Roger: o pupilo substitui o mestre

Há um a pitada generosa de pensamento mágico na contratação de Roger. Mas a magia faz parte do nosso cotidiano. Aquelas coisas que acontecem sem explicação racional, as coincidências que por vezes são mais que coincidências, mas a gente nunca tem plena certeza, e fica pensando, meditando, e não encontra respostas, a não ser que se reconheça a existência de forças que atuam e interferem em nossas vidas para o bem ou para o mal.

Acreditar em Roger Machado tem um pouco disso. Racionalmente, não é o nome mais indicado para encarar esse desafio. Mas quem seria? Felipão? Luxemburgo? Se não deu certo com nomes que tinham tudo para acertar, dificilmente vai dar com alguém que recém engatinha na profissão de técnico de futebol.

Roger é, claramente, uma aposta, quase um tiro no escuro, mas eu penso que é um nome no qual dá pra apostar. E com chances razoáveis de acerto. Até porque tem entre seus mestres o vitorioso Felipão.

Eu, como a maioria dos torcedores dos grandes clubes, estou cansado de ver essa dança das cadeiras de técnicos que vivem muito mais dos feitos do passado do que de conquistas no presente.

Por isso, é válida a tentativa com Roger. Penso que foi uma sorte o fracasso nas investidas em Cristóvão Borges e em Doriva. Estariam os deuses do futebol começando a olhar com carinho para o Grêmio?

Roger é de casa, conhece a aldeia. É um sujeito interessado e estudioso, formado em Educação Física. Falta-lhe maior experiência, é fato, mas pelo que ele demonstra ao aceitar o desafio de trabalhar num clube em crise está sobrando vontade, determinação e, principalmente, coragem.

Boa sorte, Roger.

DENÚNCIA

Falando em crise, são graves as denúncias envolvendo o trabalho do sr. Rui Costa. É o Grêmio mais uma vez exposto negativamente.

Cabe rigorosa e imediata apuração. Se comprovada a culpa, punição exemplar.

Em todas as instâncias.