O poder das arbitragens no futebol atual

Time que é bom mesmo, bom de verdade, passa por cima da arbitragem. É o que sempre ouvi dizer, principalmente de quem costuma ganhar com a ajuda do apito. Ajuda alicerçada em erros humanos, claro, nunca algo intencional.

A arbitragem no futebol é o último reduto da moralidade no país. O caso Edilson Pereira de Carvalho foi um acidente de percurso, um caso isolado.

Não sei se a arbitragem do sr Leandro Vuaden será tão ruim como foi a do primeiro Gre-Nal. Se D’Alessandro continuará ‘contribuindo’ com a arbitragem sem ser importunado, por exemplo. Não sei. As novas determinações da CBF são claras, não admitem árbitros frouxos. (leiam no cornetadorw mais detalhes sobre o assunto)

Não tem essa de árbitro abraçar jogador para que ele não brigue e o árbitro seja obrigado a expulsá-lo de campo. Vamos ver se essa determinação vale também aqui nessa região estranha Abaixo do Mampituba.

O que sei é que o Grêmio não tem o tal time forte o suficiente para passar por cima de erros cometidos pela arbitragem.

O futebol está tão nivelado que as arbitragens estão cada vez mais decisivas. Qualquer decisão pode pesar no resultado.

No Gre-Nal, então, nem se fala.

Assim, sendo mantida a tendência verificada nos jogos do Gauchão até o Gre-Nal do 0 a 0 na Arena, não tenho dúvida em considerar o Inter favorito ao título.

Somando-se a isso, o fator local, estádio lotado de colorados, e ainda a boa qualidade do adversário, projeto que não será neste domingo que o Grêmio irá quebrar o jejum de títulos.

FELIPÃO

Sabe quando a gente compra um produto pensando que vai encontrar uma coisa, e encontra outra coisa bem diferente.

É assim que eu vejo o Felipão, uma coisa bem diferente.

Eu esperava o Felipão da década de 90, início dos anos 2 mil. Temia que viesse o Felipão faceiro da Copa do Mundo, que foi incapaz de armar um time mais robusto taticamente para enfrentar a Alemanha depois de ter perdido 50% do time, Neymar.

O Grêmio precisa neste domingo, mais do que nunca, do velho Felipão, aquele que não transigiu diante da imprensa oba-oba e dos Parreiras da vida.

Quero o Felipão humilde do passado, mas firme e determinado, não esse que por vezes se mostra acometido de soberba, que assistiu Valdívia entrar no Gre-Nal sem tomar qualquer providência.

Espero que neste Gre-Nal Felipão arme o time mais fechado, reconhecendo a qualidade técnica do rival e as circunstâncias que envolvem o jogo.

Espero que ele coloque Wallace no time, mantendo os outros dois volantes. Que saia o menos participativo do meio pra frente: Braian.

Simples. A reversão da tendência pode começar por aí.

Lances da 'arbitragem nota 9'

Quem apanha não esquece. Dizem os colorados que os gremistas só choram, que deveriam parar de atribuir às arbitragens os anos sem título.

Mas como não denunciar erros grosseiros como esses cometidos no Gre-Nal de domingo e que tiveram influência decisiva no resultado de 0 a 0.

Começo pelo lance abaixo. Peguei de uma tuitada do grande Alexandre Aguiar. Douglas leva entrada dura do Rodrigo Dourado, pelas costas. Dourado entra chutando tudo – mais ou menos como o Geromel no quinto árbitro – e ainda empurra o meia gremista com o braço direito. Tudo isso a cinco metros do sr Daronco, o árbitro que alguém definiu como ‘perfeita’, ‘nota 9’, segundo a maioria da imprensa e dos analistas de arbitragem.

Ah, 13 segundos depois aconteceu a falta do Geromel em Valdívia, com a expulsão do zagueiro gremista.

https://twitter.com/alexaguiarpoa/status/592543252655566848/video/1

O segundo lance, que também é difícil de achar, mostra o Valdívia pisando a coxa de Matias Rodrigues, sem bola, uma entrada maldosa, desleal, digna de um rotundo cartão vermelho. O sr Daronco deu o amarelo, fazendo sinal com os dedos que seria pela sequencia de faltas do Inter. Até parece uma ma esperteza, porque se ele pune pelo pisão desleal teria de ser o vermelho, não o amarelo. Talvez sem ter muita convicção da pisada intencional ou não, ele optou por essa saída. A imagem abaixo foi conseguida pelo botequeiro Nelson, nosso velho parceiro, também ele um sobrevivente dos anos 70.

A imagem obtida pelo Nelson já foi publicada no blog do RW:

http://www.cornetadorw.blogspot.com.br/2015/04/lance-do-valdivia.html

Depois dessas imagens ainda querem que a gente não reclame, não proteste?

Domingo tem mais. Tem Vuaden no apito.

Preparem suas máquinas para garantir imagens que jamais serão destacadas pela mídia da forma que merecem.

Inter atinge objetivo: decide em sua casa

Começo a escrever sobre o Gre-Nal contaminado pela leniência da crônica esportiva quando se trata de arbitragens que não prejudiquem o Inter.

O pessoal é mesmo mais tolerante e ataca qualquer um do Grêmio que ouse criticar os senhores árbitros. Felipão, sabendo disso, esquivou-se de comentar a atuação do sr Daronco.

Sobrou para o César Pacheco. Está levando pau até agora o Pacheco. Fosse o contrário, alguém do Inter se sentindo prejudicado, talvez encontrasse mais eco em sua choradeira – é assim que rotulam quem se sente prejudicado e vai aos microfones questionar decisões dos senhores árbitros de futebol.

Já uma cachoeira de lágrimas iniciada em 2005 segue até hoje. Ali não foi o tal ‘erro humano’, que expressão que viceja “Abaixo do Mampituba’. Erros como os dois pênaltis marcados contra o pobre Cruzeirinho do meu amigo Montanha, que resultaram em rápida e ampla defesa dos analistas de arbitragem.

Bem, então não vou comentar a arbitragem do sr Daronco, até porque a crônica esportiva gaúcha em peso decretou que o resultado não passou pelos homens de preto.

O que  eu tinha que escrever sobre o assunto deixei bem claro quando sugeri, modestamente, que o Grêmio reivindicasse arbitragem de gente Acima do Mampituba.

Bem, agora é isso. O próximo será o sr Vuaden, sobre o qual tenho escrito bastante, assim como tem feito há tempos o incansável bebedor de Bardhal B-12, o titular do cornetadorw, que ao que me consta está se mudando para o Congo pela vigésima vez.

Larguei de mão a arbitragem. Por isso, nem vou falar no D’Alessandro…

Sobre o jogo: o Grêmio foi superior no primeiro tempo e também no início do segundo. O diabo é que chegou com perigo algumas vezes, mas não fez uma conclusão sequer que exigisse algum esforço do goleiro colorado.

Já o Inter, com um jogador a mais durante uns 30 minutos, no segundo tempo, foi mais eficiente em suas poucas jogadas ofensivas, mas aí esbarrou em Marcelo Grohe, que evitou a derrota em plena Arena, este é que é a verdade.

Foi um jogo de nível técnico razoável.

No Grêmio, gostei da dupla Felipe Bastos/Maicon. Critico o Maicon, e também o Geromel, pelo erro de chegar junto no argentino intocável Abaixo do Mampituba. Marcelo Grohe e Rodolpho foram bem mais. Os dois laterais foram eficientes, inclusive o Matias. Lá na frente é que a coisa complica. Braian não recebeu uma bola decente sequer. Tudo bem, mereceu sair. Nem esperava muito mais dele.

Decepcionantes foram os três jogadores mais talentosos: Luan, Giuliano e Douglas. Giuliano eu não vi em campo. Luan tentou, mas errou muito mais do que acertou. Douglas teve alguns lances, mas pouco acrescentou. Inclusive nas bolas paradas ele foi mal, aproveitamento zero. Felipão até comentou isso.

Douglas mereceu sair, mas antes dele Giuliano. E até Luan. Assim que Douglas saiu, o Inter perdeu o resto de respeito que tinha pela linha ofensiva e foi pra dentro do Grêmio. Queiram ou não, eles respeitam muito Douglas.

Achei que poderia ter entrado o Lincoln. Era jogo para Mamute, mas ele segue se recuperando depois do atentado sofrido na vitória sobre o Juventude e que sequer resultou em amarelo para o agressor.

No Inter, a dupla de área foi bem. Os demais foram medianos. Até Sasha, tão festejado por setores da crônica, não se destacou. Ainda não consegui ver nesse jogador futebol que justifique os 10 milhões de euros que estaria valendo, segundo especulam. Ah, Valdívia sim, esse desequilibra.

Ficou tudo para domingo. Sinceramente, pelas circunstâncias todas que envolvem a decisão, vejo o Inter com a mão na taça.

Estive na Arena e sou testemunha do comportamento exemplar da torcida gremista, apoiando e incentivando.

O Grêmio não soube tirar proveito dessa imensa força.

A vantagem agora é do Inter, que conseguiu o queria: decidir em sua casa.

Felipão dá seu recado à arbitragem

O melhor da entrevista de Felipão no final da tarde desta sexta-feira não mereceu sequer uma nota de rodapé dos sites, emissoras de rádio e de TV. E duvido que tenha destaque nos jornais de sábado.

Para o pessoal da imprensa, o principal foi o técnico gremista escalar o time do Gre-Nal com dois dias de antecedência, abrindo mão do mistério. Por um lado é bom, por outro, pra quem precisa preencher espaços com esporte, é uma droga, porque acaba com especulações e elucubrações.

Neste aspecto, resta apenas o Inter agora, já que Diego Aguirre dificilmente vai abrir mão desse trunfo. No caso de Aguirre, as opções são muitas e mais variadas. Mas eu acho que ele vai com o time titular, talvez com duas ou três mudanças. Afinal, para quem tem o Atlético Mineiro pela frente na Libertadores, melhor é garantir um troféu agora, por via das dúvidas.

Foi um Felipão pleno de bom-humor, o que não é muito comum, ainda mais numa véspera de Gre-Nal decisivo. Acredito que a alegria de Felipão se deva ao estado de saúde do seu amigo Fábio Koff, que melhorou depois de um momento realmente muito crítico, conforme o técnico destacou em meio ao fogo cruzado. Era um Felipão aliviado, descontraído, como poucas vezes se vê.

Felipão até brincou quando alguém perguntou quem ele gostaria de ver fora do time colorado se tivesse esse poder. Ele respondeu: o goleiro. Gostaria de enfrentar o Inter sem goleiro. Brincou também sobre a escalação do Inter, dizendo que de certo mesmo é que o presidente Píffero não vai jogar.

Felipão, acima de tudo, passou confiança, otimismo.

Ele só se alterou quando comentou sobre Yuri Mamute. E agora eu chego ao que considerei mais importante na entrevista.

Felipão disse que Mamute está fora do clássico porque foi vítima de uma verdadeira agressão no jogo contra o Juventude, na Arena.

– O Mamute levou um pontapé e nem falta foi marcada – protestou o treinador. O pontapé a que se refere Felipão afasta Mamute do primeiro Gre-Nal e talvez do segundo.

O árbitro Jean Pierre, ao desprezar a agressão, conforme destaquei na postagem anterior, segue assim o modelo de arbitragem ensinada pelo Leandro Vuaden, que mesmo sendo reprovado em teste da CBF, está confirmado para apitar o jogo decisivo. Vuaden faz escola. Agressão violenta em jogador do Grêmio pode ser ignorada. Foi assim com Mário Fernandes naquele Gre-Nal de 2012. Ali o Grêmio começou a perder o campeonato. Todos sabem disso, mas poucos fazem questão de lembrar e colocam tudo como ‘choro dos gremistas’.

Nesse aspecto, o único choro liberado é o dos colorados, principalmente os da mídia, que a todos instante lembram o Brasileirão de 2005 e aquele lance do Tinga contra o Corinthians. Ali não houve o tal ‘erro humano’.

Ao destacar esse erro clamoroso de Jean Pierre no lance de Mamute, Felipão deu o recado que lhe importa neste momento: atenção com a arbitragem. É o mestre.

O TIME

Felipão confirmou o time que vem jogado. É o mais natural.

Mas ainda acho que o melhor seria reforçar o meio-campo no aspecto de marcação e virilidade no combate, na disputa de bola.

Não duvido que ele reforce o setor. Afinal, como se sabe, Gre-Nal se ganha é no meio-campo.

ARBITRAGEM

No sábado, ouvi o diretor de arbitragem anunciar Vuaden e Daronco. Na segunda-feira, já se falava em sorteio com a presença de Jean ‘Damião’ Pierre.

Fiquei confuso. No final das contas, deu o que o diretor antecipou. Curioso sorteio.

Repito: o melhor seria arbitragem de fora.

Gre-Nal se ganha no meio-campo

Nunca pensei que fosse dizer isso, mas não dá pra segurar: Ramiro está fazendo falta neste momento. Seria meu titular no Gre-Nal.

Só pra provocar: Ramiro e mais dez.

Não adianta, por mais que eu goste de ver o time atacando, agredindo, encurralando o adversário até o nocaute, gosto ainda mais de ver a minha defesa se impondo, não permitindo situações de gol ao inimigo. Está bem, inimigo não, adversário. Nesses tempos de politicamente correto a hipocrisia campeia e se alastra como fofoca nas redes sociais.

Só de pensar no Grêmio jogando com dois volantes como Maicon e Felipe Bastos penso nos anos 70 e uma frase fica martelando: Gre-Nal se ganha no meio de campo.

Não consigo ver esse quarteto formado pelos dois volantes citados e dois meias como Douglas e Giuliano dominando o setor crucial de um jogo. Contra adversários menores eles deram conta do recado. O teste mais forte será o Gre-Nal de domingo na Arena.

O Inter tem bons marcadores e meias inquietos e habilidosos. Valdívia é capaz de decidir um jogo se não tiver marcação forte, de cima. Sem falar no D’Alessandro, que além de jogar bem atua também como árbitro, ao menos no Gauchão. Lá pra cima ele se comporta. Aqui, parece ter carta branca para fazer o que quiser.

É por essas e outras que defendo um meio de campo mais pesado, mais pegador. Por isso, Ramiro faz falta. Não para enfrentar um Juventude ou um Caxias, mas para esses jogos encardidos, duros, contra um inimigo, digo, um adversário tecnicamente de alto nível. Se não tem Ramiro, há Wallace.

Eu, cagão assumido, começaria o Gre-Nal com Wallace, mas com ordem expressa de jogar apenas no campo de defesa. Nunca ultrapassar a linha do meio de campo.

Felipe Bastos e Maicon seriam os volantes com mais liberdade para avançar, e ambos tem qualidade para isso.

Mas quem sairia? Essa é a questão.

Tenho duas ideias:

primeira, Braian sobra. Luan faria a função mais avançada, jogando mais centralizado, mas abrindo para os lados para permitir o ingresso de Douglas e Giuliano, que também revezariam nessa função de ‘centroavante’.

a segunda hipótese seria começar sem Douglas, de preferência, ou Luan, mantendo Braian. Douglas está indo bem, sem dúvida, mas vejam o nível dos adversários no Gauchão. O problema é que hoje ele é o centro de gravidade do time. Tem muita experiência, e todos nós sabemos que experiência é importante numa decisão. Mas ainda arriscaria começar com Luan, deixando Douglas no banco.

Se Felipão é o Felipão da Copa, com seu esquema faceiro – para o meu gosto – ele vai começar com o time que vem ganhando.

Se ele ainda guarda um pouco do velho Felipão vencedor, vai com um meio reforçado, armado para não levar gol, e a partir daí, com solidez defensiva e objetividade no ataque, construir a vitória.

Que Felipão não esqueça: Gre-Nal se ganha no meio-campo.

Decisão com árbitro de fora. Por que não?

Depois de arrancar um empate em Rio Grande com uma mãozinha do sr árbitro humano, o Inter passeou no Beira-Rio. Venceu por 3 a 1, mas poderia ter feito uns dois ou três gols a mais. Foi um vareio, como a gente dizia nos tempos de pelada em Lajeado.

Deu a lógica. Até porque o Inter é muito superior ao Brasil e o Grêmio ao Juventude. Não preciso mudar uma linha do que escrevi mais abaixo, no sábado, após a vitória gremista.

Valdívia, de futebol moleque e atrevido, está mais participativo, menos fominha em outras palavras. Foi o grande destaque do jogo.

Considerando todos os fatores que envolvem a decisão, incluindo aí o fato de que a arbitragem será mesmo da federação noveletense de futebol, aponto o Inter como favorito ao título.

Além de ter um grupo financeira e tecnicamente superior ao do Grêmio, o Inter tem sido favorecido pelas arbitragens do pessoal Abaixo do Mampituba. São erros humanos, claro.

Erros que se sucedem para os dois lados, mas na grande maioria das vezes a favor do Inter. Talvez até em função de o presidente da federação ser conselheiro colorado. Os árbitros na dúvida pendem para o clube do patrão. Seria algo inconsciente, não planejado, não premeditado, porque estamos falando de pessoas honestas até prova em contrário. Sem que alguém queira, há um tipo de condicionamento.

No final das contas acho que é pura coincidência. O ruim é que essas coincidências acontecem já faz tempo.

Em 2012, depois de perder dois de seus jogadores mais importantes na época, Kleber e M. Fernandes, vitimados por entradas muito duras sem punição compatível ao delito, o presidente tricolor, o sr. Paulo Odone, declarou guerra à federação.

Não adiantou nada, assim como não adianta o protesto feito pelo atual presidente, Romildo Bolzan. Mas, ao menos, fica o registro.

Penso que o Grêmio deveria entrar com um pedido formal de arbitragem de fora. Pior do que está com certeza não vai ficar.

MAMUTE E MÁRIO FERNANDES (texto escrito sábado à noite)

Não pude deixar de lembrar da violência cometida contra Mário Fernandes num Gre-Nal de 2012, arbitragem de Leandro Vuaden – já escalado, com Daronco, para um dos jogos da fase final do Gauchão – quando vi Mamute estirado no campo, se contorcendo de dor, vítima de uma entrada dura, que atingiu a bola, é verdade, mas varreu tudo o que havia pela frente, principalmente o tornozel0 direito do atacante gremista. O jovem atacante ainda tentou jogar, mas durante uma arrancada para tentar o gol o problema se manifestou com mais intensidade.

Recuando no tempo: o lateral do Grêmio vivia seu melhor momento depois de um período de instabilidade. Sofreu uma voadora frontal, caiu, e só voltou a jogar meses depois. O sr. Vuaden sequer deu cartão amarelo para o agressor, um desses zagueiros que saiu do nada para lugar algum. Não há gremista que não lembre dessa violência e, especialmente, da decisão absurda sr. Vuaden, que começou ali a construir a fama de ‘juiz colorado’  entre os gremistas.

Poucos jogos depois desse que vitimou M. Fernandes, foi a vez de Kleber ser violentamente atingido. Kleber que estava muito bem, ficou afastado longo tempo. A direção do Grêmio na época declarou guerra à FGF, fato semelhante ao que acontece agora. Quer dizer, os fatos se sucedem no regional e sempre prejudicando o Grêmio.

Bem, voltando aos tempos atuais. Mamute, que foi ovacionado quando começou a aquecer para substituir Braian Rodrigues, estava vivendo seu melhor momento, depois de um período de muitas incertezas. Mamute se encaminhava para ser titular, já que Braian segue sem marcar, apesar de algumas participações importantes. Mamute conquistou a torcida. Agora, ficará fora no mínimo por alguns jogos. Está fora do Gre-Nal – sim, nada vai tirar o Inter da decisão.

O árbitro Jean ‘Damião’ Pierre, que sequer advertiu o jogador do Juventude, pode ficar marcado como seu colega. Tudo vai depender do tempo que Mamute ficará sem jogar. A entrada do zagueiro do Ju pode não ser sido maldosa, mas foi com força excessiva.

O certo é que Mamute fará falta como uma alternativa interessante, caso se confirme a gravidade da lesão. Estando à disposição, poderia ser até escalado para começar o jogo, como querem alguns.

De minha parte, continuo apostando no atacante uruguaio.

É fato que nos últimos jogos Braian perdeu uma chance de gol por partida. Neste sábado, entrou livre após lançamento de Giuliano – o melhor em campo e autor da belíssima jogada no gol de Luan, o segundo melhor do jogo – e tentou desviar do goleiro, que saiu muito bem, mas um atacante mais habilidoso o teria encoberto. Luan, por exemplo. Não sei se Mamute teria feito gol nesse lance. Mamute provou que é bom, que é útil, mas não parece vocacionado a ser goleador.

Sobre o jogo, o primeiro tempo foi quase impecável. O Grêmio dominou amplamente, criou algumas chances e anulou o ataque do Ju, que teve muita felicidade em marcar um gol, um belo cabeceio do atacante Douglas, quase no final do primeiro tempo.

No segundo, o Grêmio continuou controlando o jogo, mas com dificuldade de criar chances de gol. Méritos do Ju, que soube marcar. Mas o Grêmio insiste em tocar muito a bola pelo meio, onde o adversário congestiona e aperta a marcação.

A entrada de Mamute era para abrir a defesa e dar outra opção de jogada ao time. São raras as jogadas pelos flancos. Marcelo Oliveira tem ido pouco ao fundo. Matias vai mais pela direita, mas seus cruzamentos tem sido tão eficazes quanto eram os de Pará. Está faltando um cruzamento pelo alto, uma bola pesada, para aproveitar melhor o forte de Braian.

O Grêmio exagera no toque curto, mas ao menos fica com maior posse de bola. Resta traduzir esse volume de jogo em gols.

Esse o desafio de Felipão para ganhar o Gre-Nal.

A arte de perder gols

Ainda no primeiro tempo, depois de alguns gols perdidos e outras jogadas equivocadas no acabamento, tuitei que desconhecia a existência de outro time grande com tamanha vocação para perder gols. E não é de hoje.

Quando não é o goleiro que defende, são bolas chutadas para fora ou excesso de preciosismo, a tentativa de fazer o tal ‘gol de craque’, sempre muito importante na hora de elaborar um DVD para o marketing pessoal.

Nesse jogo contra a Campinense o Grêmio se superou. Foram mais de 20 situações de gol, algumas muito claras, tipo “até a minha vó faria’.

A máxima ‘quem não faz, leva’ só não ocorreu porque o adversário realmente tem pouca qualidade e também porque, faça-se justiça, a defesa tricolor tem sido muito eficiente. Contra um adversário mais forte certamente as consequências de tantos gols perdidos seriam outras.

Exagerando, pode-se dizer que apenas Marcelo Grohe não perdeu gol. Todos os outros contribuíram para esse indicativo preocupante.

O gol da vitória – não o da classificação, porque até o empate servia – foi de Douglas. Jogada tramada por Mamute pela esquerda – novamente ele entrou bem no lugar de Braian – com o lateral Marcelo. A bola cruzada caiu nos pés de Douglas, que não perdoou, afastando a urucubaca.

Depois, quando a Campinense se jogava ao ataque com muita disposição, abrindo espaços generosos para ser goleada, Douglas deu lugar a Lincoln. O presente saindo, o futuro ingressando no gramado: Douglas e  Lincoln.

Lincoln ainda tem muito toddynho pra tomar antes de assumir o lugar de Douglas, mas se trata de um projeto de craque e merece ser tratado como tal. Felipão sabe o que está fazendo, sem pressa, com cuidado e zelo.

Então, como um raio fulgurante em meio à escuridão dos gols irritantemente perdidos, eis que a bola sobra para o pé esquerdo de Lincoln.

O guri não pensou duas vezes, meteu o pé e fez 2 a 0.

Era o futuro – nada distante – do Grêmio se manifestando.

Douglas e Lincoln: os autores dos gols. Será coincidência?

Cebolla ardendo nos olhos de uns e outros

O Grêmio faz bem em trabalhar para manter Cristian Rodriguez, o Cebolla.

E mais me convenço disso quando insistem que ele vai jogar apenas uns 30% das partidas até 30 de junho, quando expira seu contrato.

Leio que a relação custo-benefício não é boa.

Poderia fazer uma lista interminável de jogadores com custo-benefício precário. O que percebo é muita preocupação em ver Cebolla longe daqui para depois voltar para um outro clube da capital, que não é o Cruzeiro nem o Zequinha.

Cebolla, a meu ver, jogou muita bola nos 60 minutos de sua estreia. Muita gente pensa assim. Felizmente, a direção do Grêmio tem igual avaliação.

Dane-se o custo benefício.

O que não dá é acreditar que com esse time atual será possível ganhar um título de expressão. Não dá. Não é impossível, mas é improvável.

A lesão de Ramiro, quase festejada por alguns, é péssima para o clube. Ramiro, o Pequeno Grande Volante, estava bem e começava a ser aproveitado na lateral-direita. Aliás, fui dos poucos que sempre defendeu uma série de jogos de Ramiro na lateral, até porque há outros volantes pedindo passagem. É o caso de Wallace.

Então, é preciso um lateral pelo menos mais confiável que Matias. Não sei se não é hora de testar o garoto Raul, isso se ele tiver contrato longo com o clube. Se não, que fique na geladeira.

Penso que será preciso contratar um volante pegador e mordedor como o Ramiro.

Douglas está bem, mas contra adversários de maior envergadura talvez não tenha o mesmo rendimento, que também não é lá essas coisas. O problema é que não existe no grupo alguém superior ao Douglas, considerando-se toda a sua bagagem. Lincoln é o que mais se aproxima da função, mas é muito guri ainda para tanta responsabilidade. De qualquer modo, precisa entrar mais nos jogos.

Luan no momento é o que mais tem condições de substituir Douglas, e tem provado isso em alguns jogos. Isso não impede que se contrate alguém mais rodado, não tanto quanto o Douglas, claro.

Na frente, acredito na rapaziada, ainda mais com Cebolla, mas seria prudente contratar outro atacante, um jogador de área, mas com mais mobilidade que Braian, até como alternativa. Não vejo Mamute com características para isso, embora esteja entrando bem nos jogos.

Assim, o time para buscar um título nacional não pode prescindir de Cebolla, que parece estar ardendo nos olhos de uns e outros.

ARENA

Essa é pra provocar ranger de dentes em parte do RS. O Rodrigo Multicampeão publicou esse comentário no apagar das luzes do post anterior.

O curioso é que a mídia tradicional está desprezando essa notícia.

Vale a pena reproduzir:

No RW ja saiu a pesquisa, mas o link era da Exame. Segue o link do Lance agora.

http://www.lancenet.com.br/gremio/Arena-Gremio-considerada-privado-Brasil_0_1339066208.html

A Arena do Grêmio ganhou o título no conceito de estrutura física, devido a amplitude de espaços internos e externos, conforto, segurança, qualidade dos equipamentos e aspectos da funcionalidade, como treinamento staff, qualidade dos serviços, sinalização. De acordo com a revista, a Arena possui uma área construída incomparável aos demais e é o melhor estádio privado do Brasil.

E assim vai o Gauchão e seus 'erros humanos'

Missão cumprida. O Grêmio venceu o Juventude por 1 a 0 e está bem encaminhado para disputar a final do Gauchão contra o Inter. Sim, nada irá impedir o Inter de disputar o título, como se viu nos dois últimos jogos – Novo Hamburgo e sábado, o Brasil.

Mas o Grêmio também está perto da vaga. Sem ajuda de “erros humanos”, o time avança na competição.

Neste domingo, sem ser favorecido ou prejudicado pela arbitragem, o time fez a sua parte. Só não gostei da estratégia adotada pelo técnico Felipão no segundo tempo.

Armou o esquema ‘pedindo pra levar um gol’.

Detesto um time retrancado, jogando por uma bola. Agora, não suporto ainda mais é um time ter o jogo na mão, bastando um pouco de mais de velocidade e objetividade, e optar por reter a bola, tocar para o lado, para trás, conseguindo, assim, o ‘grande feito’ de ter maior posse de bola.

Contra um Juventude que tem zagueiros altos e bons cabeceadores, é uma temeridade essa administração burra do jogo. Ainda mais que o Grêmio abusou de cometer faltas bobas, para não dizer idiotas, nas proximidades da área.

Aliás, Felipão falou sobre isso na coletiva, só deixou de explicar porque não tratou de explorar melhor, com mais efetividade, o espaço deixado atrás pelo Juventude, que se abriu um pouco para buscar o empate. Deu espaços generosos, fartos, abundantes. A entrada de Mamute mais cedo era quase uma imposição tática para confirmar a vitória bem antes do apito final do juiz. Mas Felipão preferiu correr o risco, deixando a torcida com o coração na mão a cada bola alçada na área gremista.

Quem viu o jogo lembra dos sustos e das duas ou três grandes defesas de Grohe, contra praticamente nenhuma do goleiro rival. O intrigante é que Felipão sabe do risco de levar um gol fortuito numa bola erguida pra área. Então, porque não acelerar o ritmo e buscar com mais determinação o segundo gol?

O mais difícil o Grêmio conseguiu, que era marcar um gol. O time não conseguia criar jogadas com o toque de bola no meio-campo. Precisou de uma ligação direta, um chutão para a frente num momento de pressão dos caxienses, para fazer o único gol do jogo, que poderia ser o primeiro de vários se a estratégia fosse menos acomodada.

Era uma bola quase perdida. Braian Rodrigues acreditou, enquanto o zagueiro Héverton parou e quando se deu conta a bola já estava sendo passada na medida para Giuliano, que dominou, avançou e acertou um belíssimo chute.

É importante frisar que o Juventude colaborou para o sucesso da estratégia ‘pedindo pra levar um gol’, porque errou muitos passes na armação de jogadas, abrindo caminho para contra-ataques que o Grêmio não aproveitou pela lentidão e também pela incompetência, e ainda pela falta de mais um jogador de velocidade na frente, que poderia ser o Mamute mais cedo, claro, e até o Éverton.

No mais, é inegável que o time fez boa partida, segura defensivamente, e talentosa dentro da proposta de levar o jogo até o fim com vantagem, apesar do alto risco corrido.

A arbitragem do noviço Real foi melhor que a do Daronco, mas Pereira merecia expulsão no lance em que levou amarelo. Mas seria exigir demais.

Por fim, ao contrário de muitos, gostei da atuação de Braian, embora tenha perdido um gol de cabeça no final do primeiro tempo, numa bola primorosa de Douglas. Gostei mais ainda dos poucos minutos de Mamute, que revelou ao menos pra mim um talento para os dribles curtos.

Sabemos que o Mamute joga bem entrando no decorrer dos jogos. Precisamos ver agora como ele se sairia numa sequencia desde o começo. Ele está por merecer essa chance.

Outras atuações: Grohe sensacional; Ramiro, que será titular da lateral, se lesionou cedo; Matias entrou bem, sem comprometer; a dupla de área quase impecável; Marcelo Oliveira teve muito trabalhom nas deu conta do recado; Felipe Bastos e Maicon foram bem; Luan apareceu pouco no primeiro tempo, mas cresceu depois; Douglas deu alguns passes preciosos, mas retgeve a bola em demasia algumas vezes e abusou do toque curto pelo meio; e Giuliano, um golaço e não muito mais do que isso.

INTER

Em Rio Grande, no potreiro do estádio Aldo Dapuzzo, o Inter arrancou um empate do Brasil. Teve ajuda da arbitragem, que pela segunda ver seguida aplainou o caminho colorado com seus ‘erros humanos’.

Daronco vai ficar marcado por não ter dado mão de um zagueiro do Inter dentro da área – seria pênalti, claro – e num lance muito parecido, mas fora da área, no minuto seguinte, assinalar a infração sonegada no lance anterior.

Também incompreensível foi o cartão amarelo que ele deu para o capitão do time, Leandro Leite, que no intervalo, enquanto o pau comia na arquibancada entre torcedores do Brasil, ele questionou a autoridade maior do jogo sobre dois pesos e duas medidas num lance de falta no ataque do Brasil e outro na defesa pelotense. O infrator colorado fez a falta de amarelo, mas não recebeu o cartão, enquanto o do Brasil foi punido. Em lances quase idênticos. Foi o que bastou para Daronco amarelar o capitão, repito, o capitão, do Brasil.

Teve outros lances, como uma falta de Jorge Henrique, uma cotovelada, digna de vermelho com pompa e circunstância, que ficou por isso mesmo.

Por sorte da arbitragem, o Brasil empatou. Diante da precariedade do estádio, não sei como seria um final com derrota do Brasil.

E assim vai o charmoso Gauchão e seus tais ‘erros humanos’.

Grêmio sofre, mas garante vaga sem ajuda

Grêmio está nas semifinais do Gauchão por seus próprios méritos. Não precisou de ajuda da arbitragem. Pelo contrário, o gol do Novo Hamburgo saiu de uma falta inexistente, que até o Batista acabou reconhecendo com erro do sr Daronco.

O gol foi do zagueiro Fred, que bateu com perfeição. Fosse eu dirigente do Grêmio, contrataria esse zagueiro, que é bom também defendendo.

O gol desestabilizou o Grêmio, que só voltou a jogar bem de novo no segundo tempo, com a entrada de Mamute no intervalo. A saída de Matias também foi providencial, passando Ramiro para a direita e entrando Felipe Bastos no meio. Felipão acertou.

Mas o gol demorou a sair. Veio de uma cobrança de falta por Douglas. Geromel, aos 24min, empatou de cabeça. O gol deu novo ânimo ao time. Minutos depois, Mamute sofreu falta dentro da área, pênalti. Douglas bateu na trave. Depois, o Grêmio ainda teria mais duas bolas na trave, um indicativo de que Jesus estava chamando.

A vaga foi garantida nos pênaltis, a exemplo do que aconteceu com o Inter. O NH esteve muito próximo da vaga, bastaria acertar a última cobrança da série de cinco, até ali com aproveitamento quase total. O único a errar na série foi o Éverton, um guri, reserva, com tanta responsabilidade. Foi erro sua escalação para bater.

Bem, Paulinho tinha a bola do jogo. Mas Marcelo Grohe salvou defendendo com as pernas e levando a decisão para os pênaltis alternados. Ramiro foi o sexto cobrador gremista, e não decepcionou. Na sequencia, Grohe fez uma defesa sensacional.

Com isso, ele calou seus corneteiros e garantiu o Grêmio para enfrentar o Juventude, último obstáculo antes do Gre-Nal. Sim, o Inter, como se viu contra o Cruzeiro, passa pelo Brasil mesmo com os reservas, ou time misto.