guaíba só pra não enfrentar o parabéns cantado por toda a redação. Covarde, eheheh
O Hiltor ficava furioso com a lembrança. Certa vez, o Flávio Portela chegou por trás do Hiltor, que estava sentado, e gritou, sorridente, sem saber do terror do Hiltor em relação a isso. O Hiltor quase engoliu a caneta bic que mascava, e, sem olhar para o Portela, mandou ele longe, tipo ‘não tem o que fazer’.
FUTEBOL
Não vi o jogo do Grêmio com o São Luiz. Já disse, o Gauchão não me interessa. Quando dá, eu assisto. Vejo que tem gente aqui decepcionada com alguns jovens. É cedo para avaliações definitivas. O Gauchão não serve para avaliar nem positiva, nem negativamente. Agora, é fato que alguns jovens entram e não aproveitam. Outros dão resposta logo de cara. Muitas vezes é questão de personalidade, de temperamento.
O Gabriel me fez rir com essa do Léo Guga, ‘chupa Ilgo’.
O JUIZ
O cornetadorw publica que D’Alessandro, que aliás tem um grande fã clube na mídia gaúcha, teria dito que o juiz Márcio Chagas é um dos poucos que ele gosta, algo assim. Esse informação, ‘extremamente relevante’, foi divulgada numa coluna. Falta perguntar ao Barcos, por exemplo, para ficar entre argentinos a história, qual o árbitro que ele gosta.
Colocada assim, a opinião do meia argentino não tem a menor importância. A não ser que venha com uma lista completa. Ou uma enquete entre os jogadores, e não apenas os da dupla.