Os dois felipões

Existem dois Felipões?

Sim, existe o Felipão do Grêmio e o da Copa. Aquele todo deslumbrado, mais envolvido como comerciais de TV do que com essa chatice de armar esquemas táticos e estratégias para neutralizar os adversários. Uma chatice.

Aí, o que fez Felipão? Colocou em campo um time para alegrar o pessoal lá de cima, esse que gosta de um futebol faceiro, dito ofensivo. Um futebol pra frente usando a qualidade ímpar e a malícia do genial futebol brasileiro.

Cansei de escrever e alertar que o Felipão da Copa não era o verdadeiro Felipão. Era um clone, um genérico de laboratório de fundo de quintal.

E antecipei que com aquele esquema que faz a alegria dos rivais bem estruturados, com equilíbrio entre defesa, meio-campo e ataque, quase sem distinção entre os três setores, como um bloco sólido, e ao mesmo tempo versátil, o Brasil não iria longe. Claro, jamais suspeitei que o final seria trágico.

Não tenho bola de cristal. Apenas consigo detectar, através de observação e análise desapaixonada, que a coisa está mal e que pode ficar pior.

Lembro disso só porque o Parreira teve a ousadia de dizer num programa de Tv do centro do país que o Grêmio agora repete a seleção da Copa. Tal afirmação apenas reforça o que penso de Parreira e que deixei bem claro há muitos anos. Pra não me estender, digo apenas que o considero um enganador sortudo. Tem muitos por aí.

Não é o caso de Felipão. O Felipão verdadeiro, esse que assumiu o Grêmio com humildade, disposto a voltar às suas origens futebolísticas, firmadas na década de 90 e que aos poucos foram esquecidas, culminando com a humilhação recente, sempre lembrada em todas as entrevistas pelas hienas de plantão.

Assim como tem inúmeros admiradores, Felipão conquistou secadores em profusão.

Uns o consideraram ultrapassado. É fácil rotular as pessoas. Difícil é reconhecer erros de avaliação e precipitação.

Sobre isso, recorro a um texto muito bom que está em www.ricaperrone.com.br/ultrapassado.

O fato é que Felipão voltou a ser Felipão, sem frescuras.

Este Grêmio, que não tem nada a ver com a seleção, tem a cara de Felipão, a cara da seriedade, da determinação.

A cara de quem não se entrega e não leva desaforo pra casa.

E raramente toma gol.

GROHE

Já há algum tempo, curiosamente no momento em que o Grêmio foi ajustado pelo Felipão depois do ciclone Enderson ter varrido a Arena, tem um pessoal aí que só faz elogiar Marcelo Grohe e indicar seu nome para a seleção.

A pior coisa que poderia acontecer agora seria a seleção desfalcar o Grêmio de seu goleiro, um dos principais responsáveis pelo crescimento do time, que só não está melhor classificado por dois motivos: Grohe não faz gols e Felipão chegou quase no meio do caminho.

Portanto, pra mim, Grohe não passa de um frangueiro com sorte.

Pena que Felipão não chegou antes

O Grêmio continua sem fazer gol de escanteio, mas fez 2 gols, coisa rara, e isso é o que realmente importa.

Com a vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo, são dois anos de invencibilidade no Rio.

Não vou me alongar. Estou afastado e escrevendo na corrida. Sequer vi o jogo, nem ouvi.

Acompanhei pelo tuiter. É uma experiência interessante, porque sobra pau pra todo mundo, até para os melhores do time.

Depois, quando a vitória se encaminha, o que há pouco era ruim, passa a ser bom.

até Felipão que faz campanha de líder foi criticado.

Com o resultado, o Grêmio segue na disputa por vaga na Libertadores, basicamente em função de seu sistema defensivo e de Grohe.

Pena que Felipão não chegou antes.

De repente, bate uma saudade de Jardel

O Grêmio foi melhor que o Fluminense. Mereceu vencer, inclusive acertando duas bolas na trave.

Sem contar um ou dois pênaltis a favor do Grêmio, devidamente ignorados pela arbitragem do sr Heber Roberto Lopes.

Para um time que, segundo especialistas em negativar o Grêmio, joga ‘por uma bola só’, a equipe montada por Felipão em tão pouco tempo segue criando chances de gol. Seu aproveitamento, contudo, é pífio.

Mas ao menos o time cria oportunidades. Falta ajustar a pontaria.

Depois de dominar durante boa parte do jogo, o Grêmio acabou levando uma pressão e Marcelo Grohe de novo foi decisivo, confirmando sua excelente fase e contribuindo para reforçar o coro dos que clamam por sua convocação à seleção, o que seria péssimo ao time.

Sem ataque e sem seu grande goleiro o Grêmio ficaria muito mal.

Perto dos 40 do segundo tempo, Dudu foi ao fundo como poucos jogadores consegue no brasileirão e cruzou na medida para Barcos. O argentino, que é um misto de armador com centroavante, dominou tentando ajeitar para o chute, mas a bola escorreu e ficou nas mãos do goleiros.

A TV filmou a reação de Felipão à beira de campo. Acho que eu, ele e toda torcida gremista pensamos a mesma coisa:

– Ah, se fosse o Jardel.

O tempo passou e Jardel, centroavante de carteirinha, hoje é candidato nas eleições. Poderia ser o contrário: Barcos na política e Jardel em campo.

O Grêmio, mesmo com o empate, ingressou no G-4.

Ah, o empate com o Flu no Maracanã, em princípio, é sempre bom resultado.

INTER

Já o Inter assumiu o segundo lugar. Bateu o Criciúma por 3 a 0 sem maiores dificuldades.

No entanto, as projeções dos otimistas de plantão não se concretizaram na íntegra. Havia quem projetasse que o Cruzeiro tropeçaria em Coritiba e o Inter venceria, o que daria novo alento aos analistas colorados.

O problema é que o Cruzeiro tem uma equipe muito forte e um banco de qualidade. Bateu o Coritiba por 2 a 1, fora de casa.

Um dos gols marcado por Moreno, centroavante de verdade bancado pelo Grêmio.

O futebol também tem suas ironias.

Jogar por uma bola

A expressão ‘jogar por uma bola’ me incomoda, pra não dizer que chega a me irritar.

O Grêmio está sempre ‘jogando por uma bola’. É uma maneira de depreciar o Grêmio. Pior é que muitos gremistas repetem essa expressão, talvez sem refletir sobre ela e sobre o que acontece em campo.

Parece ser coisa nossa, assim como o churrasco, o chimarrão, o CTG, a grenalização e os colunistas que querem ser mais realistas que o rei e vivem cobrando punição forte para atos de racismo, desde que cometidos na Arena. E pela torcida do Grêmio, claro.

Sobre a homofobia nas imediações, silêncio.

Jogar por uma bola até bem pouco tempo era jogar retrancado. Fechadinho atrás e explorando contra-ataques.

O Cláudio Duarte, logo que assumiu de treinador no Inter, disse que seu esquema era o ‘pega-ratão’.

Então, jogar por uma bola é o pega-ratão estilizado, glamurizado, assim como lesão passou a ser desconforto.

Hoje, Ramiro, o PGV – Pequeno Grande Volante – veio ao meu encontro nessa indignação, o que apenas evidencia o quanto esse jogador além de aplicado e esforçado, é inteligente.

Frase do Ramiro, que deve voltar ao time contra o Fluminense, fato que saúdo efusivamente:

“Não é jogar por ‘uma bola’. É jogar com consciência defensiva, com os 11 jogadores marcando e sair no contra-ataque. Nos últimos jogos fora de casa a gente criou até cinco chances por jogo”.

É verdade, como pode ser definido como time que joga por uma bola se são várias as chances de gol criadas.

Por que não dizem que o Inter joga por uma bola de vez em quando? Nunca alguém escreveu ou falou isso por aqui, mesmo quando se vê o time de Abel parindo uma bigorna incandescente para chegar com perigo diante do goleiro adversário.

Está consagrado por aqui que um time com três volantes é defensivo. Em tese, sim, mas depende dos três volantes. Concordo que aquele trio que Renato escalou para ser VICE-CAMPEÃO BRASILEIRO – escrevo assim para que não esqueçam o brilhante trabalho que ele fez em sua última passagem por aqui como o grupo que tinha – era mais defensivo, tinha pouca qualidade e criatividade na armação: Ramiro, Rivero e Souza.

O trio atual, tem um volante/meia, que é o Felipe Bastos. Aliás, pouca gente se deu conta, mas FB caiu de rendimento quando se desfez a dupla Ramiro/Riveros, que dá forte sustentação defensiva ao time e o libera para armar e chegar à frente. Os dois voltam contra o Flu. Aí poderá ser comprovada a minha tese: FB vai jogar mais do que vem jogando.

Ainda mais que o Fluminense de uma hora para outra virou uma droga de time e Fred passou a ser ex-jogador, lento, sem agilidade, como tenho lido e ouvido por aí. São os mesmos que enaltecem o Criciúma, conforme li no blog do sempre atento RW, o cornetadorw.blogspot.com.br.

Aliás, conforme destaca o RW, apavorado, Heber Roberto Lopes é o juiz. Está aí um forte complicador para a objetivo de somar três pontos.

Apesar de ‘jogar por uma bola’ – o Grêmio parece ser o único time no país que joga com cuidados defensivos e nos contra-ataque -, acredito que é possível vencer.

É só melhorar a pontaria e caprichar no último e no penúltimo passe, mantendo impenetrável a defesa.

O técnico Felipão está chegando lá, ao equilíbrio, devagar e sempre.

Armando o time da melhor maneira diante do material humano que possui, igualzinho ao Renato Portaluppi tempos atrás.

Falta o de sempre: qualidade

Para um time que tem tanta dificuldade de fazer gol, vitória por 1 a 0 é goleada.

Vencer é o que importa. Todos nós que gostamos de futebol e torcemos por um time precisamos nos convencer que vencer é melhor que convencer.

Vencer e convencer é o ideal, mas não há clube algum neste Brasileirão que jogue um futebol verdadeiramente admirável. O Cruzeiro, que foi amassado na Libertadores, é o que mais consegue jogar um futebol de qualidade. O resto vai pra vala comum da mediocridade técnica e tática.

Assim como os colorados devem soltar foguetes pela vitória sobre o Atlético PR por 1 a 0, também os gremistas devem festejar o 1 a 0 sobre a Chapecoense.

O que importa são os três pontos. O resto é o resto e choro de quem gostaria de ver mais qualidade nesses vitórias minguadas, de gol chorado.

O que importa para os gremistas é que o Grêmio se mantém perto da zona da Libertadores e, para os colorados, que o Inter se mantenha lá.

Título? É pedir demais. Com folhas de pagamentos que giram em torno de 8 milhões de reais, a dupla teria de estar mais qualificada.

Grêmio e Inter venceram seus jogos com extrema dificuldade. Até os gols foram parecidos, bolas espirradas que caem na cabeça ou no pé do atacante.

No Inter, apareceu a cabeça do He Man que cada vez mais é menos He Man, assim como o Gladiador já não acompanha Kleber faz tempo.

No Grêmio, apareceu Dudu, quebrando um longo jejum, uns 20 jogos sem balançar as redes. E quase que ele perdeu o gol.

Mas Dudu foi o melhor jogador do time do meio para a frente. Atrás, ninguém foi melhor que Geromel.

Marcelo Grohe, que não foi tão exigido dessa vez, se consagra na Brasileirão. Já são 628 minutos sem levar gol, é recordista no Grêmio.

O grande problema gremista continua sendo a pouca efetividade do ataque. As chances são criadas, mas normalmente há erro no último passe ou na conclusão.

Contra a Chapecoense, o time errou demais em termos ofensivos, mas criou situações para ampliar e ter uma vitória mais tranquila.

O gol da vitória por pouco não aconteceu. Barcos deixou Luan em condições de marcar. Luan tentou driblar o goleiro e perdeu a jogada. Por sorte, a bola caiu nos pés de Dudu, que chutou forte e por detalhes um zagueiro não desviou debaixo da goleira.

Então, cada gol gremista é assim, difícil, um parto. Seria pior se as chances não aparecessem.

Felipão está certo ao treinar finalizações e pedir mais calma a seus jogadores na hora de definir a jogada, seja num cruzamento, num último ou penúltimo passe.

Dudu com Felipão evoluiu muito. Ainda não é o atacantes dos sonhos, mas ele está se destacando, tanto como atacante mesmo como marcador. É comovente sua dedicação.

Até já está superando Pará, que fez boa partida, mas que voltou a errar no passe ou cruzamento quando foi ao fundo.

Há muito o que acertar, mas é visível que o time está evoluindo.

Agora, falta o de sempre: qualidade. E não é só para o Grêmio.

Ataque do Grêmio volta a falhar

É incrível a incapacidade do Grêmio para fazer gol. Mais incrível ainda é capacidade extraordinária de não aproveitar escanteios.

Não me refiro a fazer um golzinho de escanteio, mas de ao menos obrigar o goleiro a fazer uma defesa. Nem isso. Entra escanteio, sai escanteio, e nada.

E não é por falta de jogadores altos.

Para um time que já teve Arce cruzando e Jardel cabeceando… Felipão precisa resolver isso, e logo.

Soube que ele anda treinando finalização com Dudu. Vamos ver se resolve.

No jogo desta noite na Arena, mesmo com toda a tensão envolvendo a volta do goleiro santista, o Grêmio até que fez um primeiro tempo bom. Teve o controle do meio de campo, Grohe não trabalhou e o time criou duas chances de gol. Ambas com Lucas Coelho, que entrou de última hora no lugar de Barcos, lesionado.

Lucas obrigou o goleiro a uma defesa difícil e em outro lance acertou a trave direita, depois de grande lançamento de Luan.

No segundo tempo, os dois times pouco criaram ofensivamente. O Santos mais preocupado em garantir o empate e o Grêmio sem qualidade para chegar ao gol.

Não gostei da saída de Luan. Felipão deveria ter sacado Dudu, que já estava errando passes, mostrando cansaço.

Luan não tem entrega de Dudu, mas ao menos sabe o que fazer com a bola.

Não entendi também a saída de Felipe Bastos, que até não fazia boa partida, mas é um jogador mais criativo e como o time precisava ganhar deveria ser mantido, sacando Ramiro, que já tinha amarelo. Só de Felipe Bastos sentiu alguma lesão.

Depois, Felipão investiu em Fernandinho. Atacante que tem no drible sua maior virtude, perdeu todas as investidas sobre a marcação. Todas, isso que ele estava descansado, diferente dos zagueiros que tomaram um suadouro com Dudu.

Diante disso, dessa imensa dificuldade de fazer gol, o Grêmio chegou ao seu limite: ficar ali pelo quinto ou sexto lugar.

Que venha logo 2015.

O GOLEIRO

O goleiro santista, que tem como ponto mais destacado de sua trajetória ter levado oito gols do Barcelona e agora esse triste episódio de racismo, saiu de campo reclamando das vaias. Disse que era uma ‘vaia diferente’.

Sim, era uma vaia rancorosa, raivosa.

Ele esperava o que, um buquê de flores, ou que a torcida jogasse pétalas de rosa quando ele entrasse em campo?

Ele chegou a comentar que esperava mesmo ser recebido de outra forma.

Eu ainda acho que o melhor seria fazer silêncio e ignorar a presença dele.

Silêncio e indiferença, é o que ele merecia.

Fora, claro, um balaio de gols.

Silêncio, a melhor resposta ao goleiro do Santos

A melhor maneira de receber o time do Santos no jogo desta noite na Arena é fazendo um silêncio.

Um silêncio ‘ensurdecedor’.

Quando o Brasil inteiro espera vaias, gritos e cantos ofensivos ao goleiro Mário Lúcio Duarte Costa, nada pode chamar mais atenção do que um sonoro silêncio.

O silêncio é irmão da indiferença.

Muitas vezes reagir com silêncio ou indiferença é muito melhor e por vezes mais eficaz, do que apelar para os palavrões de sempre, que de tão empregados já não causam impacto.

O silêncio pode ser mais hostil e ameaçador que o coro da torcida contra o adversário.

Muitos esperam confusão – e há quem torça por isso – quando o goleiro do Santos entrar em campo.

Imaginem aqueles auditores do tribunal carioca vibrando se ocorrer outro incidente na Arena. Vão ficar cheios de razão. A injusta e absurda condenação do Grêmio será, então, mantida e até agravada – quem duvida?.

Por isso, minha sugestão é fazer silêncio. Um silêncio do tamanho da desimportância do goleiro.

Manifestações contra o goleiro que só aos 33 anos conseguiu sair do anonimato devem  ficar restritas ao jogo em si.

Mas em vez de vaias quando ele pegar a bola, um murmúrio em coro. Ou o mais absoluto silêncio.

Tenho certeza de que esse tipo de atitude – quase uma não-atitude – é a melhor resposta que a fantástica torcida do Grêmio pode dar ao goleiro, aos auditores e a todos que classificaram o clube e sua torcida de racista.

Silêncio na Arena!

PREMIO PRESS

Continuem votando em mim no Prêmio Press como jornalista de web do ano.

Entrem em www.revistapress.com.br

Eu também preciso sair do anonimato…

Revista Press e o time de Felipão

É um apelo dramático que faço. Votem em mim! Pela primeira vez decidi entrar na disputa pelo Prêmio Press, que está em sua 15ª edição, obra do Júlio Ribeiro.

O Júlio é um colorado daqueles simpáticos, mas provocadores. De vez em quando nos encontramos e nos enfrentamos no Cadeira Cativa do Reche, na Ulbra TV.

Segunda-feira aconteceu de novo esse encontro. Ele me viu e já saiu provocando, com um largo sorriso:

– O Grêmio é o segundo clube que mais me dá alegria…

E eu respondi:

– E o Inter é clube que mais me dá alegria nos últimos anos. Perdeu pro Ceará, perdeu pro Bahia, foi eliminado de duas competições em 15 dias e tem ainda o Mazembe, que comemoro a cada ano como um título mundial…

E ficamos nessa galinhagem cordial como deveriam ser todas as provocações entre gremistas e colorados.

O Júlio é um empreendedor. Um cara arrojado, competente  e um tanto fora da casinha pra criar e conseguir manter uma publicação de tanta qualidade como a Revista Press e – meu teclado não registra aquele outro tipo de ‘e’ – Advertising. Outro desse tipo e que também admiro demais é o José Aveline Neto, da Revista Goool, já com 3 décadas nas bancas. Coisa de herói e de maluco. Até já fui entrevistado pelas duas publicações, o que muito me honra.

Mas vamos ao que interessa: vou entrar na disputa da categoria Jornalista da Web do Ano. Para vencer, ou ao menos figurar entre os participantes, preciso de votos, muitos votos.

Então, se alguém quiser me ajudar é só entrar no site: www.revistapress.com.br.

Eu sei que entro na disputa da mesma forma que o Mazembe. Ou igual ao Inter contra o Barcelona.

Pode dar zebrão de novo!!!!

O TIME DO FELIPÃO

Com um mês de trabalho no Grêmio, o técnico Felipão já deu uma cara ao time, aliás muito parecida com a cara do time armado brilhantemente pelo grande Renato Portaluppi, que está fazendo escola com sua ideia de três volantes e um ataque que dificilmente faz gols.

Antes era Kleber/Barcos. Hoje, Dudu/Barcos. Barcos nas duas escalaçôes. Não acredito em mera coincidência, embora o argentino tenha feito alguns gols recentemente e perdido muito mais por imperícia mesmo e por erro de posicionamento na área. Não é má vontade, é constatação.

Se Felipão conseguir aliar a segurança do seu sistema defensivo – que começa no ataque, como deve ser no futebol – com maior eficiência ofensiva, ele vai subir muito na tabela de classificação. Mas o time precisa começar a fazer mais gols. Fora isso, vai ficar por aí, quinto ou sexto lugar.

A cara do time, portanto, melhorou.

E Felipão já tem os seus titulares: Marcelo Grohe, Rodolpho, Geromel, Zé Roberto, Felipe Bastos, Giuliano, Dudu e Barcos.

A lateral-direita está em aberto, com leve vantagem de Pará no momento.

Os dois volantes básicos estão indefinidos. Acredito que Riveros será titular. Estão na disputa ainda: Ramiro, Matheus Biteco e Wallace. Com vantagem para o PGV, que muitos aqui detestam, mas é o único mordedor de calcanhar desses todos. Se Biteco continuar evoluindo será titular fácil, podendo até desbancar Giuliano.

Agora, eu arrumaria um lugar para Luan nesse time: sacaria Giuliano para colocar o guri.

SOLUÇÃO MÁGICA

Considero uma irresponsabilidade contratar jogador em fim de carreira por mais de um ou dois anos. Escrevi isso quando o Grêmio trouxe Kleber.

Mas a ânsia do presidente Luigi em conquistar o Brasileirão, coisa que os vencedores e festejados Fernando Carvalho e Piffero não conseguiram, o leva a cometer esse desatino.

Sem contar o dinheiro envolvido, muito mais do que está sendo divulgado. Basta comparar com os valores divulgados em negociações de Nilmar com outros clubes. Todos desistiram.

Luigi, assim, tenta manter a imagem de grande negociador, o que é desmentido, por exemplo, com a contratação de Rafael Moura. Ou, pior ainda, a de Forlan.

Nilmar é o pensamento mágico. Marcou quatro gols em 18 jogos no ‘competitivo’ futebol do Qatar.

Grêmio traz 1 ponto e Inter reage após a prensa

Exagerada, quase hostil, a pressão da reportagem sobre o vice Adalberto Preis após o excelente empate por 0 a 0 com o Atlético Mineiro, que, em seu estádio é quase imbatível.

Preis sustentou, com acerto, que a arbitragem foi ruim para o Grêmio, e foi mesmo, em especial no primeiro tempo. Até mesmo a correta anulação da jogada que culminou em gol dos mineiro não invalida a críticas ao juiz baiano, que no segundo tempo manteve mais equilíbrio em suas decisões.

Depois, Preis foi questionado sobre suas postagens no twitter, uma prensa descabida e inoportuna. Mas o experiente dirigente saiu-se bem.

Não fosse pelo sotaque eu imaginaria que os entrevistadores eram da crônica esportiva mineira. Inclusive um dos repórteres enfatizou que o juiz anulou mal o lance que resultou no gol.

O fato é que o Grêmio empatou fora de casa um jogo em que até poderia ter perdido, porque o Atlético teve uma bola incrível na trave, no que seria um golaço contra de Rodolpho. E mais um ou outro lance de muito perigo.

Mas não se pode esquecer de modo algum é que Giuliano perdeu um gol aos 2 minutos, sozinho diante de Victor e com toda a condição de marcar. Faltou habilidade do meia/volante e sobrou agilidade a Victor.

Imagino que ele não perdeu o gol por causa das tais dores pubianas.

Em relação ao jogo em si, penso que Felipão poderia ter colocado Luan mais cedo, talvez ali pelos 25 ou 30 minutos do segundo tempo, sacando Giuliano, que até fez boa partida em termos táticos.

Fernandinho também entrou tarde, ali pelos 40 minutos. Ocorre que Dudu estava muito bem pela esquerda, atacando e marcando, infernizando a marcação.

Em dois cruzamentos quase no final o Grêmio poderia ter marcado se tivesse um centroavante que não fica esperando cruzamento atrás da zaga, contando por certo com erro do adversário, mas que se antecipasse à marcação. Barcos também poderia ser mais atento e rápido quando a bola sai da linha de fundo.

De qualquer forma, pela qualidade do adversário, o empate foi bom resultado e merece ser festejado. São 13 pontos nos últimos 15 disputados.

Na quinta, a volta de Aranha à Arena. Jogo promete ser quente. Mas desconfio que o Aranha vai sentir uma lesão.

INTER

Antes, o Inter bateu o Botafogo por 2 a 0. Foi melhor e mereceu a vitória. Garantiu sua presença no G-4.

A impressão que tenho é que valeu a pressão da torcida na chegada da delegação no aeroporto e depois no Beira-Rio, inclusive com ameaças aos jogadores em caso de nova derrota. O time colorado foi mais combativo.

No final, Abel respirou aliviado e disse que até sairia para jantar fora, algo que ficou difícil em razão da série de resultados negativos.

Apesar da vitória, o Inter não apresentou muito mais do que vinha jogando.

111 ANOS

Orgulho de ser gremista! Na alegria e na tristeza, sempre com o GRÊMIO!!!!

Deuses do futebol abraçam o Grêmio e largam o Inter

O jogo doloroso desta noite na Arena foi doloroso. Eu, que fiquei em casa, tive a sorte – agora eu sei – de ver apenas 40 minutos do mau futebol que era cometido no novo tempo do futebol gaúcho. Faltou energia elétrica. No rádio Voz do Brasil e depois horário político.

Pela primeira vez na vida acompanhei um jogo pelo twitter. Lembrei-me dos velhos tempos de repórter do Correio do Povo, onde muitas vezes fiz comentários em cima do que ouvia pelas emissoras de rádio, normalmente a Guaíba.

Pior foi a situação de companheiros que fariam tubo – ou seja, transmitiriam por rádio o jogo a partir das imagens da TV, mas as imagens não viera. Então, os bravos heróis do microfone conseguiram transmitir o jogo ouvindo a transmissão da emissora concorrente. Pensam que é fácil a vida no rádio?

Operam-se milagres quase que diariamente, hoje nem tanto em função da internet.

No caso de repórter de jornal é mais fácil. Só pelo que li no twitter, em especial os do ‘seu Algoz’, no primeiro tempo, eu conseguiria fazer um texto analisando o o jogo.

Mas o jogo foi tão ruim que nem vale a pena nós perdermos tempo.

O segundo tempo, com a volta da energia elétrica, eu assisti. Não fosse pelo gol milagroso, sim, milagroso, de Barcos eu diria que o melhor seria ter ficado no escuro.

Não é assim com muitas coisas? Fica no escuro, preferir não saber?

Neste caso, no entanto, eu prefiro ver com meus próprios olhos, nem que seja só pra me irritar.

A conclusão a que chego depois de ver o futebol cometido por Grêmio e Atlético Paranaense, é que venceu o menos ruim. Venceu o mais rabudo, o mais sortudo.

Depois da vitória sobre o Flamengo nos acréscimos e agora contra o Atlético-PR também no ‘apagar das luzes’, das duas uma:

Ou as zagas adversárias estavam na gaveta ou os deuses do futebol decidiram dar uma mãozinha. Escolham.

Mas futebol é assim mesmo: Nem sempre vence aquele que joga melhor, que faz por merecer. O Grêmio contra o Flamengo mereceu vencer. Contra o Atlético, não.

O fato é que em outros tempos, recentes até, o gol no finalzinho seria do adversário.

Em dois jogos seguidos, em que o empate já estava praticamente sacramentado, o Grêmio venceu.

Ficou claro, porém, que o time não tem futebol para muito mais, ou seja, ambicionar o título. No máximo, uma vaga na Libertadores.

É que nos cabe nesse latifúndio do futebol brasileiro.

GIULIANO

Com Felipe Bastos, Giuliano cresceu. Sim, Felipe é um protagonista; Giuliano é um bom assistente, um coadjuvante de qualidade.

Sem um protagonista, o acessório pode desabar. Foi o que aconteceu com Giuliano.

Fico pensando que tipo de investidor coloca dinheiro, e muito dinheiro, pensando em ter lucro com Giuliano.

Somente alguém que não conhece nada de futebol.

Ou é muito gremista e não se importa com eventual prejuízo. Fico com a primeira opção.

Mas pode ser também as duas coisas.

INTER

Fim do sonho. O Inter que desdenhou a Copa do Brasil e a Sul-Americana por acreditar que mantendo o foco apenas no Brasileirão poderia quebrar o jejum de 35 anos deu adeus à disputa do título.

A derrota para o lanterna Vitória foi a gota dágua.

Vai agora investir o que tem e o que tem não tem para contratar Nilmar. É o desespero.

Fora isso, deve trocar o treinador. A série de resultados negativos é indesculpável, ainda mais para os que viam no elenco colorado um grupo de alto nível.

Argel é o primeiro da lista. Depois, Lisca, sempre lembrado por setores da imprensa para trabalhar no Grêmio.

Mas acredito que virá Mário Sérgio. Informação de cocheira.

Ah, D’Alessando mais uma vez vai vencer a queda de braço com um treinador no Inter.