Adeus às ovelhinhas

Não sei como o técnico Felipão vai armar o time para o Gre-Nal.

O Abel todos nós sabemos. Não há muito o que esconder.

Já Felipão, que está chegando agora, tem tudo para fazer mistério e fazer disso um trunfo.

Não sei se o Grêmio terá três zagueiros, três volantes ou três atacantes. Não sei se Felipão será aquele dos anos 90 ou esse faceirinho que treinou a Seleção.

Eu só sei de uma coisa: Felipão e sua comissão técnica não podem cair na conversinha de que uma derrota será o caos, o fim dos tempos.

Leio e ouço gente opinando que uma derrota no Gre-Nal será um desastre.

É lógico que será péssimo, mas para quem conseguiu perder para o Goiás e o Vitória, perder para uma equipe de igual porte é normal.

O problema é que é Gre-Nal. Será traumático perder de novo, mas perder Gre-Nal tem sido uma rotina neste ano.

Não podemos exigir que Felipão estreie vencendo o clássico.

Aceitar que uma eventual derrota do Grêmio será o fim, é fazer o jogo de quem quer ver o fim logo no começo.

Felipão está apenas começando seu trabalho, que, tenho certeza, será mais uma vez exitoso.

Então, se houver mais uma derrota no Gre-Nal, será um golpe, um duro golpe, mas um golpe que pode ser assimilado com maturidade e tolerância.

O que podemos cobrar e exigir de Felipão, é que o seu time seja diferente, muito diferente animicamente, do time que herdou.

Se isso acontecer, se o Grêmio for vibrante, indignado, guerreiro e sábio para explorar a obrigação que o Inter, o anfitrião na casa remodelada, tem de atacar, ficará muito distante da derrota e mais próximo da vitória.

É só isso que espero de Felipão: um Grêmio diferente desse que tenho visto entrar em campo como ovelhinhas mansas a caminho da tosquia.

Adeus, ovelhinhas.

REUNIÃO DOS BOTEQUEIROS E CORNETEIROS

Será nesta quinta, 20h mais ou menos, no Bar do Beto da Venâncio Aires.

PESQUISA

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