O que aconteceu na quarta rodada do Gauchão mostrou que nem Grêmio nem Inter estão preparados para os seus desafios neste início de ano.
O Grêmio que busca um título regional para quebrar a hegemonia do rival, e o Inter que gasta o que tem e o que não tem para conquistar a Libertadores.
O Grêmio fez isso faz dois anos e hoje está aí empenhado a quitar dívidas que se avolumaram com o efeito Arena e contratações desastrosas, a começar por um contrato de dois anos com um técnico que a direção teve de engolir.
Os erros do passados seguem pautando o presente e o futuro do Grêmio. O pior é que ‘eles’ não aprendem.
Vejam o caso do Inter, que repete o Grêmio, gasta demais na esperança de um título. Os dirigentes esquecem que futebol é um jogo, não uma jogatina. Há que se ter parcimônia nos gastos, planejamento, administração eficiente para reduzir esse lado aleatório do processo que são os incidentes de campo, como a bola que bate na trave e não entra, o pênalti desperdiçado, o gol em impedimento e que o juiz validou para o adversário.
O Grêmio está tentando arrumar a casa, mas faz isso só porque não tem dinheiro, pelo contrário, tem dívidas, e dívidas de curto prazo. Se estivesse comendo frango e arrotando peru como faz o Inter, estaria inflando sua dívida na ânsia de um título.
A proposta do Grêmio é a mais adequada para o momento de cofres raspados e credores batendo à porta.
A solução é apostar na gurizada sob a orientação de um treinador de peso, quase incontestável. Outro técnico, de menor expressão, já estaria sendo massacrado. Felipão tem salvo-conduto, mas não para sempre.
O próprio projeto da direção pode sofrer mudanças se os resultados não aparecerem logo. Duas derrotas no Gauchão em quatro jogos é uma campanha medíocre, assustadora. Mesmo considerando que o Brasil tem uma equipe competitiva e entrosada.
Agora, continuo acreditando que o trabalho a ser feito é esse mesmo, que é preciso investir nos jovens. Mas também é preciso cuidado e ir qualificando o time assim que possível. Desde que esse possível seja logo.
O futebol não tem paciência. Ao contrário, tem pressa.
GROHE
Tenho lido críticas a Marcelo Grohe. Um baita goleiro. Cansou de carregar o time nas costas.
Não sei por que, mas me lembrei do Victor.
Assim como tem pressa, o futebol também sabe ser injusto.
Mas é assim mesmo, estamos sempre buscando culpado ou culpados.
ATENÇÃO
Vou me afastar por uns dias. Por isso, talvez não escreva nada sobre os jogos do fim de semana.
Quem quiser mandar um texto, por favor, fique à vontade: ilgowink@gmail.com