O importante é vencer

Estou convencido de que só a torcida do Cruzeiro tem direito de exigir vitória e bom futebol do seu time.

Todas as demais torcidas precisam aceitar que vitória com boa atuação não combinam. E isso vale para Grêmio, Inter – embora os colorados analistas atribuam sempre o futebol ruim do time vermelho ao técnico Abel, nunca a má qualidade de alguns jogadores – e todos os outros.

Só o Cruzeiro se salva. Nem a derrota para o Corinthians abala esse minha convicção.

Então, o que interessa é vencer. O Grêmio de Felipão fez algumas partidas muito boas contra equipes fortes, entre elas o próprio Cruzeiro, mas não venceu.

Nesta noite, teve uma atuação apenas regular, nota 6 ou 7, mas foi o suficiente para bater o Sport por 2 a 0, subindo na classificação.

Destaque para o jovem goleiro Tiago. No final, fez grandes defesas e garantiu a vitória.

Gostei muito do Dudu, um jogador incansável, que corre de goleira a goleira, e ainda tem fôlego para fazer algumas boas jogadas, como a do segundo gol, quando ele driblou o goleiro após receber excelente lançamento de Giuliano – seu melhor lance desde que chegou.

O placar foi aberto por Alan Ruiz, após jogada de Barcos, que perdia a bola na tentativa do drible, mas apareceu o meia argentino de trás pra soltar a bomba e marcar.

Destaque também para Zé Roberto, que é, repito, o melhor lateral-esquerdo do campeonato.

Não acredito mais em vaga para a Libertadores, mas se continuar na ponta de cima tudo pode acontecer.

Tirando o Cruzeiro, é tudo japonês.

Meus primeiros passos na política do Grêmio

Desde que larguei o jornalismo esportivo profissional depois de uns 30 anos de atuação, principalmente em jornal, com algumas incursões no rádio e na TV, tenho recebido sugestões de ingressar na vida política do Grêmio.

A maioria vem do pessoal que mantém esse Boteco comigo, alguns escrevendo até mais do que eu com comentários que sempre acrescentam alguma coisa.

Não sei se os botequeiros fazem isso apenas por generosidade, como forma de estímulo a continuar lançando minhas ideias sobre futebol aqui neste espaço, mas o fato é que aos poucos eu fui me convencendo de que realmente tenho algo a oferecer ao clube, a começar pela minha experiência do outro lado do balcão, a imprensa.

Até que há uns cinco meses fui convidado a participar do Movimento Grêmio Multicampeão, um grupo novo, composto por gente com boas propostas para recolocar o clube no caminho das vitórias. Comecei um trabalho de assessoria de imprensa e, depois de conhecer melhor os integrantes do movimento, acabei me filiando.

Dois anos antes eu havia me associado de novo ao Grêmio – a primeira vez foi em 1974, logo que vim de Lajeado para estudar, trabalhar e fazer festa, não necessariamente nessa ordem. Deixei de ser sócio quando comecei a trabalhar na imprensa esportiva, em 1978.

Bem, estou começando timidamente, sem maiores pretensões a não ser contribuir de forma mais objetiva com o Grêmio. Mas vou continuar aqui nessa trincheira, criticando e elogiando. Nos últimos anos, mais criticando, infelizmente.

A síntese do meu pensamento sobre gestão é a seguinte, e dela não abro mão: honestidade, transparência, ética e trabalho. Quem me conhece sabe que eu estruturo minha vida nesses quatro pilares.

O Movimento Grêmio Multicampeão, pelo que já constatei, pensa da mesma forma. Nascemos um para o outro.

O grupo decidiu apoiar a chapa 4, da Situação. Foi unânime.

Respeito muito o Bellini, e não tenho dúvida de que um dia ele será presidente do Grêmio.

Mas não agora. A vez é de Romildo Bolzan, com apoio do grande Fábio Koff e de Duda Kroeff.

Será a primeira vez que voto.

Conto com vocês. Não quero terminar sem ao menos ter começado.

MULTICAMPEÃO

Quem quiser conhecer mais sobre o movimento:

www.gremiomulticampeao.com.br

www.facebook.com/movimentogremio.multicampeao

twitter.com/gmulticampeao

FUTEBOL E PESQUISAS

Pesquisa do Ibope “some” com quase dois milhões de gremistas no país

Uma grande torcida à procura de um grande time

A verdade é simples: o time do Grêmio não está à altura de sua torcida e de sua casa. A Arena recebeu mais de 46 mil torcedores, gremistas apaixonados, vibrantes, participativos. Enfim, jogou com o time, e jogou mais que o time.

A Arena é maior que o Olímpico, muito maior, majestosa mesmo, mas só irá incorporar a energia que havia no velho casarão quando tiver um time verdadeiramente competitivo.

É um tripé em que um dos pés não é confiável, não é seguro.

Mas não resta dúvida que agora a direção acertou o passo, depois de sucessivos equívocos.

Alguns problemas permanecem e iremos até o fim da temporada com eles. Por exemplo, o Grêmio continua sem um rival para Barcos, uma alternativa realmente capaz de entrar e acrescentar qualidade na frente, com maior presença de área, espaço do qual o titular argentino insiste em se afastar.

Apesar de ter ainda um time insuficiente para disputar o título do Brasileiro e talvez até mesmo para buscar uma vaga na Libertadores 2015, o Grêmio teve todas as condições de vencer o forte time do São Paulo.

No primeiro tempo, logo no início, Luan ficou cara a cara com Rogério Ceni e tentou colocar. Pegou mal na bola, facilitando a defesa de Ceni. No rebote, Luan concluiu de novo e um zagueiro tirou de cima da risca.

Alguém precisa dizer ao Luan que jogador talentoso não está proibido de chegar na frente do goleiro e soltar uma bomba.

O Grêmio teve ainda mais duas ou três boas situações de gol, numa delas de novo apareceu um zagueiro para tirar de cima da risca, após conclusão de Zé Roberto, mais uma vez de grande atuação. É o melhor lateral-esquerdo do campeonato.

O Cruzeiro teve uma apenas, com Pato, que obrigou Grohe a grande defesa.

Houve ainda um impedimento mal marcado de Barcos, coisa do bandeirinha Boschillia, que, segundo Felipão, teria levado uma,  digamos, urinada do juiz por estar prejudicando a arbitragem. O fato é que o bandeirinha anulou uma investida do Barcos rumo ao gol.

No segundo tempo, o São Paulo equilibrou o jogo.

O mesmo juiz que tinha dificuldades para tomar decisões a favor do Grêmio não vacilou em marcar um pênalti de difícil visibidade para o São Paulo. Ceni marcou e quebrou a invencibilidade de Grohe de mais de 800 minutos.

No final, o Grêmio pressionou, teve volume de jogo, presença no campo de ataque, mas gol que é bom, nada. A impressão que tive é que o Grêmio só conseguir marcar um gol se tivesse um pênalti a seu favor assinalado.

Teve dois lances polêmicos. Num deles, Dudu foi empurrado por trás pelo Hudson, que já tinha amarelo. Foi dentro da área, num lance banal. Se marcasse pênalti, o juiz ainda teria de expulsar Hudson. Bem, aí seria pedir demais, não é mesmo?

Teve ainda o lance em que Zé Roberto sofreu o tranco dentro da área, mas exagerou na encenação.

Enfim, se já é difícil fazer gol ao natural, mais complicado ainda com uma arbitragem atuando contra.

Resta agora terminar o campeonato numa posição digna. Não acredito em G-3.

Como acreditar se a gente olha para o banco de reservas e não vê uma viva alma capaz de mudar o panorama de uma partida?

Alan Ruiz, Giuliano? Quem sabe não é hora de Felipão apostar em outro guri, o atacante Erick, que ficou no banco de reservas.

Ficamos assim nesta véspera de eleição: uma grande torcida e uma casa suntuosa à procura de um grande time.

INTER

Deu a lógica no Mineirão. O Cruzeiro venceu por 2 a 1, e distanciou-se ainda mais do Inter, o vice-líder. São nove pontos agora.

Mais uma vez o Cruzeiro será campeão. Tem um belo time e um grupo de qualidade.

O Inter até que lutou, reagiu no segundo tempo e marcou um golaço através de Alex.

Mas o Cruzeiro foi superior a maior parte do tempo, e até poderia ter ampliado.

E assim vai o futebol gaúcho na gestão do sr Noveletto. Os grandes não chegam e o Interior afunda.

Arena pode reviver os bons tempos do Olímpico

Arena lotada em clima de Olímpico dos velhos tempos de vitória. É o que se espera para o jogo contra o São Paulo de Kaká, agora de volta à seleção.

Em decisão sábia, a diretoria liberou os instrumentos musicais da Geral, o que dá um tempero a mais ao grande jogo.

Teremos, sem dúvida, uma Arena vibrante, com a torcida apoiando e incentivando. Enfim, ajudando o time a vencer esse adversário na briga por vaga direta à Libertadores 2015.

Jogo de seis pontos, ou até mais se considerarmos que a vitória gremista será boa também para o Inter, que pega o Cruzeiro em MG.

Notícia boa é que Souza, outro que terá chance na seleção, está fora. Foi punido com suspensão de um jogo. O SP tenta efeito suspensivo. Souza seria um desfalque importante, porque vive excelente momento no SP.

Até já ouvi alguns gremistas criticando a troca por Rodolpho. Quero dizer que eu continuo favorável a esse negócio. Até porque o Grêmio está muito bem de volantes.

Felipão faz mistério, mas tudo indica que poderá repetir o time, se não me engano, pela primeira vez desde sua volta. Assim, o Grêmio terá:

Marcelo Grohe; Pará, Rhodolfo, Geromel e Zé Roberto; Walace, Fellipe Bastos, Ramiro, Dudu e Luan; Barcos.

Grohe é uma atração à parte. Ídolo da torcida e principal jogador do time nos últimos, certamente será recebido com muito entusiasmo e carinho.

PRÊMIO PRESS

O Boteco do Ilgo continua figurando entre os cinco mais votados no Prêmio Press, que está completando 15 anos.

Na semana passada, o Boteco chegou a ocupar o primeiro lugar. Agora, caiu para segundo.

Briga feia, porque os candidatos são de alto nível e ao que parece todos mobilizaram seus leitores e parceiros.

Cada CPF pode votar uma vez por dia. Portanto, quem quiser ver no pódio o Boteco com sua visão gremista do futebol precisa votar seguidamente.

Seria interessante ver um blog ou site com essa preocupação gremista figurando entre os destaques e até vencendo. O importante é marcar posição e ter mais visibilidade. Sugeri que o RW entrasse na disputa com a sua corneta, mas ele decidiu apoiar o Boteco.

Bem, aí é covardia. Com a cornetadorw.blogspot.com e seus corneteiros entrando na briga não tem pra ninguém.

Teremos um blog gremista no pódio do Prêmio Press, com certeza.

Botequeiros e corneteiros unidos jamais serão vencidos (esta é novinha, rsrsrs).

Para votar:

www.revistapress.com.br

tópico 10 – ‘Jornalista de web do ano’:     Ilgo Wink – www.botecodoilgo.com.br

Aconteceu o pior: Grohe desfalca o Grêmio

O que eu previa, e temia, aconteceu. Grohe convocado para a Seleção Brasileira, provavelmente para atuar como lustrador de banco contra a Argentina, dia 11, e contra o Japão, dia 14 na Ásia.

Há oito jogos sem sofrer gol no Brasileirão, o goleiro gremista – gremista sim, porque é do Grêmio e torce pelo Grêmio -, Grohe entra na vaga de Jefferson, do Botafogo, lesionado.

É uma péssima notícia para o Grêmio e sua escalada no campeonato. Mas muito bom para Marcelo Grohe.

Ah, mas o clube ganha com a projeção de Grohe, o que poderá render um bom dinheiro mais adiante.

Bem, a esses eu respondo: não sou tesoureiro do Grêmio e meu objetivo é conquistar títulos, acabar com essa inhaca que já dura 13 anos. Sem Grohe, isso se torna mais difícil. Outra coisa, goleiro dificilmente rende grana que compense realmente sua saída.

O pior é que leio no twitter muita gente festejando a convocação.

“Ão, ão, ão, Grohe é seleção”.

No meu post anterior, escrevi que temia por essa convocação. Uma convocação estimulada reiteradamente já faz tempo por setores colorados da imprensa, apoiados por gremistas ingênuos.

Sempre que algum jogador do Grêmio é convocado para amistosos caça-níqueis da CBF fico irritado.

Não esqueço – e o Cacalo não me deixa esquecer porque também ele ficou traumatizado – aquela convocação de Paulo Nunes para passear na Europa enquanto o Grêmio decidia contra o Cruzeiro, que na época mandava na CBF. Paulo Nunes sequer jogou lá. O Grêmio foi eliminado.

Então, só me resta cumprimentar todos que estão felizes com a convocação de Grohe, a maioria deles colorados, com certeza.

Parabéns, vocês conseguiram.

Ah, a convocação é mera precaução, porque Jefferson viaja e talvez até jogue. Já o Grêmio perde seu melhor jogador a partir do dia 5 e só volta dia 15.

Sem contar que alguns convocados voltam depois. digamos, diferentes.

Podem soltar seus foguetes sem constrangimento.