Dá gosto ver o Grêmio jogar

O Grêmio mostrou que a derrota diante da Chapecoense foi um acidente de percurso. Bateu o Vasco de Celso Roth por 2 a 0 ao natural, confirmando seu favoritismo perante um time que está seriamente ameaçado de cair.

Agora, se ficou claro que perder para o esforçado e digno time de Chapecó foi um ‘crime’, também ficou comprovado, ao menos pra mim, aquilo que praticamente todos os gremistas, ao menos os mais sensatos, avaliam: o Grêmio com o técnico Roger Machado tem um time forte, mas falta grupo para almejar o título.

No jogo anterior, o Grêmio sentiu muito a falta de Wallace. Edinho se esforçou, mas não tem a mesma qualidade, nem o mesmo vigor físico. A dupla Wallace/Maicon tem sido talvez o ponto mais forte do time, protegendo a defesa e também saindo de trás com uma bola mais limpa para Douglas, Luan e Giuliano.

Fora isso, o gol da Chapecoense talvez não tivesse acontecido se Rodolpho, muito bem entrosado com Geromel, estive em campo. Geromel e Erazo, que considero um zagueiro de bom nível, não têm o mesmo entrosamento que a dupla titular. E esse é um problema. Contra o Vasco, o sistema defensivo não foi muito exigido, em parte pela crise que atinge o clube de Euricão. A perda de Rodolpho poderá resultar em consequências nefastas ao time, ao menos em termos de briga pelo título.

Independente disso, a atuação tricolor contra o Vasco mostrou que o time está começando a alcançar maturidade. Não fosse isso, as dificuldades contra o Vasco, que tem bons jogadores, seria muito maiores. O time superou o trauma de perder da modesta Chapecoense e também mostrou que pode vencer com a camisa tradicional, que estava escanteada por causa da série de vitórias com a camisa de design diferenciado e que está provocando muita inveja nas redondezas. Estou convencido de que se o Grêmio seguisse vencendo nunca mais seria utilizada a camisa tricolor. Superstição é isso. Faz parte.

Sobre Luan não há muito mais o que dizer. Ele continua exagerando nos dribles e segue chutando mal. Mas é uma alegria ver esse guri jogar. Tempos atrás escrevi que o Grêmio não tinha nenhum jogador que a gente poderia dizer: “Vou à Arena para ver o fulano jogar”. Hoje, nós temos. Temos Luan Show.

Fico pensando como irá reagir o time quando não puder contar com Luan, por lesão ou suspensão. Um baita problema. Vale o mesmo para Giuliano, que, para mim, foi o melhor na partida contra o Vasco. Luan fica em segundo lugar porque foi individualista demais em vários momentos.

A metida de bola que Giuliano deu para Pedro Rocha fazer o segundo gol é coisa de provocar inveja em Douglas, que até jogou bem, mas não está mais conseguindo ser feliz nas enfiadas de bola.

Giuliano, além de jogador diferenciado, mostra que é um cara legal. Nas entrevistas, fez questão de ressaltar que a jogada do gol começou com uma roubada de bola de Edinho. É o tipo de atitude, de comportamento, que aglutina, que soma. É assim que nasce um grupo unido e vencedor. Giuliano é bom também fora de campo.

Então, nesse quadro começa a reluzir o futebol de Pedro Rocha. O guri jogou demais. E o gol que marcou é coisa de atacante experiente, frio, cruel, que espera o goleiro dar o bote para meter por cima, de bico. Coisa de gente grande. Coisa de goleador nato.

Esse é o Grêmio que Roger conseguiu armar em tão pouco tempo. Pode não ganhar nada – tem também a Copa do Brasil nesta terça-feira -, mas ao menos hoje a gente pode dizer que dá gosto ver o Grêmio jogar.

INTER

O time reserva do Inter foi melhor que a encomenda. Somou três pontos fora de casa e se afastou da zona de rebaixamento. Foi 2 a 0 sem muito esforço. Esse time do Joinville é ruim por demais de conta. Não sei se joga sempre assim, mas é um time que realmente não tem condições de jogar na série A. O resultado tranquiliza o ambiente para o jogo contra o Tigres.

O curioso é que todos os titulares e seus reservas imediatos estão aptos a jogar na quarta-feira. Até Alex voltou a treinar. O planejamento de Aguirre está dando certo, ao menos nesse aspecto. Calam-se as cornetas vermelhas da imprensa gaudéria.

Chapecoense rompe série vitoriosa do Grêmio

Até Bruno Rangel saltar completamente desmarcado e fazer o gol que deu a vitória à Chapecoense nenhum gremista estava aceitando o ponto fora de casa, ainda mais no embalo de uma bela sequência de cinco vitórias. 

Ai do Roger Machado se tentasse fechar mais o meio de campo e garantir o empate amigo! Eu mesmo só pensava numa coisa naquele momento, antes do gol: os três pontos. Ficar satisfeito com um empate contra o modesto clube catarinense? Nunca! Nunquinhas!

Nos minutos que se seguiram, diante da palidez ofensiva tricolor, tudo o que os gremistas queriam era aquilo que pouco antes desprezavam com todas as suas forças: o pontinho fora.

O futebol tem dessas coisas, aparentemente contraditórias. Faz parte. O torcedor sempre quer a vitória, e só admite o empate quando a derrota se aproxima com cara de inevitável.

O técnico gremista errou ao substituir Luan, a não ser que o meia/atacante estivesse sentindo alguma lesão. Pouco antes ele havia sofrido uma falta e ficou estendido no gramado. 

Se foi opção técnica/tática trocar um lapidador de diamantes pelo força bruta de Mamute estamos diante de um erro. Mamute deveria ter entrado no lugar de Pedro Rocha. Ou, se o negócio era mesmo apostar todas as fichas na vitória, trocar pelo Edinho, que passou o jogo trotando diante da área. Alguém lembra de um desarme do Edinho? Deve ter ocorrido, claro, mas eu não lembro. Roger poderia ter colocado, também, o Mamute no lugar de Douglas, que foi bem marcado e quase não teve espaço para enfiar a bola, e quando o fez errou. Agora, nunca sacar Luan para colocar Mamute.

Depois, Braian e Fernandinho. Substituições naturais diante das circunstâncias. Mas que não deram resultado, até pelo pouco tempo que eles tiveram para jogar, e quanto o time realmente já não acertava mais nada diante de um adversário que armou um ferrolho na frente da área.

Foi uma derrota evitável. Pelo primeiro tempo, era possível sair vencedor. Num lance só a bola encontrou a trave duas vezes. Mas no segundo tempo o time não se achou em campo. Marcelo Grohe fez duas defesas milagrosas. Depois, não conseguiu o evitar o cabeceio/chute de Rangel, um centroavante aipim, ou mandioca que está mais na moda depois da saudação da presidente Dilma. O gol foi a prova de que um centroavante mandioca quando bem explorado pode fazer toda a diferença.

Sábado, é dia de fazer o Vasco do nosso ‘amigo’ Roth pagar os três pontos perdidos em Chapecó. Wallace, que fez muita falta, estará de volta. O problema é Rodolpho, que está mesmo indo embora.

D’Ale tenta desviar o foco da crise técnica

O inquieto D’Alessandro soltou o verbo em seu portunhol característico para pedir que os torcedores do Inter, um tanto acabrunhados pela série de resultados negativos e atuações preocupantes – para eles, colorados -, parem de ouvir rádio e ler jornais, e sigam seu exemplo: joguem playstation com o filho.

O camisa 10, que não é bobo, muito ao contrário, só esqueceu de sugerir aos colorados que não olhem a tabela de classificação do clube no Brasileirão, competição que o Inter não vence desde 1979 – e lá se vão 35 longos anos. Trinta e cinco. Lembro-me que o presidente Piffero, em atividade misteriosa na Europa, prometeu que neste ano o Inter brigaria pelo título do Brasileirão, onde o time milionário que montou está a 3 pontos da zona de rebaixamento e a 10 pontos da liderança.

Ao culpar a mídia esportiva de estar exagerando nas críticas – todas, aliás, pertinentes -, D’Alessandro chama ‘o jogo para si’, como costuma fazer dentro campo. Tira o foco do time e, principalmente do treinador amigão, sempre disposto a dar folga para os jogadores, em especial o líder do grupo. Como não defender o técnico que o poupou de uma desgastante e chata viagem cheia de escalas a Recife?   

O problema é que D’Alessandro acabou assumindo um compromisso perante o torcedor. O compromisso de mostrar que o time está bem e que, apesar dos últimos insucessos, tem tudo para se recuperar no Brasileirão e, especialmente, buscar o tri da Libertadores, e que tudo o mais é coisa da imprensa.

Agora, o argentino enfezado vai ter que começar a mostrar jogo já a partir desta quarta-feira, contra um Flamengo que vem aí disposto a cometer um crime. Se não conseguir, as vaias ouvidas domingo poderão ocorrer de novo, só que mais intensas. E aí, irritado, D’Alessandro talvez volte a ameaçar, com as veias do pescoço dilatadas, que pode ‘pular da barca’ se a torcida estão tão insatisfeita.

 

ÍNDIO CONDÁ

No local onde o Inter levou 5 a 0 recentemente, o Grêmio tem tudo para consolidar sua posição no topo da tabela, e quem sabe até assumir a liderança. Será quase como jogar na Arena. Há muitos gremistas em Chapecó.

A Chapecoense faz boa campanha e tem conseguido alguns resultados surpreendentes – nenhum, porém, como a goleada sobre o Inter no Brasileirão passado.

Se o Grêmio conseguir manter a pegada e a compenetração que vem apresentando, ganha o jogo.

Wallace é um desfalque importante, mas Edinho já mostrou que pode dar conta do recado.

Roger Machado é mesmo um milagreiro.

Grêmio marca território na ponta de cima

Há algum tempo venho dizendo que os ventos estão mudando. A nau gremista navega a pleno em águas tranquilas, levada por ventos fortes e constantes. E ainda sob a benção dos deuses do futebol.

Antes que alguém pense que tenho bola de cristal ou algo parecido, informo apenas que estou sempre atento aos sinais. Não acredito em coincidências. As coisas acontecem com um objetivo, que muitas vezes não identificamos de imediato. 

Até pouco tempo atrás percebia sinais que encaminhavam o Inter para o tri da Libertadores. Hoje, os sinais indicam outra realidade. Quais sinais? Ora, estão muito claros, e não tem a ver só com o desempenho dentro de campo.

No caso do Grêmio, desde a posse de Roger como treinador que todos os sinais apontam para o crescimento do time. Tudo dá certo, como se Roger tivesse o dom de transformar pedra em ouro. Jogador inconfiável em jogador útil e até importante.

Foi o que vimos na Vila Belmiro. O volante Edinho, ainda fora de forma e com ares de superado, parece ter renascido. Antes do jogo, eu escrevi que se o Grêmio vencesse o Santos com Edinho de titular seria um sinal poderoso de que o Grêmio vai ser campeão brasileiro neste ano de 2015, afastando de vez este ciclo perverso de derrotas e frustrações.

O Grêmio não apenas venceu o Santos por 3 a 1 como poderia ter aplicado uma goleada estrondosa no clube de Pelé. Aliás, conforme escrevi a propósito de Inter x Santos, é ruinzinho esse time do Santos. E isso em nada desmerece a vitória construída com gols de Pedro Rocha, Gallardo e Mamute.

Percebem os sinais: Edinho voltou ao time e voltou bem, nada de especial, mas executou bem sua função e, no final, ainda deu o passe para o terceiro gol, o da tranquilidade. Fora Edinho, temos o Gallardo. Quando Gallardo faz uma boa partida, com alguns lances de brilho, e ainda faz gol, é outro sinal de que o time está abençoado. São agora cinco vitórias seguidas. E tudo isso sem um goleador.

Méritos para Roger Machado. O time está bem armado, bem estruturado e, o que também é importante, está com sorte. A expulsão de Geuvânio foi uma coisa inusitada. Prestem atenção, outro sinal aí. O fato é que tornou o jogo mais fácil. 

Então, quando o time está arrumado, as individualidades crescem. É o que está acontecendo. Há uma energia positiva. Com isso, todos ganham mais confiança e acabam produzindo mais.

No jogo deste domingo em que o Grêmio marcou território na ponta de cima, muitos jogadores foram bem, mas ninguém superou Giuliano. Ele tem conciliado aplicação tática, combatividade, entrega e qualidade técnica. Chega a ser comovente seu esforço. Merecia ter feito ao menos um gol. Depois dele, Luan, Wallace, Marcelo Oliveira e a dupla de área. Pena que Rodolpho pode mesmo ir embora, proposta irrecusável.

Douglas voltou a errar passes em demasia e a errar chutes a gol, mas de um modo geral deu boa resposta. É preciso frisar que Douglas errou passes de bola metidas para pifar o companheiro. Não aqueles lances de bola para o lado ou recuadas. Estou ansioso para ver como vai se sair Maxi Rodrigues nessa função do Douglas. Ou mesmo o Lincoln, que deve estar sendo preparado por Roger, que de bobo não tem nada.  

Roger Machado: o Grêmio lançando outro treinador para o mundo.

INTER

Já os sinais que vêm do Beira-Rio indicam um Inter em meio a águas turbulentas. E já faz algum tempo. O técnico Diego Aguirre insiste em sua estratégia e com ela está afundando no Brasileirão. Neste domingo, levou 3 a 1 do Atlético Mineiro, considerado por muitos, eu inclusive, o melhor time/grupo do campeonato. E isso que Atlético estava sem meia dúzia de titulares. Na verdade, o Inter escapou de goleada.

O time misto do Atlético bateu o Inter em pleno Beira-Rio. Aliás, na Libertadores isso não aconteceu porque o Inter estava bafejado pela sorte.

Não duvido que Aguirre perca o emprego antes do jogo contra o Tigres. Aconteceu com o uruguaio Fossatti por muito menos…

 

Ausência de Maicon: problema para Roger

A suspensão de Maicon criou um sério problema para o técnico Roger Machado. Em meio à euforia da vitória sobre o Cruzeiro, pouca gente se tocou de que Maicon não tem, no momento, um substituto próximo do seu nível de técnica e experiência.

O resultado é que o Grêmio corre o risco de enfrentar o Santos, na Vila Belmira, com um meio de campo capenga. Wallace e mais um.

Quem são esses ‘uns’? Edinho, Araújo e Arthur.

Assim, olhando de fora e considerando o momento e o passado recente eu, de cara, afastaria Edinho. Pode ser preconceito, mas eu penso que o tempo de Edinho passou. Começar o jogo com ele é arriscado demais, porque é um jogador que ficou muito tempo quase inativo, apenas treinando, e isso pesa para qualquer atleta, principalmente para os mais velhos. 

Então, descartaria Edinho, mas vejo que ele está cotado e que tem defensores na imprensa, alguns por gratidão pelos serviços prestados ao Inter.

Entre Arthur e Araújo, fico com o segundo. Arthur tem apenas 18 anos e se não me engano entrou num ou outro jogo. Sem brilho. Aliás, brilho faltou também para Araújo nas vezes em que foi escalado. Mas tem um pouco mais de experiência que Arthur e é um jogador da função: primeiro volante.

Com qualquer um dos três, ao que tudo indica Wallace ficaria com a atribuição de sair mais para o jogo, fazendo as vezes de Maicon.

Outra possibilidade seria colocar Marcelo Oliveira no meio, colocando um lateral. Júnior parece que está deslumbrado com a súbita ascensão. Resta Marcelo Hermes, que foi bem contra o Avaí e é um lateral muito aplicado na marcação.

Entre as alternativas propostas, eu ficaria com Marcelo Oliveira no meio, que é onde os jogos são decididos.

Quem ganha o meio de campo, normalmente ganha o jogo.

Agora, confio na capacidade de avaliação de Roger, que, além de inteligente, tem todos elementos necessários para tomar a decisão mais adequada.

Eu, por não ter todas as informações, estou em desvantagem. 

Mas, assim no olhômetro, fico com Marcelo Oliveira no meio de campo.

MAXI

Boa notícia: Maxi Rodrigues está apto a jogar contra o Santos, domingo, 16h. Está aí um jogador que fascina boa parte dos gremistas. Eu mesmo não esqueço os belos gols que marcou, coisa de craque. A experiência do uruguaio no Chile parece ter sido útil. Maxi seria um jogador mais completo. Por completo, entenda-se, jogador que também marca, combate e, depois, se tiver pernas e fôlego, ainda cria jogadas de ataque. Maxi tem condições, em tese, de tomar o lugar de Douglas mais adiante, embora Douglas esteja dando uma resposta que eu pensei que ele não mais pudesse dar. Douglas hoje é um jogador mais comprometido, e isso é muito bom. O problema é que o ritmo do futebol exige cada vez mais um preparo físico de batedor de carteira. 

TOSTÃO E DUNGA

Trecho extraído da coluna de Tostão na Folha de S. Paulo:

“A primeira divisão do futebol está nos grandes times da Europa (Barça, Real, Bayern e outros). O futebol que se joga no Brasil é, com boa vontade, da segunda divisão.

Falta à seleção um técnico com experiência e sucesso na primeira divisão. Colocar Dunga ou outro treinador brasileiro é o mesmo que pôr um técnico da Série B do Brasileirão em um dos grandes da Série A, sem passar por trabalhos intermediários. Evidentemente, esse é apenas um de dezenas de problemas”.

A afirmação de Roger e as dúvidas sobre Aguirre

O goleiro Fábio, que contra o Grêmio é sempre um gigante – aliás, por isso mesmo eu o escalei no meu time, o Alfredo, no Cartola – impediu uma vitória mais serena do Grêmio. Talvez até um 3 a 0, como o sofrido pelo Inter em Pernambuco, contra o Sport, time treinado pelo filho do Nelsinho Batista, odiado por todos os colorados da imprensa gaúcha só porque um dia deixou o Inter para trabalhar no Corinthians, dizendo que estava indo para um ‘clube grande’.

Luan, depois de Fábio, foi o grande nome do jogo. Luan cada vez mais consolida seu nome como o principal jogador do Grêmio e do campeonato brasileiro.

Agora, Luan não é um goleador. Ele teve chances para marcar ainda no primeiro tempo, mas chutou colocado quando deveria dar uma paulada. Ah, craque não dá paulada. Não, craque sabe a hora em que deve chutar colocado ou forte, porrada mesmo. Luan vai aprender. Agora, dá gosto ver Luan jogar. Um menino que não se esconde, chama o jogo, assume e bronca, e sempre com talento. Por vezes, perde a bola, mas a retém o tempo necessário na maioria das vezes. Não, ele nunca se livra da bola. Craque em formação.

Luan tem dois ótimos coadjuvantes: Giuliano e Douglas. Esqueçam aquele Douglas indolente, tipo xícara de chá com as mãos na cintura gorda. Douglas é outro jogador. Quem o critica hoje, o faz pelo passado, não pelo presente. Ou seja, preconceito puro. Ideia formatada, imutável. Ainda acho que um jogador mais dinâmico poderia ser mais útil, mas por enquanto Douglas está dando conta do recado. Ou será que ele não tem contribuição nessa campanha excelente do técnico Roger. Quatro vitórias seguidas. Aliás, os três pontos desta noite foram obtido graças ao pênalti sofrido por Luan e batido por Douglas.

Os três pontos passam por esse pênalti. Felizmente o zagueiro Bruno Rodrigues fez a falta sobre Luan dentro da área. Se Luan chutasse a gol, aquele chutezinho colocado, provavelmente Fábio o defenderia. Felizmente, houve o pênalti.

No segundo tempo, o Cruzeiro equilibrou o jogo. Mas as melhores chances ainda foram do Grêmio. Lembro de uma do Marcelo Oliveira entrando em diagonal e batendo forte para outra grande defesa do Fábio – aposto que ele vai tomar frango no próximo jogo. Sabem por que Marcelo ficou livre para marcar? Porque o ‘aipim’ Braian Rodriguez levou consigo a marcação num deslocamento inteligente. Os ‘aipins’ também pensam, ora vejam só!

Agora, assim como não considero o uruguaio um jogador inútil, como muitos pensam, acho que Roger errou. Quem deveria ter entrado é Mamute, que tem a velocidade do Pedro Rocha e a força física do Braian. Penso até que Pedro Rocha deveria ter saído mais cedo.

Por fim, é urgente resolver a questão da lateral-direita. Gallardo não tem condições de ser titular. Outra coisa, Rodolpho é um gigante. Não pode ser negociado. Um grande time, um time campeão, se forma com um grande goleiro, um grande zagueiro, um grande volante (Wallace) e um grande atacante, este ainda está faltando.

AGUIRRE

O Inter perdeu um jogo perdível, ainda mais com essa política de poupar uns e outros. O problema foi levar 3 a 0. Não duvido que neste momento tem gente cogitando a demissão do uruguaio.

Gente lembrando o que Fernando Carvalho fez em 2010 em plena Libertadores. Trocou o uruguaio Fossati por Celso Roth, que recém havia assumido o Vasco da Gama. A história se repete como farsa.

Qualquer coincidência não é mera semelhança. Ou o contrário.