A boa notícia: sem risco de rebaixamento

Aprendi ainda criança que Deus ajuda quem madruga, quem trabalha e faz por merecer. O Grêmio não trabalhou adequadamente para conquistar a Libertadores. Foi punido.

Começou pelo erro que foi a contratação do sr Enderson Moreira.

Peço que leiam, ou releiam. o texto que publiquei em dezembro e que me custou muito tomate podre e ovo estragado: http://botecodoilgo.com.br/?m=201312&paged=2

Depois, o que vimos foi outro equívoco, a montagem do grupo para tentar o tri da Libertadores. Vejam bem, o tri da Libertadores. Não o Gauchão. Viu-se depois que o time montado pelos homens que seguem mandando no futebol era incapaz de conquistar sequer o Gauchão, tendo direito a uma goleada que manterá os colorados sorridentes por longo tempo.

Encontro amigos colorados e eles nada dizem, apenas escancaram um sorrido de garoto-propaganda de consultório de ortodontia.

Sobre a montagem do time: era imperioso contratar um lateral-direito, ou investir no Tinga. O titular Pará passou o ano todo sinalizando que era insuficiente, esforçado, dedicado, mas insuficiente.

Pará sempre me passou a impressão de que ansiava por um titular para ter paz no banco de servas e receber seu salário sem vaias e xingamentos.

Agora, o mais grave: não contratar um jogador capaz de fazer apenas um lance, uma jogada: meter a bola pra dentro.

O Grêmio começou com a dupla Kleber e Barcos. Felizmente, Kleber se lesionou e aí abriu espaço para Luan. Luan arrumou o time, não foi Enderson como acreditaram alguns apressadinhos.

Então, havia em casa uma peça de reposição. Uma solução caseira.

O mesmo não aconteceu com Barcos, que se mantém como titular. O argentino ajudou a cavar a sepultura de Luxemburgo; e só não cavou a de seu sucessor, porque Renato, ao perceber o que tinha em mãos com o campeonato brasileiro em andamento, afastou os meias cansados, escalou 3 zagueiros e 3 volantes.

Tudo para não levar gol e não ser tão dependente da dupla ‘zerogol’, Barcos e Kleber. Marcelo Moreno, que, dizem, criava problemas, mas marcava gols, foi dispensado e hoje faz gols pelo Cruzeiro com parte de seu salário custeada pelo Grêmio. Havia ainda o Vargas, mas este mais parecia estar a passeio em Porto Alegre, e também não era exatamente um goleador.

Sem atacantes que fazem gol, e jogando um futebol realmente feio, o Grêmio foi vice-campeão brasileiro. Garantiu vaga direta na Libertadores, uma vantagem que Luxemburgo não teve, por absoluta incompetência, na competição de 2013. Antes, por falta de mais qualidade na frente e no meio de campo, e ainda com Pará na direita, o Grêmio caiu na Copa do Brasil.

Hoje, o Grêmio continua sofrendo por falta de qualidade. Pará continua titular e Barcos parece ser o dono do time.

Ontem, na Vila Belmiro, ele foi substituído aos 33 minutos do segundo tempo. Não me lembro de ele ter saído tão cedo de um jogo neste ano. Sem fazer cara feia, dando a impressão de ser uma substituição acertada no vestiário.

O jovem Lucas Coelho entrou e não fez menos do que o titular. Antes, bem antes, o sr Enderson sacou Luan. De novo ele sacou Luan, repetindo o que fez contra o San Lorenzo.

Luan não estava bem, mas por culpa de seu posicionamento. Luan deve jogar mais perto da área, pegando a bola no campo do adversário, na zona intermediária. O que temos visto é o guri recuando demais, até perto da área defensiva. Ele é talentoso demais. Com um drible, mas perto da área adversária, ele pode criar uma chance de gol. Seu melhor momento, antes da lesão, foi jogando exatamente na zona em que o Kleber jogava.

Aos 43, um crime, o que é comum a todos os treinadores. Ele colocou o Éverton. Ora, o que esperar de uma substituição tão próxima do final do jogo? Nada, pois foi o que aconteceu, nada.

O resultado em si, 0 a 0, contra o Santos, na Vila, foi bom.

Concluindo, uma boa notícia, para não dizerem que sou um pessimista, uma ave agourenta que previu o fracasso na Libertadores a partir da contratação do sr Enderson.

Afirmo que com esse time, mesmo com Pará e Barcos de titulares sem substitutos, não há risco de rebaixamento.

Haverá no máximo um susto, e aí, como tem acontecido, virá outro treinador para tirar o time do atoleiro.

Quem sabe a gente não conquista outra vaga para a Libertadores?

Não melhor, não. Chega de vaga para os dirigentes jogarem a chance fora por absoluta incompetência.

Chega de sonhar alto e depois desabar: um Gauchão já serve.

BOTECO

Quando voltei de 3 dias de viagem, vi que havia 90 comentários no blog. Neste domingo, pela manhã, mais de 120. Isso que eu não postei nada logo após o empate na Vila.

Sinal que o boteco tem vida própria. Já não faço a menor falta.

Os comentários dos botequeiros são de qualidade e sempre atuais. Que bom!

PANDOLFI

Revirando o baú do boteco, encontrei essa preciosidade, um texto do Mauro Pandolfi, que eu e muitos aqui assinariam embaixo:

http://botecodoilgo.com.br/?p=3794

CABEÇA QUENTE

Fui me refugiar no Uruguai logo no sia seguinte à eliminação. Por isso, só agora comento a afirmação do sr Rui Costa de que não se pode tomar decisões de cabeça quente, referindo-se ao treinador.

A cabeça esquentou mesmo foi depois dos humilhantes 4 a 1 do Gre-Nal. Então, houve tempo para esfriar.

A demissão deveria ter ocorrido naquele momento, cabeça quente ou fria, não importa, mas ainda com tempo de evitar a eliminação prematura na Libertadores.

Agora, pra mim tanto faz, o Grêmio, com essa direção e comando técnico, será mero coadjuvante no Brasileiro. Lamentável.

Cabeça quente O dirigenteSobre isso, se , enla quee  Ruio ninapós