Cristian Rodriguez: luz no fim do túnel?

Cristian Rodriguez mal desembarcou é já é considerado o centro do time. É em torno dele que todos os gremistas armam e projetam uma equipe vitoriosa. É Cristian e mais dez. E ai de quem ouse pensar o contrário.

Realmente, é a maior contratação do clube nesse período de vacas magérrimas. Então, é natural toda essa euforia, que na verdade tem como origem a esperança. Cristian simboliza a esperança de dias melhores, de generosas vacas leiteiras e de abate.

Até eu, que não me lembro de como joga esse uruguaio, estou confiante que a partir dele Felipão poderá erguer uma equipe capaz de disputar títulos, ou, que ao menos, afaste de vez o fantasma do rebaixamento que anda atormentando os gremistas mais assustados e pessimistas.

Cristian chega com credenciais nada desprezíveis: jogador de seleção e de muitos títulos conquistados. Uns 30, pelo que li por aí. Quer dizer, um vencedor. Não há no grupo gremista nenhum jogador que se possa dizer ‘esse é um vitorioso’. Não há. No sentido amplo da palavra não há mesmo.

O vitorioso que existe na Arena hoje é apenas um: Felipão. Está bem, vá lá, o Murtosa.

Portanto, Cristian já é, mesmo sem jogar, praticamente o novo ídolo gremista. Resta torcer para que ele corresponda a toda essa imensa expectativa criada de forma espontânea, talvez reflexo da angústia criada pelo mau desempenho do time neste começo de temporada.

Cristian parece ser a luz no fim do túnel. Espero que ele esteja preparado para essa responsabilidade.

EQUIPE

Já que está todo mundo projetando um provável time titular do Grêmio, lanço minha sugestão para o treinador:

Grohe; Ramiro (na falta de outro melhor), Rodolpho, Geromel e Hermes (ou Júnior, depende da situação);

Marcelo Oliveira, Maicon, Giuliano (Douglas) e Cristian Rodriguez; Braian Rodriguez (se ele confirmar) e Luan (Lincoln).

Podem me apedrejar.

Grêmio mostra evolução como equipe

Depois de 30 minutos de futebol sofrível e irritante, o Grêmio mostrou alguns progressos coletivos e também algumas qualidades individuais.

Até o gol olímpico de Douglas, que abusava de errar passes, e passes fáceis, o time colocado em campo por Felipão era de uma aridez de assustar camelo.

Sobrava transpiração, faltava inspiração. O time dominava o jogo, o Caxias se defendia.

O gol, que fez Felipão soltar um ‘só assim mesmo’, ou algo parecido, deu mais tranquilidade ao Grêmio.

É visível que cada jogador entra tenso, preocupado em agradar, em não errar. Vale principalmente para os novatos, mas até os mais veteranos sentem. Douglas, por exemplo, por trás de uma aparente indiferença para o que possam dizer dele, saiu para o intervalo com o rosto fechado. Deu entrevistas de maneira tensa, sem esboçar um sorriso, o que seria de se esperar de um jogador que havia feito o gol.

Então, quem desprezar esses aspectos psicológicos na análise do time está cometendo um equívoco.

Vejamos o caso de Mamute, para mim emblemático. Jogador de brilho em categorias de base da seleção, nunca havia conseguido agradar no time de cima do Grêmio. Neste sábado, sem fazer uma partida excepcional, ele mostrou virtudes que o credenciam a disputar vaga de titular.

Eu vi dois Mamutes em campo. O de antes de gol, e o Mamute pós gol. Depois do gol, no minuto seguinte, Mamute estava relaxado, livre, solto, tocando a bola no lado de campo com serenidade e até alegria. Parecia aliviado com o gol. Desconfio que essa postura mais leve possa ter irritado o lateral do Caxias, que entrou de forma criminosa nas costas de Mamute, e foi expulso.

E o gol? O que foi aquele gol, o terceiro? Uma metida de bola especial, milimétrica de Douglas -sim, de Douglas, grande destaque individual do time nesse jogo- para a arrancada de Mamute, que chegou à frente do zagueiro, suportou o encontrão por trás, invadiu a área e teve frieza e qualidade técnica para encontrar o canto direito do goleiro.

Arranque, velocidade, força, técnica e a frieza do matador. Esse é o Mamute do terceiro gol do Grêmio.

Antes aconteceu o gol de Marcelo Oliveira. Sobre esse jogador que chegou aqui descreditado, tenho a dizer que se trata de um grande reforço. Respeito opiniões contrárias, mas eu gosto desse jogador, mas como volante.

O segundo gol saiu de uma arrancada dele, coisa que ele costuma fazer, o passe para Everaldo, que entrou na área, chutou, o goleiro defendeu e Marcelo, que acompanhou a jogada até o final, concluiu para a rede. Incluo Marcelo Oliveira como mais um titular, ao lado de Marcelo Grohe – que cometeu dois erros incríveis, talvez efeito da convocação – Rodolpho e Geromel ou Erazo. O resto está em aberto.

Na lateral esquerda, Felipão desafiou os astros ao deixar Júnior na reserva, escalando Marcelo Hermes. Pois esse Hermes está mostrando qualidades. Felipão faz bem em observar e dar chances a esses jovens. Ele já viu que pode contar com Júnior. Agora ele sabe que Hermes tem nível semelhante, com a vantagem de jogar mais rente à linha lateral, abrindo o jogo.

Felipãoquer seu time jogando pelos flancos contra essas retrancas que recheiam o miolo de marcadores, como fez o Caxias. Um lateral que entra em diagonal não é o mais adequado.

Coletivamente, destaco algumas evoluções, como as triangulações, o um-dois, as aproximações.

Vejo o Grêmio melhorando, evoluindo como equipe.

Vejo méritos de Felipão, o mesmo Felipão que critiquei desde antes da Copa do Mundo, prevendo o fracasso da seleção brasileira.

Placar reconhece o trabalho de Bolzan

Personagem do mês

Romildo Bolzan Jr., o presidente mais macho do Brasil

O gremista Romildo Bolzan Jr. resolveu agir: desidratou pra valer o elenco do time e arriscou tudo em 2015 para sanear as finanças do clube

Por: Sérgio Xavier Filho, da PLACAR06/03/2015 às 10:00 – Atualizado em 06/03/2015 às 10:10

Romildo com scolari o tecnico cascudo que aguenta pressoes como a saida de barcosRomildo com Scolari, o técnico cascudo que aguenta pressões como a saída de Barcos |Crédito: Site oficial do Grêmio

Talvez não vejamos até o fim do ano cena tão inusitada. Faltavam 4 minutos para terminar o jogo do Grêmio contra o Veranópolis na Arena tricolor. Era a segunda derrota consecutiva em seu estádio para equipes modestas do interior gaúcho. Felipão simplesmente abandonou o banco de reservas e foi para o vestiário. Mais tarde, explicou o ato: “Eu me expulsei. Mais vergonha do que isso é impossível passar. A equipe não apresenta  nada daquilo que fazemos no treinamento. Não adianta enganar a torcida. Não tinha mais o que fazer, vim embora para o vestiário. Acabou o assunto. Os adversários vêm aqui e tomam conta. Do que adiantava fcar ali gritando? Melhor que termine o jogo”.

O desabafo tinha algo de teatral, claro. Felipão não dá ponto sem nó. Não podia ter sido mais duro com seu grupo de jogadores. Mas poupou a diretoria do clube. Não reclamou aí dos jogadores que perdeu nem dos reforços que não vieram. Do time titular do ano passado, saíram Pará, Zé Roberto, Riveros, Dudu e Barcos. Foram embora ainda Bressan, Werley, Alan Ruiz e até Marcelo Moreno, que seria o substituto de Barcos. A maior contratação gremista na temporada foi…Bem, é difícil dizer quem seria o maior destaque entre Marcelo Oliveira, Rafael Galhardo, Erazo ou Douglas.

Felipão, no fundo, sabe que sua missão é ingrata e está tentando tirar o máximo do grupo de que dispõe. O técnico é personagem de uma situação raríssima no futebol brasileiro. Uma diretoria assumiu um novo mandato com uma prioridade ainda mais rara. Antes das vitórias, antes das taças, os novos dirigentes querem arrumar as contas. E de verdade, sem demagogia, não apenas da boca para fora. Os números são realmente horrendos. São 276 milhões de reais de dívidas, um orçamento declinante de 223 milhões, pendências com a construtora do estádio, a má notícia de 15 milhões que sumiram pela não classifcação para a Libertadores e uma folha de pagamento nas alturas. Barcos e Marcelo Moreno representavam mais de 1 milhão mensal em salários e encargos. Kleber Gladiador, rescaldo de delírios passados, custa 740.000 reais mensais para não jogar.

Barcos deixou o clube no começo do anoBarcos deixou o clube no começo do ano | Crédito: Site oficial do Grêmio

O homem que resolveu botar o dedo na ferida para estancar a sangria é, paradoxalmente, um político. Romildo Bolzan Jr. foi três vezes prefeito de uma cidade onde todo mundo passa e ninguém para. Osório é o caminho para a praia, o gaúcho não costuma dar muita atenção ao município. Na política do clube, Bolzan também nunca foi um nome de destaque. Foi eleito como o poste de Fábio Koff. Mas logo que assumiu resolveu fazer a diferença. Não do jeito convencional, anunciando contratações bombásticas, se endividando mais, indo para o tudo ou nada. Romildo optou pelo caminho mais difícil, o da administração austera que só colhe antipatias na imprensa e na torcida. Encolher não dá ibope. E a bola costuma punir, sobretudo na fase inicial de adaptação do time.

Mas Bolzan não poderia ter escolhido um momento mais indicado para medidas antipáticas. O primeiro semestre gremista está morto. Sem Libertadores, o clube disputa apenas o Gauchão e as primeiras fáceis partidas da Copa do Brasil. É evidente que o gremista quer títulos, mas também não é o título estadual que colocará o torcedor no nirvana. E com um time modesto e jovem é até possível levantar a taça, porque o rival Internacional se ocupa com Libertadores.

Se havia uma hora para montar e testar um time de garotos era agora. Se havia um treinador certo para conduzir esse processo, seu nome é Luiz Felipe Scolari. Cascudo, ele aguenta qualquer pressão, é o único avalista possível num processo como esse. Claro que há um risco, o Grêmio não pode dar vexame no Brasileirão que começa em 9 de maio. O ideal para um ano de arrumação de contas seria conseguir uma vaga para a Libertadores 2016. Ou ficando entre os quatro do Brasileiro, ou pela via da Copa do Brasil. Se isso acontecer, Bolzan deixará uma marca. O homem que abdicou da vaidade de ser o campeão da hora para arrumar o futuro do clube que ama.

Fonte: Revista PLACAR

O Gremistão Constrangido e o viagra uruguaio

Depois que o colunista Zini, de ZH, decretou que a família Rodriguez não dá certo no Grêmio e que Braian Rodriguez não joga nada. Ele não é e nunca foi goleador, escreveu. Realmente, a trajetória do uruguaio não é lá essas coisas, mas há vários exemplos de jogadores que chegam aqui sem maiores referências e acabam dando resposta muito positiva.

Há casos de outros, afamados e festejados, que acabam fracassando. É o caso de Forlan, saudado efusivamente pelo Zini, e por quase todos nós, diga-se.

Mas, falando em uruguaios, uma historinha de outro produto de exportação do Uruguai para aliviar o clima de tensão que paira sobre todo o país e que tende a aumentar na medida em que se aproxima o jogo contra o Emelec e, principalmente, o 15 de março.

Um velho amigo, que vou chamar aqui de Gremistão Constrangido, é muito tímido para certas coisas. Por exemplo, comprar camisinha na farmácia.

Procura sempre comprar um ou outro produto, mesmo sem necessidade, para misturar com o preservativo, acreditando que assim chama menos atenção.

Ah, e só vai ao balcão quando os outros clientes já foram atendidos.

Pior é quando ele viaja para o Uruguai.Sempre tem os amigos que pedem remédios para disfunção eréctil “para os amigos”

Os amigos dos amigos, claro,’não precisam’, mas sempre que o Gremistão Constrangido viaja para sua terra, Livramento, fazem pedidos de toneladas de genéricos do Viagra e do Cialis, que no Uruguai custam muito barato.

Todos dizem a mesma coisa, com ar sério, como se tivessem combinado: “É para uns amigos lá do trabalho”.

‘É para o meu irmão que está stressado”.

“Um tio do meu cunhado tá precisando”

Sacana, com um sorriso matreiro, ele pergunta para provocar: “E os ‘amigos’ não querem também um vinhozinho chileno?” A resposta é sempre não.

O Gremistão Constrangido se diverte. Semana passada foi lá ele de novo.

Chegou na farmácia de sempre em Rivera na esperança de que estivesse vazia. Não queria passar por contrabandista ou tarado sexual.

A farmácia estava cheia. Mulheres, idosos, crianças, todos uruguaios. Havia apenas um homem atendendo. Ele sempre buscava um atendente masculino.

Dava um jeito daqui outro dali, mas não escapou.

– Ola, o senhor que vai querer? – perguntou-lhe uma sorridente uruguaia.

– Ah, sim, umas encomendas para uns amigos .

E acrescentou quase sussurrando:

– Similares do viagra e do cialis.

– Plenovit e Talis – disse a jovem atendente em tom normal, mas que para o meu amigo parecia ter saído de um serviço de alto-falante de quermesse.

O Gremistão Constrangido sentiu todos os olhares voltados para ele. Manteve a cabeça baixa, ajeitou o boné que ele só usa nessas ocasiões, e murmurou:

– É isso mesmo, 15 caixas do Plenovit e 10 caixas do Talis. Ah, pode ser mais cinco do viagra mastigável. Sabe como é, tenho muitos amigos…

A uruguaia simpática arregalou os olhos e correu para buscar os medicamentos.

Na volta dela, conferiu os preços, muito mais baixos que no Brasil.

– Por que o Talis é tão mais caro que o Plenovit? -, perguntou baixinho.

Foi um erro. A atendente  pegou uma embalagem de cada, ergueu-as e gritou para o colega, que estava na outra ponta do balcão:

– Brunooo, o brasileiro quer saber por que o Talis é mais caro.

O Gremistão Constrangido quis por momentos ser invisível. Sentia-se num palco com holofotes sobre ele.

O uruguaio respondeu, abrindo um sorriso safado:

– Com o Plenovit o homem vai para um caçada dar um tiro… Com o Talis ele vai para um pescaria buscar vários peixes…

Empate justo no Gre-Nal da integração

Qualquer análise do Gre-Nal passa pelo seguinte fato: o time reserva, ou misto frio, do Inter empatou com os titulares do Grêmio. Só esse dado já mostra a diferença que existe hoje entre as duas equipes. Uma diferença que há muito tempo eu não via.

Nem quero imaginar como seria o clássico se o Inter viesse com força máxima.

É claro que o Inter teve quase todo o estádio a seu favor, e isso fortaleceu um pouco mais o time que Aguirre colocou em campo. Há que se destacar, ainda, que alguns reservas momentâneos do time colorado seriam titulares do Grêmio. Cito Anderson e Alex, que dariam muita qualidade ofensiva ao Grêmio, qualidade que anda faltando faz tempo.

Ou o Grêmio se qualifica com mais um meia de articulação para o lugar de Dougas e de um centroavante que imponha respeito e faça gols, ou…

Isso posto, vamos a uma análise do time que Felipão mandou a campo.

Primeiro, estranhei a escalação de Matias Rodriguez, surpreendente. Pois o argentino jogou muito bem, em especial em comparação com ele mesmo. Marcou, foi determinado e raçudo. E olha que o Inter explorou bastante o seu lado. Nasce um lateral-direito titular?

A defesa como um todo foi bem, mas pra mim o melhor foi Erazo. Ganhou quase todas as bolas pelo alto e venceu o duelo com Nilmar. No final, inclusive, Erazo afastou de cabeça uma bola que tinha direção de nilmar, junto a trave esquerda.

Marcelo Oliveira teve altos e baixos, os baixos em suas investidas ao ataque. Irritante. Júnior com certeza faria melhor.

No meio de campo, Wallace conquistou de vez a posição, e chega de invenção ali. Araújo fez um vai e vem discreto. Tanto que saiu para dar lugar a Giuliano. Giuliano entrou bem, teve uns 15 minutos de boa contribuição. Depois, caiu.

Felipe Bastos também alternou bons e maus momentos. Mais acertou do que errou. E, claro, continua devendo como bom arrematador, fama que o precedeu e que até agora não justificou.

Douglas é aquele que cara que chama o jogo, retém a bola e tenta fazer a melhor jogada com bolas enfiadas. Como se sabe, quem arrisca o passe final tem mais chance de errar do que aquele burocrata do toque para o lado ou para trás. Não tenho dúvida de que o Grêmio precisa alguém superior para a posição. Mas para ser justo não posso ignorar que saíram dos pés de Douglas alguns dos melhores lances ofensivos. Mesmo assim, é preciso alguém mais dinâmico para a função, alguém que invada a área a drible também. Por enquanto não vejo ninguém melhor no grupo gremista. Assim, vamos convivendo com Douglas da melhor maneira possível.

Na frente, Mamute foi uma grata surpresa. Ao menos para mim e muitos que conheço e que, como eu, já haviam decretado a extinção do Mamute – não pude evitar essa. Mamute foi perigoso, teve personalidade, driblou e chutou. Por enquanto, é titular do ataque. Francisco Coelho, patrono do boteco, é ficha um nessa aposta.

Outro jovem, o Lincoln, confirmou que precisa e merece ficar no time. Atrevido e com boa visão de jogo, enfrentou a marcação com destemor e técnica. Nunca se intimidou. Pelo contrário, parece que gosta de encarar os grandalhões, como fez com Paulão.

Felipão está acertando o time com o material humano que lhe foi disponibilizado – por favor, não pensem que ele preferiu Douglas ao Conca. O fator financeiro pesou em todas as indicações do técnico. Fora isso, ele é obrigado a fazer experiências até encontrar o melhor time. Portanto, é injustiça dizer que ele inventa.

No final, entrou Everaldo no lugar de Mamute, cansado. O time sentiu a mudança em termos ofensivos. O ataque morreu.

O Inter cresceu no final e por pouco não marcou.

No final das contas, o 0 a 0 desagradou gremistas e colorados. A vitória para qualquer um dos lados foi uma questão de detalhe.

Arbitragem

Sem outro juiz em campo, o D’Alessandro, o Gre-Nal transcorreu tranquilo. O erro maior foi do bandeira Marcelo Barison, que anulou um ataque em que Mamute entrou na área para marcar, depois de dar um corte no zagueiro. Barison viu impedimento. Jean Pierre foi relativamente bem.

Integração

Um sucesso a iniciativa de misturar gremistas e colorados. Antes do jogo, porém, o mundo real: pancadaria entre os bagunceiros de sempre.