A melhor maneira de receber o time do Santos no jogo desta noite na Arena é fazendo um silêncio.
Um silêncio ‘ensurdecedor’.
Quando o Brasil inteiro espera vaias, gritos e cantos ofensivos ao goleiro Mário Lúcio Duarte Costa, nada pode chamar mais atenção do que um sonoro silêncio.
O silêncio é irmão da indiferença.
Muitas vezes reagir com silêncio ou indiferença é muito melhor e por vezes mais eficaz, do que apelar para os palavrões de sempre, que de tão empregados já não causam impacto.
O silêncio pode ser mais hostil e ameaçador que o coro da torcida contra o adversário.
Muitos esperam confusão – e há quem torça por isso – quando o goleiro do Santos entrar em campo.
Imaginem aqueles auditores do tribunal carioca vibrando se ocorrer outro incidente na Arena. Vão ficar cheios de razão. A injusta e absurda condenação do Grêmio será, então, mantida e até agravada – quem duvida?.
Por isso, minha sugestão é fazer silêncio. Um silêncio do tamanho da desimportância do goleiro.
Manifestações contra o goleiro que só aos 33 anos conseguiu sair do anonimato devem ficar restritas ao jogo em si.
Mas em vez de vaias quando ele pegar a bola, um murmúrio em coro. Ou o mais absoluto silêncio.
Tenho certeza de que esse tipo de atitude – quase uma não-atitude – é a melhor resposta que a fantástica torcida do Grêmio pode dar ao goleiro, aos auditores e a todos que classificaram o clube e sua torcida de racista.
Silêncio na Arena!
PREMIO PRESS
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Eu também preciso sair do anonimato…