Se eu tivesse que escrever sobre os progressos do time montado pelo trio Koff/Chitolina/Rui Costa e comandado pelo sr. Enderson Moreira depois desse empate por 0 a 0 com o Goiás, este espaço ficaria em branco.
Foram 30 dias de pausa em função da Copa do Mundo. Tudo aquilo que os treinadores sempre reclamam aconteceu: um período maior para treinar, ensaiar jogadas, entrosar a equipe.
E o que se viu nesse Grêmio sem entrosamento, sem jogadas e, o que é ainda mais grave, sem indignação diante da iminência de um empate em casa contra um Goiás que parece ter perdido sua identidade com a saída do Walter? Um vazio do tamanho do cérebro de um sertanejo universitário. Um time amorfo, sem personalidade.
Por essa amostra, ficou claro que o sr Enderson não aproveitou bem a oportunidade de ajeitar a equipe.
Agora, a torcida do Grêmio é muito exigente.
Querer uma equipe entrosada, com sistema de jogo definido, jogadas? Onde já se viu? Recém estamos na metade da temporada…
O sr Enderson está mais perdido do que o sistema defensivo do Brasil contra a Alemanha.
A dupla Chitolina/Rui Costa parece ter caído de uma caminhão de mudança e não sabe para onde ir.
Onde já se viu recomeçar sem um centroavante para disputar com Barcos.
Se a ideia é apostar em Lucas Coelho e nele depositar todas as fichas, então que se obrigue o sr Enderson e fazer como fez com Edinho. Coloque o medalhão argentino no banco.
Outra coisa, li e ouvi que Matheus Biteco era a bola da vez no meio de campo. Treinava de titular. Edinho foi para o banco. Aí, quando se espera que Matheus jogue, eis que volta a dupla Ramiro e Riveros.
Gosto dessa dupla, mas o técnico parecia determinado em efetivar o Biteco.
Depois, às vésperas da retomada, ele escala um zagueiro de pé direito na lateral-esquerda. O que se viu contra o Goiás foi lamentável.
O sr Enderson dá a impressão de estar treinando o time B do Inter, do qual foi expurgado para mais ou menos um ano depois ser titular do Grêmio.
Por fim, eu que sou crítico do Barcos, não gostei das vaias ao argentino quando de sua substituição.
Ele jogou o que sempre jogou. Ele não tem culpa de estar ali vestindo a camisa titular do Grêmio.
As vaias foram mal direcionadas.
Sobre Giuliano, uma estreia discreta. Não se espere dele o que ele não é: um comandante do meio de campo. O cara que nem a seleção brasileira teve nesta Copa.
Dudu foi o melhor da noite. Mostrou sua verdadeira posição: reserva para entrar no segundo tempo.
Agora, num time desentrosado e desorientado é difícil que qualquer jogador consiga mostrar todo seu potencial.
Até Luan caiu de rendimento, apesar de meia dúzia de bons lances.
PREVISÃO
A seguir nesse ritmo, em breve teremos de volta alguém que está sempre de sobre-aviso para afastar a ameaça de rebaixamento.