Grêmio tem atuação superior, mas fica no empate

Atuação valente e atrevida do Grêmio, que calou o Itaquerão inúmeras vezes e que merecia sair de campo com vitória, não com o empate por 1 a 1. 

Nem quando perdeu seu melhor zagueiro, Geromel, jogador de seleção brasileira, o Grêmio manteve sua postura altiva e superior, como raramente acontece com algum adversário do Corinthians em seu estádio quase lotado.

O Grêmio mereceu a vitória, os três pontos que o colocariam a três pontos da liderança. Mas não venceu. 

O futebol sabe ser cruel também com aqueles que ousam e que jogam com dignidade, marcando e atacando com destemor.

Douglas foi o melhor jogador em campo. Foi de seus pés que saiu um lançamento esplendoroso para Pedro Rocha, aos 12 do primeiro tempo. O guri invadiu a área e chutou desviado para fora, justamente de um lugar em que Éverton marcou o gol da vitória sobre o Goiás.

Pois Douglas, a quem tanto critiquei, mas sempre respeitando sua história e sua qualidade técnica, depois desse lançamento milimétrico ainda criou outras boas jogadas e foi combativo de maneira extraordinária. Parecia um guri muitas vezes. Pois Douglas teve o jogo à feição em sua perna esquerda, justamente a boa.

Douglas iniciou a jogada com um toque genial, veio o cruzamento, a defesa de Márcio e o rebote. Douglas tinha tudo para fazer o gol da vitória, mas mandou a bola para longe.

Com esse chute torto e descabido para alguém com tanta técnica, Douglas mandou para longe também qualquer chance de título do Grêmio no Brasileiro.

Antes, Bobô, o aipim flexível, havia feito 1 a 0, em bela jogada do ataque, com cruzamento perfeito de Marcelo Oliveira. Depois, o empate. Não, não houve falha de Thiago, a quem muita gente da mídia tenta desestabilizar, infelizmente com apoio de gremistas ingênuos.

Não fosse Thiago, que fez uma defesa milagrosa, o Grêmio poderia ter sofrido uma derrota amarga e profundamente injusta. 

Bem, com a vaga no G-3 quase consolidada, cabe agora focar no próximo jogo pela Copa do Brasil.

Aos desatentos, informo que já tem muito clube aí poupando jogadores para os mata-mata.

O Grêmio, em função de lesões e convocações, ainda não conseguiu fazer isso. Além do mais, havia essa esperança, mesmo remota, de título no Brasileirão.

Agora, com o empate, é hora de focar na competição que pode dar título.

INTER

Antes, no Beira-Rio, o Inter bateu o time reserva do Palmeiras por 1 a 0, gol de Nilton.

Li no clicrbs que o Inter venceu e se reabilitou no Brasileiro. É muita vontade de puxar-saco do torcedor colorado.

http://zh.clicrbs.com.br/rs/esportes/inter/noticia/2015/09/inter-vence-o-palmeiras-e-se-reabilita-no-brasileirao-4844163.html

É subestimar a inteligência do torcedor de futebol, que sabe reconhecer quando seu time está mal, dispensando esse tipo de manchete.

O Inter precisa de mais alguns resultados positivos para realmente reabilitar-se no campeonato.

Cabe ao Inter, independente dos otimistas de plantão, lutar para terminar a competição com dignidade.

Para isso, é dispensável o puxa-saquismo. 

FUSCA

Estou agora, irremediavelmente, fora do fusca que leva os gremistas que ainda acreditam no título do Brasileiro/2015.

 

 

O fusca e a kombi

Se o Grêmio vencer o Corinthians nesta quarta no Itaquerão vou, modesta e humildemente, pedir licença e aboletar um pé no fusquinha dos que nunca desacreditaram no título do Brasileirão/2015. São, claro, uns sonhadores, marcados por anos e anos de frustrações acumuladas nos campos de futebol.

Eu, aqui na minha racionalidade, tenho dificuldades de imaginar o Grêmio com seu grupo enxuto sendo campeão de uma competição tão longa e desgastante. Acredito muito mais na conquista da Copa do Brasil.

Mas não sou daqueles que colocam suas teses acima dos fatos. 

Então, se o Grêmio vencer, repito, vencer, o líder do Brasileirão nesse jogo de seis pontos, passo a acreditar que o impossível pode ser possível, basta não levar a sério a impossibilidade.

Se der empate, bem, aí vou ficar aqui acomodado na kombi dos que acreditam no título da Copa do Brasil, mantendo o posto de motorista, que é meu pela insistência em pedir que a direção do clube escolhesse a Copa do Brasil como prioridade das prioridades, contrariando uns e outros embarcados numa van de pneus carecas que gostariam de ver o Grêmio disputando a sul-americana, chegando a torcer para que o Criciúma eliminasse o Grêmio.

Sim, é verdade, e eles estão por aí dando suas opiniões furadas em meios de comunicação. O papel e o microfone aceitam tudo.

O JOGO

O juiz do jogo é um projeto de apitador. O Juca Kfouri, corintiano, fez questão de lembrar um erro grosseiro desse cidadão contra o Grêmio e a favor do Corinthians, tempos atrás. Achei estranho. Uma tentativa de condicionamento ao contrário?

Foi esse mesmo apitador que, como quarto árbitro, expulsou Roger.

Muita estranha a escalação de um apitador tão inexpressivo para um jogo tão importante.

MESTRE E O DISCÍPULO

Bem, eu acredito na vitória tricolor. Os dois times estarão desfalcados, times mistos. Tanto Tite quanto Roger sabem lidar com essa situação.

Ambos tem equipes bem estruturadas, tanto que as peças são substituídas e a engrenagem permanece quase inalterada.

Tite foi assim em 2001. Roger segue na mesma linha.

A cada jogo mais me convenço de que Roger é um discípulo do mestre Tite.

Um discípulo pronto a superar o mestre.

PRÊMIOPRESS

Atenção, vamos votar no blog do nosso amigo RW, dá pra votar uma vez por dia:

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Grêmio vence e mostra que tem grupo

Para um clube ‘sem grupo’, fazer 2 a 0 no embalado Figueirense no Orlando Scarpelli é uma vitória e tanto. São três pontos numa rodada em que os principais adversários na luta por vaga no G-4 patinaram, o que dá tranquilidade para seguir pensando no título da Copa do Brasil.

É claro que todo cuidado é pouco. Domingo tem o Goiás, na Arena. O Goiás sempre foi um pedra no sapato tricolor. Será preciso vencer de novo porque os adversários seguintes são Corinthians e São Paulo.

O importante é que o Grêmio venceu, somou três pontos, e reforçou o sonho de alguns gremistas que ainda acreditam em título no Brasileirão, até agora amplamente dominado pelo Corinthians, com uma ou outra ‘mãozinha humana’ de seus amigos de preto.

O Grêmio teve a felicidade de marcar logo no começo do jogo. E foi um gol raro: nascido de cobrança de escanteio, batido por Maxi Rodrigues – de boa atuação -, e com cabeceio de Bobô, que precisou se jogar ao chão para cabecear uma bola que caiu bem no centro da área, onde normalmente o congestionamento é de trânsito de final de tarde. Bobô estava sozinho, abriu-se um clarão para ele fazer seu primeiro gol com a camisa tricolor.

O centroavante aipim flexível – por que ele se movimenta muito na frente – teve participou também no segundo gol, com um excelente passe para Pedro Rocha mandar para a rede com categoria.

O time gremista ganhou pelo ótimo posicionamento defensivo, forte marcação no meio e velocidade na frente. O Figueira dominou, criou algumas situações e até levou perigo, mas esbarrou no goleiro Thiago.

Agora, ninguém no jogo foi melhor que Geromel. Domingo, na Arena, eu vi um show de Geromel. Ao vivo, no campo, sempre se pode fazer uma avaliação melhor. Pois Geromel me deixou muito impressionado. Eu gosto dele desde a estreia, mas agora estou entusiasmado. É zagueiro de seleção, que o Dunga não me leia.

Contra o Figueira, ele foi melhor. Foi eleito inclusive pelos profissionais das emissoras de rádio. 

É o tipo de zagueiro que consagra companheiro. Saiu Rodolpho, saiu Erazo e agora Bressan. Com todos eles, Geromel foi bem. E seus companheiros também cresceram com ele. Está aí uma das razões para a bela campanha gremista.

Por fim, quem como eu que sempre escrevi que o Grêmio não tinha grupo para enfrentar um Brasileirão mantendo alto nível de desempenho, eis que os fatos estão desmentindo a tese.

Pelo visto, o Grêmio tem grupo. Pode não ser o melhor, mas não perde para nenhum outro participante do Brasileirão.

Arena é do Grêmio, e ninguém tasca!

Quando o time do Grêmio entrar em campo às 21h desta quinta-feira que promete sera histórica, o clube já terá encaminhado de uma ver por todas a compra da Arena, como móveis, utensílios e penduricalhos.

O Grêmio será, enfim, dono da Arena em corpo e alma. Vai faltar apenas a assinatura do contrato. O acordo entre as partes – Grêmio e os bancos – será concluído, pelo que vi na imprensa, numa reunião em São Paulo neste glorioso 3 de setembro. 

Acordo firmado, o presidente Romildo Bolzan Jr terá conquistado seu primeiro grande ‘título’ como presidente do Grêmio. Uma conquista que, a meu ver, vale por um título nacional como a Copa do Brasil. 

Claro, ainda há alguns detalhes pendentes. Mas nada de preocupante. Eu estou convencido de que Romildo saberá superar os últimos entraves.

Em questão de dias, apesar do olho grande que envolve a negociação, esse contrato será assinado, e o incansável presidente Romildo poderá anunciar o término do imbroglio com a OAS – cada um para seu lado e fim de conversa.

O Grêmio assume a bronca e se livra dos parceiros indesejáveis. Passa a ter a gestão plena da Arena, com todos os seus aspectos positivos e negativos.

Vai começar uma nova história.

Com a competência, a firmeza e a seriedade de Romildo, não tenho a menor dúvida de que tudo dará certo. 

Não será fácil, mas será melhor do que é hoje. 

Nesse final de novela, cabe lembrar – e homenagear – o presidente Fábio Koff, que se recupera em casa de um problema de saúde.

Koff teve a coragem de declarar que a Arena não era realmente do Grêmio, escancarando o que todos sabiam e se recusavam a admitir.

Com seu brado retumbante, Koff chamou para a briga os escorregadios homens da empreiteira.

Depois, teve a sabedoria de indicar Romildo para o seu lugar.

O resultado está aí. Outra conquista do presidente mais vitorioso do clube, talvez a maior de todas, agora com a colaboração inestimável de Romildo.

Koff,  poderá agora afirmar, ao lado de seu sucessor e, pelo jeito, herdeiro político:

– A ARENA É DO GRÊMIO!!!

E eu, humildemente, acrescento:

– E ninguém tasca!