Com duas defesas nas cobranças de pênaltis, Marcelo Grohe salvou a pele do ‘aipim’ Braian Rodrigues, que havia errado na sua vez, e calou – ao menos até o próximo jogo – a corneta de um punhado de gremistas ingratos e apressados na caça a culpados por resultados negativos.
Marcelo Grohe. O nome do jogo. O nome da classificação do Grêmio na única competição em que tem alguma chance de título neste ano. Havia quem defendesse a sul-americana e torcia para o Grêmio cair diante do Criciúma.
No programa Sala de Redação ouvi, com espanto e incredulidade, o sr Cacalo defendendo sutilmente a eliminação do Grêmio para que, assim, fosse para a sul-americana. Cacalo e os seguidores dessa tese estapafúrdia terão de aguentar pelo menos mais uma fase da Copa do Brasil, onde, imagino, voltarão a secar o Grêmio em nome de uma competição de longas viagens e adversários nem tão fracos quanto apregoam. (OBSERVAÇÃO: esqueci que essa possibilidade de sul-americana agora está superada. Que bom!)
Realmente, não sei se o Grêmio vai muito longe na Copa do Brasil. Até acredito que não vai por falta de time e, pelo que tenho visto, por erros de Roger Machado nas substituições.
Não dá pra entender, mesmo com toda a boa vontade, a substituição de Giuliano por Fernandinho. Ele teve seus segundos de glória ao cavar a expulsão de um adversário logo que entrou. Depois, foi aquela inutilidade irritante.
Fernandinho ao menos acertou sua cobrança de pênalti. Menos mal. Tenho medo de canhoto batendo pênalti, trauma deixado por Éder num Gre-Nal de 1978.
O Grêmio não fez grande partida mais uma vez. Mas venceu, e isso é o que importa. O Criciúma fez por merecer melhor resultado. Mas o Grêmio teve chances de liquidar o jogo. Faltou, de novo, acabamento melhor nas jogadas. Luan, por exemplo, perdeu o lance do jogo, após lançamento precioso de Douglas, que manteve um bom ritmo ao logo do jogo, com acertos e erros como todos os demais.
Geromel foi o melhor em campo. Erazo foi um bom companheiro de zaga. Os laterais foram eficientes. Os dois volantes em bom nível. Wallace levou um amarelo ao cometer falta desnecessária.
Luan foi o melhor do meio pra frente, mas também alternou bons e maus momentos. Pedro Rocha, autor do gol – jogada de Giuliano com Luan -, voltou a jogar bem.
Assim vai o Grêmio, entre altos e baixos. Com dois ou três reforços teria boas chances de um grande título.
Fora isso, é acreditar assim como quem acredita em Papai Noel.
ERROS HUMANOS
O Inter joga pelo empate no México. Se continuar sendo favorecido por erros de arbitragem, estará na final da Libertadores. O River Plate já garantiu sua vaga ao eliminar o Guarani do Paraguai.
O normal nos erros de arbitragens é que eles ocorram para os dois lados. Curiosamente, esses erros humanos estão beneficiando apenas o Inter em seus confrontos.
Assim como os passes dos adversários para gols colorados e falhas grotescas como as de Renan, estas pelo Brasileirão.
Questão de sorte. E de competência.
Mas não há sorte que sempre dure. E às vezes aparece alguém mais competente.
Agora, se eu tivesse que apostar, jogaria todas as fichas na classificação do Inter. Mais sortudo e mais competente que o gatinho mexicano.